Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

HOJE É DIA




Desde ontem, estou pensando nisto: viver é uma questão de dias. 
Não de minutos, porque é pouco.
Não de instantes, difíceis de captar. Para saber do instante é preciso ser zen (isso eu ainda não sou).
Também não é questão de horas. Estas, às vezes, não fazem o menor sentido. Quando estou dormindo, por exemplo.
Mas um dia, um dia inteirinho, dá para mudar uma vida. Cismei com isso.  Então, hoje, minhas escolhas se processaram a partir de uma pergunta: "o que fazer para tornar este dia importante, como de fato é?" E não dei conta de desperdiçar meu tempo. É nisso que dá ser consciente. 
Talvez amanhã eu chute o balde – o que também é válido – mas, hoje, o que há, é este dia que não vai passar em vão!
Vou abrir um vinho chileno, fazer um belo arranjo floral, uma fritada de abobrinha (agora, finalmente, eu sei!) colocar o CD com suas músicas prediletas – de quando fez 80 anos - e celebrar à sua vida. Le Chaim!!! Feliz aniversário mãe! Saudades eternas...

domingo, 15 de novembro de 2015

ALIMENTANDO A ALMA ou GRAMAS DE CONFORTO



Triste é comer salada quando o estômago e o coração pedem carne moída, com quiabo. O angu? Dispenso. Triste é comer pão integral, quando a alma precisa do alento de um prato de mingau, daqueles que só a mãe da gente sabia preparar, devorado em generosas colheradas. Não é todo dia, é de vez em quando, mas todo mundo merece um dia de descompromisso com a dieta, reeducação alimentar, nutrição correta, ou seja, lá o que se coloca como meta, modismo, politicamente correto.
Está difícil de engolir? Vai aí uma receita: coloque uma xícara de leite para ferver com uma colher de sopa de aveia em flocos. Acrescente mel a gosto e uma pitada de canela. Mexa até engrossar. Sirva numa tigelinha (bowl é muita frescura).  Sente-se num canto aconchegante, coloque uma música boa e curta o seu momento. Isso sim é bem viver! Proclamei meu dia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Só falta um mês!



Pois é. Já chegamos ao final do ano. Vitrines e comerciais convocam os desavisados que as festas, e com elas o consumismo, estão batendo à nossa porta!
Como é prazeroso chegar ao final do dia com a sensação de que ele foi útil e produtivo! E para isso não é preciso fazer nada de extraordinário. Basta ter cumprido minimamente o planejado (encarar aquilo que não foi) e, se possível, acrescentado uma ou outra atividade, de qualquer natureza ou tamanho, que possa ter contribuído para provocar um movimento ao nosso redor – em casa, no trabalho, dentro do círculo de amigos ou até mesmo em relação a um estranho.
Alcançar essa meta exige foco. Ah como sei bem disso. Para tanto, é importante desapegar do que não precisamos e valorizar o que realmente importa – e podemos conseguir isso ao nos organizar melhor. Já é sabido que devemos arrumar nossa casa, para arrumar nós mesmos. A organização é só uma ferramenta, não o destino final. O objetivo principal é alcançar o estilo de vida que você almeja. Foi assim que me desapeguei de uns tantos quilos de gordura, sedentarismo e também um quadro de depressão.
Num mundo cheio de excessos, inclusive aos ligados ao consumismo, vale a reflexão do que, afinal, queremos de verdade, e o que é exagero. Podemos incluir na lista não apenas itens materiais, mas tudo o que vem sendo acumulado e pode estar atrapalhando o dia a dia – sentimentos, relações, planos infundados, objetivos utópicos. No meu caso, nesse 2015, foi especialmente o sobrepeso!
Ao fazer essa faxina, podemos ter mais claros nossos pontos fortes e nossas limitações. A partir daí, a chance de assumir compromissos que desejamos seguindo o desapego inteligente será maior. Que tal?