Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sábado, 25 de junho de 2016

TUDO PELA ESSÊNCIA



Tenho um dom ou uma maldição. Ainda não sei bem. Meu olfato é dos meus sentidos, o mais sensível e apurado. Sinto os aromas e suas nuances a léguas de distância. Distingo notas. Defino os componentes. Quando em excesso, minha alma grita! Na falta, clama por mais. Foi assim que aprendi a distinguir as essências!
Não perca sua essência. Pode entender essência como perfume. Pode. Leia então: não perca seu perfume. Não perca o que te dá personalidade; o que vem de você chega suavemente, e agrada; o que traduz quem você é, suas crenças, seus valores, seu humor mais presente, sua fala mais convincente. Seu perfume, como o perfume que vem em frascos, não pode ser um exagero. Isso é deselegância em todos os sentidos.
Não perca seu perfume significa preservar raízes, eleger o que pode ser cultivado a vida inteira e que fica melhor com o tempo, mais leve, mais suave, mais bonito. Na minha rua tem um pé de jasmim que nunca deu flores. Passo por ele e vejo uma planta bonita, verde, viçosa, mas também vejo incompletude. Fico imaginando como seria passar e ser inspirada pelo perfume. Passo por algumas pessoas e sinto a mesma falta de flores. Fazer o que? Seguir em frente na torcida que um dia floresça.