Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ESCOLA THEODOR HERZL

No final de 2008 minha filha se formou no ensino fundamental. A emoção de vê-la concluindo mais uma etapa, só foi superada pela minha despedida, com coração apertado, daquela que foi também a minha escola. Todo mundo tem histórias e lembranças da escola ou colégio que foi T.D.B. (tudo de bom) na suas vidas. Mas a E.T.H. é diferente. Ela realmente cumpriu com a famosa máxima de escola é “extensão da sua casa”. Bons tempos... Foi lá que aprendi a ouvir/sheket=silêncio e ser ouvida/braço erguido pedindo a vez para falar, a respeitar um professor e ser respeitada enquanto aluna, a desenvolver o ser em detrimento do ter, a comer de tudo porque os lanches e almoços eram feitos pelas mãos mágicas da Bá, e se a gente não gostasse ficava com fome, porque era o que tinha para comer. Aprendi o gosto pela leitura, a viajar, ainda mais, com minha imaginação, a ter responsabilidade, a ser organizada e pontual, mas também a brincar de um jeito sensacional. Das amizades nem consigo falar... Cada um tomou um rumo, mas quando os caminhos resolvem nos cruzar, vem aquele sorriso nos olhos dizendo - te conheço- com um abraço que só amigos sabem dar! Foi com esse mesmo olhar, que vi minha filha reencontrando, dia desses, a diretora da Escola... Nem precisei acionar a tecla SAP, estava lá a emoção de uma saudade que jamais ela irá curar. Aliás não é assim definida: "saudade é o amor que fica"?
A Escola tem defeitos? Lógico! Até porque se não os tivesse, teria que ter outro nome. Escola é lugar de ensinar e aprender.
O slogan da E.T.H. é: “Desde 1961 formando pessoas brilhantes”. Confesso que nunca gostei muito dele. Talvez por que me soe meio presunçoso, coisa que a minha E.T.H. não é. De qualquer maneira não sei se sou uma pessoa brilhante*nos sentidos 1, 2, 3 e 4 do Aurélio... Mas que a Escola me fez feliz, preciso dizer? Bem, quanto a minha filha, espero que ela possa um dia colocar seus filhos nessa que foi a minha, a sua E.T.H. do coração! Tôdentro da E.T.H. sempre.

*Brilhante: adj.
1. Que brilha;
2. que se salienta e distingue, ilustre, notável, famoso, célebre;
3. magnífico, imponente, majestoso;
4. envolvente, cativante, fascinante;
5. feliz, próspero.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O SOM DO SOL



Existem coisas que aquecem o coração da gente... Coisas simples como uma mensagem no celular de alguém dizendo que está com saudade, um banho depois de um dia calorento, um mimo fora de hora só “por que me lembrei de você”, um café que não foi agendado, uma notícia boa inesperada, um reencontro aguardado. Semana passada foi assim, uma sucessão de aquecimentos. Na quinta-feira ganhei da Lucinha o CD do Cláudio – O som do sol – e suas músicas aqueceram minha alma. Não consigo entender por que, um músico como ele, tem que ir embora de BH para o famoso eixo Rio/SP para as coisas acontecerem?!? Aliás, não é assim com tudo aqui nessas Minas Gerais? Poderia citar vários exemplos e vocês mais outros tantos... O Grupo Corpo, por exemplo, faz a estréia de seu novo espetáculo aqui? Não! Essa história que mineiro é quietinho me dá nos nervos... É como se não déssemos valor àquilo que é nosso e só para tudo que é além das nossas montanhas. E eu nessa sou www.tôfora.com. Mas voltando ao aquecimento, na sexta-feira foi dia de reencontrar com a Paty (aquela do post de 03/08/09 “Reencontro Via Internet”) e a conversa que começou com um inocente happy hour às 18:30h só foi “terminar” as duas da madrugada. Terminar é força de expressão porque queríamos esgotar, se é que isso fosse possível, uma separação de trinta anos! No fundo percebi, mais uma vez, que existem pessoas que a gente não se separa nunca... Podemos ficar sem se ver, sem se falar, mas existe um fio invisível que nos conecta ao longo dos anos e que quando acontece o reencontro é como se nunca houvesse tido separação! Coisa mágica... Sem nenhuma explicação... Só pura emoção. Continuando a aquecer, recebo um telefonema no domingo:

- Rê adivinha quem está aqui do meu lado?
- Nem imagino Júnia!
- É minha amiga há mais de trinta anos... (ta até parecendo número cabalístico), amiga mesmo, de casa!
- ????
- A Ieda! Foi falar de viagem, de ir pra Israel, de blog e aí chegamos rapidinho em você.
- UAU!!!
Não preciso repetir, mas vou: nunca acreditei em coincidências! Estamos todos interligados por fios invisíveis e maravilhosamente aquecidos pelo som do sol!
P.S.: Vocês podem conhecer os blogs do Claudinho, Ieda, Lucinha e Richard na minha lista de blogs.


domingo, 27 de setembro de 2009

DIA DO PERDÃO


"No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D'us serás purificado de todos teus pecados".

O "Dia do Perdão" -Yom Kippur- inicia hoje às 17:46 e termina na noite do dia 28 de setembro. Data magna do calendário judaico, marca a segunda fase do Julgamento Celestial.
Talvez algumas pessoas enxerguem “Desculpe” como um sinal de fraqueza, mas na verdade é o oposto. Uma desculpa é sinal de força, um sinal de amor, e uma expressão de um relacionamento duradouro que foi temporariamente abalado ou diminuído por superficialidades. É nessa ocasião em que nós os pecadores, comparecemos diante de Deus e, reconhecendo havermos pecado, abordamos as coisas que abalaram e feriram nosso relacionamento com ELE. Rogamos o Seu perdão e pedimos a Sua bênção para nós, nossa família e para o mundo todo.
Pedimos para sermos abençoados com a inscrição do nosso nome no livro da vida. Nesse dia, também, se pede perdão àqueles a quem ofendemos ou magoamos (diretamente com as pessoas) e se perdoa a todos aqueles que nos fizeram algum mal.
Em Yom Kipur, há cinco leis básicas que devem ser respeitadas:
· É proibido comer e beber;
· Lavar-se;
· Passar cremes, óleos ou maquiagem;
· Calçar sapatos de couro;
· Ter relações sexuais.
O cumprimento delas implica em desconforto físico, desprazer, num dia de penitência. Irrelevâncias que a sensibilidade espiritualmente rejeitaria.
É costume doar para caridade, generosa e liberalmente, durante todos os dias do ano, mas na véspera de Yom Kipur isso se aplica ainda mais, pois “tsedacá-caridade” é uma grande fonte de mérito e serve de proteção contra decretos severos.
Uma das preces, Avinu Malkeinu, é a mais bonita e tocante desse período de contrição e reflexão. Pode ser falada ou cantada. Abaixo sua tradução livre do inglês e no link você poderá ouvir Barbra Streisand interpretando a oração.

"Avinu Malkeinu = Nosso Pai, Nosso Rei.
Ouve a nossa prece.
Nós pecamos diante de Ti.
Tem compaixão de nós e das nossas crianças.
Ajuda-nos a trazer um fim para a peste, guerra e fome.
Faz com que o ódio e a opressão desapareçam da Terra.
Inscreve-nos em bênção no Livro da Vida.
Faz com que o Ano Novo seja um ano bom para nós.
Ouve a nossa prece.
Faz com que o novo ano seja um ano bom para nós.
Ouve a nossa prece".
Que você, sua família e, todos nós sejamos inscritos no Livro da Vida.

http://www.youtube.com/watch?v=jON9JINJKKA (Barbra Streisand cantando)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

TEPT - FRAGMENTO DE CASUÍSTICA


Trabalho num hospital geral há quatorze anos. Desde formada sempre acreditei que seria possível, enquanto psicanalista, estender o atendimento a mais pessoas.
Freud em seu texto de 1918 “Linhas de Progresso na Terapia Psicanalítica” conclui dizendo de uma situação que pertenceria ao futuro: “... os senhores sabem que nossas atividades terapêuticas não têm alcance muito vasto... mesmo trabalhando muito, cada um pode dedicar-se, num ano, somente a um pequeno número de pacientes... as nossas necessidades de sobrevivência limitam o nosso trabalho às classes mais abastadas... é possível prever que mais cedo ou mais tarde, a consciência da sociedade despertará, e lembrar-se-á de que o pobre tem exatamente tanto direito a uma assistência à sua mente, quanto o tem agora, à ajuda oferecida pela cirurgia, e de que as neuroses ameaçam a saúde pública não menos que a tuberculose...”
Era uma segunda-feira, depois da semana de carnaval, quando recebi o telefonema do hospital dizendo que havia um pedido de interconsulta solicitado pela cirurgia geral, ortopedia e clínica médica. Não era o meu dia de plantão, mas como os outros membros da equipe não foram localizados e necessitavam com urgência da Psicologia, lá fui eu. Precisando da Psicologia... Estou numa instituição médica e, como tal, nossa inserção se fez e ainda se faz com muitas dificuldades. Pensei... o caso deve ser bem grave.
Cheguei ao andar e assim que me avistaram, parecia uma comitiva de boas vindas com uma fala aliviada de “que bom que você chegou!”, agitação, ansiedade e muita angústia. Nessa “comitiva” estavam médicos, residentes, enfermagem, diretoria e, só depois vim saber, representante da seguradora.
Acidente de ônibus ocorrido na noite de sábado, na estrada de Guarapari-BH, vários óbitos e algumas transferências de casos de Vitória para BH. R. era uma dessas. Estava muito machucada. Os médicos aguardavam, enquanto era possível, sua evolução para a necessidade ou não de levá-la para o bloco cirúrgico. Mas o motivo da minha presença lá e de tamanha comoção em toda a equipe era outra.
R. 34 anos, casada, seu marido também estava no ônibus, havia perdido sua filha de quatro anos no acidente de maneira muito chocante. Chocados estava também toda a equipe, que são pais, antes mesmo de serem profissionais treinados para vencer a morte. Pais, mães que não compreenderão, nunca, a subversão da ordem natural da vida. Enterrar um filho escancara um buraco na alma sem medição possível.
Todos falavam ao mesmo tempo e nem se lembravam que também sou mãe. Uma calma diferente tomou conta de mim e de uma forma inexplicável consegui organizar a equipe e me preparar para ir ao encontro de R.
Atendimento no hospital tem dessas coisas. São histórias que para muitos não passam de ficção. Mesmo com todos esses anos de trabalho não canso de me assombrar e nunca acostumar. Não há nada nos bancos da faculdade ou nos livros que nos prepare para um atendimento dessa natureza. Vou com o que tenho dentro de mim: nem mais nem menos.
Bato na porta, peço licença, entro e vejo uma jovem miúda, olhar perdido, paralisada no leito. Está acompanhada de sua mãe que me recebe com lágrimas. Lágrimas que, durante muito tempo, iria ver através dos olhos dos avós, tios, e amigos da pequena J.
Lágrimas que ainda escorrem, a qualquer hora ou lugar, nas faces de R. e E. - seus pais.
Aproximo do leito e pego, cuidadosamente, em sua mão. Meu sentimento era de que qualquer coisa, até mesmo um afago, poderia feri-la ainda mais. Apresento-me e um silêncio longo se faz. Ela não solta minha mão e depois de senti-la e perceber que R. de fato me enxergava disse:
- Não consigo imaginar o que você está sentindo, não existem imagens e nem palavras... A única coisa que posso lhe dizer é que, se você quiser, podemos tentar ajuntar todos esses cacos aí de dentro e construir algo. Vai ser no seu tempo, vai precisar de muito trabalho, coragem, e não tenho a mínima idéia de como faremos e em que resultará. Mas estou disposta a estar com você, lado a lado, nessa longa empreitada.
R. aperta minha mão e sinto pelas primeiras lágrimas jorradas, para mim, o tamanho de sua dor e da sua garra. Iniciamos assim nossa jornada. Jornada que já faz dois anos. Jornada nomeada de "Perdas, Danos e Superação".

TEPT- Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Acidentes de carro, ônibus, trem, metrô, avião ou naturais – enchentes, incêndios, soterramentos, furacões - assaltos, seqüestros, são eventos que deixam marcas profundas – traumas - em qualquer pessoa que por um desses já passou.
Infelizmente, aqui no Brasil, não temos ainda por parte do governo medidas adotadas para socorrer essas vítimas. Falo de equipes especializadas na área do “socorro psicológico” como as, há muito, existentes no exterior. Todos se lembram do acidente com o avião da Air France ocorrido em junho aqui no Brasil. O governo francês, imediatamente, deslocou esses profissionais para o Rio de Janeiro, aonde prestaram seus serviços aos familiares, enquanto aguardavam as buscas. O mesmo ocorreu ano passado no Aeroporto de Madri/20-08-08 – e sou testemunha ocular, pois lá me encontrava – quando de outro acidente aéreo. Questionamentos à parte e após muitos atendimentos feitos no hospital, tentarei esclarecer sobre o TEPT. O TEPT atualmente é muito estudado num movimento que tem sua maior produção nos Estados Unidos, alguns países da Europa, Israel e Oceania. No Brasil essa entidade clínica ainda é pouco conhecida, raramente diagnosticada e facilmente confundida; são escassas as publicações científicas, e o tema é pouco tratado em eventos especializados.
Quadro Clínico
Tradicionalmente a sintomatologia do TEPT é organizada em três grandes grupos: o relacionado à reexperiência traumática, à esquiva e distanciamento emocional e à hiperexcitabilidade psíquica.
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático- TEPT - é uma condição clínica que surge após a pessoa vivenciar uma situação traumática – aquela em que ponha em risco tanto a sua vida ou integridade física, assim como a de pessoas afetivamente ligadas. Podem surgir diversos transtornos psiquiátricos desde depressão, fobias (ex. medo de dirigir após acidente de carro) até o mais comum que é o TEPT.

O TEPT caracteriza-se por recordações persistentes e revivências da situação traumática causando grande angústia e uma série de sintomas físicos o que leva a um comportamento de esquiva – passa a evitar toda e qualquer situação que possa ativar a recordação com ansiedade intolerável. Há também uma restrição de interesses, isolamento social, distanciamento das pessoas além de insônia, irritabilidade, explosividade, reações de “susto”, sobressaltos exagerados.
Algumas reações podem ser consideradas respostas normais e compreensíveis, mas a persistência do quadro após um mês sugere o adoecimento.
Normalmente estas pessoas não procuram ajuda especializada por acharem que o que sentem é normal frente às circunstâncias enfrentadas, mas a persistência destes sintomas não é normal, principalmente se existe prejuízo no funcionamento social, relacionamento interpessoal, desempenho no trabalho.

Eu tive e ainda tenho a oportunidade de trabalhar com essas vítimas, quando  são transferidas para o hospital onde trabalho. Continua...





quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SEIS MESES

Estacionei o carro na garagem como faço há cinco anos. Apertei, automaticamente, o P – portaria – e quando saí apressadamente para chegar ao consultório, me dei conta que estava no 8° andar. Olhei para a porta e em fração de segundos percebi o quanto desejava, mas não podia, tocar a campainha. Você já não está, há seis meses, mais aqui para me receber. Nem que fosse pra aquele beijo rápido antes de ir trabalhar, acompanhado do seu “vai com D’us minha filha”.
Recebi mãe, dia desses, um e.mail que falava sobre saudade e assim a definia: “saudade é o amor que fica”... Quanto amor, mãe, há dentro de mim que tem vezes que dói e outras até corrói!
Nesses tempos das grandes festas que você nunca abria mão de comemorar, com toda a família reunida:
- não teve seus travados com mel;
- não teve Gracy, por ainda não suportar sua ausência;
- não teve Eliana e Mary, que preferiram viajar;
- não teve você, daquele jeito que, sem nunhum jeito, bem que eu queria de ter...
Mas teve
- suas meias finas tecidas em forma de flores, pelas mãos habilidosas de Verônica, para no meu peito ficar;
- uma bijou restaurada e transformada em jóia, que agora Vênica está, com essa lembrança sua, no coração a lhe enfeitar;
- o lançamento do Edifício Lucy Rozenbaum que Simão e Maurício fizeram pra te homenagear.
Então é assim... Tudo que teve e ainda terá é saudade do amor que prá sempre ficará e só está a cada dia aumentar.
Apertei o P – portaria – e fui trabalhar, porque o aperto no P – peito – será que um dia irá passar? AMO VOCÊ MÃE!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

AINDA BIOS

Tá legal, não vou perder a paciência... Já tô quase careca, ou lotada de cabelos brancos, de saber que sou uma BIOS e preciso sempre da ajuda do Deco para operacionalizar essa máquina maravilhosa e suas surpresas inacreditáveis. Acho que ele ficou com peninha da Mamis, depois do seqüestro das minhas músicas do mês, e colocou vídeos das mesmas pra minha alegria... Ficou bacana, você tem três opções, é só clicar, ir ouvindo e lendo... Sem saber, hoje quando abri o PC, ele (Deco) ocupava toda a tela - braços abraços, sorrindo, numa praia maravilhosa (não faço idéia onde é) e aquele olhar de filho, curtindo com a cara da mãe, que ao apertar a tecla SAP pude ler:
_ Mãe vê se aprende!!!
Ontem Rogerinho me contou do novo nome adotado pelos PEUS (leiam post de 01/01/09 = BIOS) para pessoas BIOS como eu: USB= Usuário de Sistema Burro!
Não gostei nadinha e como a gente só muda de nome se quiser...Continuo sendo, assumidamente, uma BIOS.
-
Não é pra você Regina... Só estou contando porque rio muito quando você escreve sobre o assunto!
- Ta legal...Vou acreditar.
Além da surpresa de Deco ocupando toda a minha tela, quando fui me preparar para postar, descobri que meus seguidores sumiram... Tudo bem que vários deles nem conheço e como já me ensinaram, o blog é público, segue quem quiser, comenta quem puder e se identifica quem tem coragem.
Continuando minha conversa com Rogerinho, contei pra ele dos meus receios com a internet e de algumas coisas que nós, inocentes blogueiros, estamos sujeitos a passar... Ele confirmou e disse que irá me ajudar, pesquisando na rede se está tudo dentro dos conformes com meu blog. e afins. Ainda bem que tenho alguns PEUS na minha vida!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

BLACKOUT

Só hoje fiquei sabendo que oito mulheres, não mais as mesmas sentadas ao redor de uma mesa, ficaram presas por longos 10 minutos no elevador da casa de Karlinha e Dinho. Consigo imaginar o sufoco e as tentativas “histéricas” de se manter a calma... Todas lá, apertadinhas, que nem sardinhas em lata e o tempo que custava a passar. Eu já tinha ido embora, mas a Ieda – a mais “socada” da turma - me contaram, saiu em sua própria defesa: Ainda bem que eu estava www.tôfora.com se não a culpa ia ser minha!
Ontem a partir das quatro horas, com uma ventania de dar medo, entre raios e trovões vivi um apagão no consultório. Toda a região de Lourdes, Savassi, Santo Antônio e sei lá mais onde ficou sem luz até por volta das oito da noite. No começo foi até interessante. Acendi todas as velas decorativas disponíveis e o consultório adquiriu um ar bem romântico... Os comentários variaram de acordo com a idade e neurose de cada paciente: “parece que estamos naqueles castelos da Idade Média...”
Ai que estranho, me lembra terreiro de umbanda...”
Posso brincar com elas?...”
Minha mãe ta lá fora né?...”
A partir das seis não pude mais continuar o trabalho e descendo cinco andares com uma vela na mão, encontrei no hall de entrada com colegas de profissão, decoradores, joalheiros e cada um lastimava, à sua maneira, a escuridão e as conseqüências para seus respectivos “negócios”.
Fui caminhando pelas ruas iluminadas somente pelos faróis dos carros e agitadas com os apitos dos guardas que tentavam dar uma certa ordem, já que nenhum sinal funcionava. Buzinas frenéticas e os passos acelerados de vultos assustados completavam o cenário. A lei da selva imperava... Portas de todos os estabelecimentos comerciais estavam semi–fechadas. Medo de serem saqueados e ao mesmo tempo na esperança da luz retornar. Prejuízo...
Fiquei pensando em como essas situações inusitadas, raras - ainda bem - mexem com nossos medos rasos ou profundos. A gente tem que improvisar, ser criativo, reinventar... Passada a situação percebemos que demos conta de atravessar pela escuridão e nem sabemos explicar como. Mas não é só assim mesmo, que descobrimos como iluminar o que temporariamente esteve sem luz? Mas cá entre nós, ainda bem que não ficamos presos todos os dias em elevadores e apagão só de vez em quando, e de preferência
www.tôdentro.com muito bem acompanhada!

domingo, 20 de setembro de 2009

A MESA DAS OITO MULHERES


Regina S., Gilda, Verônica, Vênica, Mary F., Ieda, Julinha e eu sentadas ao redor de uma mesa. O motivo: “Chá de bebê” da Karlinha – minha afilhada de casamento – que comemorava seu aniversário junto com a chegada de João pra daqui um mês. De chá não tinha nada, só o nome. A partir do convite, que mais parecia com um de casamento de tão lindo, o salão estava de dar gosto: toalhas xadrezes que insistiam em voar, mas eram impedidas pelos arranjos de hortênsias, dividiam a atenção com a mesa do bolo e os doces da Cíntia – babadores, mamadeiras, alfinetes. O capricho de Karla e a alegria dos futuros papais estavam em cada detalhe. Tudo regado a Prosecco Rosé, embalado pelo som de um sax que alternava cantigas de ninar com músicas de todos os tempos. Estávamos todas www.tôdentro.com e naturalmente sentamos nessa mesa onde, nem preciso mas vou contar, os homens estavam www.tôfora.com. Falamos de um tudo: viagens (Las Vegas pra Gilda versus Vesperata de Diamantina pra Regina S.), roupas, sapatos (Ieda trouxe pró bebê um do Nepal), fotos, cirurgias abusivas e suas transformações nada fantásticas, cabelos brancos pintados (que canseira!) pelas que já tem e desejados (será mesmo?) pela Mary F. que ainda não os tem, festas, blogs, e-mails, casos e mais casos... Tricô, crochê, ponto cruz, feitos com rapidez e muitas risadas.
Servido o almoço estava eu na fila, quando Tito - marido da Regina S. - me diz:
- Você ta bonitona, deu uma engordada!
- !?!? É... To chegando da Itália e de Portugal e realmente abusei!
- Não, mas você está ótima mesmo!
Com aquele sorriso amarelo fiz meu prato com mais salada do que massa e voltei pra mesa pra contar a delicadeza do superelogio recebido.
A Xará ficou horrorizada com tamanha generosidade do marido. Entre risadas Vênica conta, que sua mãe quando vê alguém que está assim, mais "cheinha", diz na lata: “você está forte heim?” Ainda bem que D. Vênica não me viu, por que certamente o adjetivo iria para o superlativo! Ieda saiu na defesa: “a gente tem vantagens, fica com a pele toda lisinha, não precisa fazer botox, preenchimento...!”
Valha-me D’us!!! Os remendos ficavam piores a cada momento... Mas as risadas dadas... Ah valeram cada Kg a mais.
Na saída, tomando meu cafezinho com adoçante, é claro, Cláudia – conhecida que mora em Brasília e não me via há anos – se despede:
- Regina adorei de te ver. Você tá bonita... (não podia para por aí?) INTEIRONA!
Preciso dizer que esse novo elogio é só uma variação do meu, do seu, do nosso CONSERVADA?
Já tive metade dos anos que tenho hoje, dois terços do peso atual, três quartos de preocupações, mas inteirona mesmo, só assim... Depois de muitos anos vividos e emoções explodidas entre lágrimas e risadas. E isso, não há de ter dieta no mundo que reduzirá à metade!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

FELIZ 5770!!!

שנה טובה ומתוקה שנה של בריאות ואהבה O ano em que estamos prestes a adentrar, 5770 alude a paz, pois forma o acróstico das palavras HASHANÁ TEHÊ SHALOM ALENUque neste ano haja paz sobre nós.
O sonho de toda a humanidade é viver em paz: sem violência e guerras, sem conflitos e divergências; viver em um mundo onde as opiniões alheias são respeitadas, onde há espaço para que cada ser humano possa se expressar e se sentir à vontade, e onde haja convivência e harmonia com vizinhos e semelhantes.
A palavra Shalom é geralmente traduzida como paz. Refere-se à paz entre duas ou mais entidades, nações ou indivíduos, mas pode também se referir à paz interior de espírito de uma única pessoa. Porém, o significado da palavra Shalom é muito mais amplo e profundo, como demonstra sua própria etimologia, que advém da raiz Shalem.
De acordo com o Maharal de Praga - um dos maiores sábios e Cabalistas - o significado da paz se espelha nas próprias letras da palavra Shalem. A primeira letra, Shin é formada por três ramificações: os extremos - direita e esquerda - e a ramificação do centro, que os une e, por assim dizer, faz reinar a paz entre os opostos. Em seguida, vem a letra Lamed - que tem a cabeça erguida para cima, simbolizando a eleveção espiritual que se alcança através de Shalom. E, por último, a letra Mem - cuja forma se assemelha a de um quadrado fechado, ensinando-nos que aquele que finalmente consegue atingir esse nível, estará protegido pelos quatro cantos, como uma muralha de uma cidade. A palavra Shalem significa ser completo, estar repleto ou pleno.
A raiz etimológica da palavra Shalom ensina que somente uma pessoa completa, íntegra e com boas intenções pode alcançar a verdadeira e duradoura paz. O caminho necessário para se obter à paz, que é uma ascensão espiritual, é lento, mas os benefícios alcançados são, sem dúvida, de valor imensurável.
No plano pessoal, a paz implica um estado de espírito isento de ira e de desconfiança. Quem está em paz, em geral, está longe de todo e qualquer sentimento negativo. Mesmo quando há conflitos e divergências, o homem da paz se sente tranqüilo. Mas o oposto também é verdadeiro: mesmo quando o mundo está em paz, uma pessoa que vive ressentida, sem Shalom, sente-se vazia, quebrada por dentro, desprovida de Shalem, incompleta.
O mesmo acontece no âmbito orgânico. Quando todos os elementos do sistema humano agem em harmonia, a pessoa tem boa saúde. Porém, quando há algum desequilíbrio – temperatura alta, pouco líquido no corpo, pressão demasiadamente alta ou baixa – o organismo como um todo adoece.
Para se viver uma vida saudável, é necessário que haja paz e harmonia entre todos os componentes do corpo. Então, em pleno setembro, mês da primavera, quando nem estamos mais tão envolvidos com o nosso florescer, não é maravilhoso podermos refazer nossos desejos? Desejo que o PAI possa inscrever todos nós, Seus filhos, no Livro da Vida, abençoando-nos com um ano de saúde, júbilo, tranquilidade material e espiritual e MUITA PAZ!!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SIMBOLOGIAS DO ROSH HASHANÁ







Já deve ter uns três anos, que Júnia me envia por e-mail, os preparativos simbólicos da mesa do nosso Revellion. Sempre faço com todo esmero, fé e crença possível – tenho fotos de todas – e na virada de 2008/2009 além de fazer em minha casa, pude compartilhar da sua presença. Esse post, Jú, dedico a você... Que vem me ajudando, tanto, na minha caminhada e crescimento espiritual. . Obrigada! Observem o significado de cada ítem e as respectivas orações... "Coincidências"? Vários caminhos que nos levam sempre a um mesmo lugar: ELE!
Shofar – É o mais antigo e primitivo dos instrumentos de sopro, feito de chifre de carneiro. Seu chamado atinge as cordas mais íntimas da alma, e seu som é simples e melancólico – um grito vindo do coração, como uma criança perdida chorando pela mãe. É um despertador pessoal! Simboliza o chamado ao auto-aperfeiçoamento.
Maçã e mel – Na primeira noite, no início da refeição, pede-se simbolicamente a D’us um Ano Novo “doce”, comendo uma fatia de maçã mergulhada em mel. Recita-se a seguinte oração: “Bendito sejas Tu, Senhor nosso D’us, Rei do Universo, que criaste o fruto da árvore. Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, conceder-nos um ano bom e doce”(como o mel).
É costume comer frutas e legumes cujos nomes representem uma benção, bem como a cabeça de carneiro. Vamos a eles e suas respectivas orações:
Acelga – “
Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, que todos os nossos inimigos e todos aqueles que queiram fazer-nos mal, sejam eliminados”.
Abóbora - “Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, que o Senhor anule os decretos negativos e que nossas boas ações sejam lidas perante Ti”.
Feijão de Corda (fradinho) – “
Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, que nossos méritos e virtudes sejam aumentados”.
Romã – “
Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, que nossas mitzvot (caridade, boas ações) sejam tão numerosas quanto os grãos da romã”.
Carne da cabeça de carneiro, língua ou miolo – “
Que seja Tua vontade, Senhor nosso D’us, D’us de nossos pais, que sejamos colocados na cabeça (bem-sucedidos) e não na cauda, e que Te lembres, para o nosso bem, do carneiro sacrificado no lugar do nosso patriarca Isaac”.
Assim, simbolicamente, como em tantas cerimônias – de qualquer crença - pedimos o de sempre: proteção, alegrias, fartura, prosperidade, harmonia, crescimento, paz! Continua...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

POR QUE DOIS DIAS? A EXPLICAÇÃO CABALÍSTICA

O fato de Rosh Hashaná marcar o aniversário da Criação é exatamente a razão que faz dessa data o Dia do Julgamento. Qualquer plano deve ser avaliado, de tempos em tempos, para ver seu andamento, se atingiu seus objetivos e propósitos. Como Rosh Hashaná foi o primeiro dia em que um ser com um propósito determinado passou a fazer parte deste mundo que conhecemos, D’us escolheu esse dia para a avaliação anual de Seu universo e do quanto os seres humanos tinham alcançado em levá-lo à perfeição. Nos Dois Dias do Juízo, D’us julga judeus e não judeus, indistintamente, bem como outros seres vivos. Pois está escrito: “Em Rosh Hashaná, o Dia do Ano Novo, será inscrito e no Yom Kipur, o dia de jejum da Expiação, será confirmado: quantos terão de sair do convívio humano e quantos terão que nele entrar; quem viverá e quem morrerá... quem em sossego e quem em meio a tumulto... quem em pobreza e quem em abundância; quem será elevado e quem humilhado será”.
Enquanto, por assim dizer, D’us está em Seu Trono Celestial, julgando-nos, nós oramos implorando pela vida, saúde e sustento para o ano vindouro, pois em Rosh Hashaná os atos de cada indivíduo são minuciosamente examinados; durante esses dois dias, estão sendo julgados, pelo Juiz e Provedor Celestial, o destino e o sustento, no ano por vir, de cada um dos seres vivos sobre a terra.
Mas afinal por que dois dias de celebração? Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento, representa o atributo Divino da Guevurá – justiça e disciplina severa. E, como todas as criaturas vivas estão sendo julgadas nesta data e não suportariam a aplicação da severa sentença Divina, acrescenta-se um segundo dia à celebração. Esse segundo dia é principalmente governado pelo atributo de Malchut – que é um atributo de julgamento clemente e misericordioso.
Nos dias que antecedem o Rosh Hashaná deve-se orar com preces de pedidos de perdão Divino. A Cabalá revela a importância da confissão dos pecados diante do Criador: “Aquele que encobre suas transgressões, jamais prosperará; mas quem as confessa e abandona, obterá a misericórdia” (Provérbios 28:13).
Rosh Hashaná, portanto, não é apenas um dia de julgamento, mas especialmente de auto-análise e julgamento de nossos próprios atos. Diariamente, mas em especial durante a festividade de Rosh Hashaná e nos dias que a antecedem e sucedem, cada um de nós deve indagar a si próprio quanto de seus propósitos conseguiu realizar e a que novas determinações de crescimento e aperfeiçoamento pessoal se propôs para o ano que está por vir! Somos responsabilizados não apenas pelo que fizemos, mas também pelas boas ações que poderíamos ter realizado - e não o fizemos. Fomos bondosos e generosos com os menos favorecidos? Mantivemos nossa fé e elevada moral mesmo diante de provações e atribulações? Oramos com sinceridade e cumprimos os mandamentos de D'us com seriedade de intenção? Como disse antes, não é tarefa fácil... Mas, como em qualquer construção, com um tijolo de cada vez construímos um palácio espiritual! Continua...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ANO NOVO JUDAICO - 5770

Pode parecer estranho para alguns, mas no próximo dia 18 (sexta feira) será comemorado o Ano Novo Judaico – Rosh Hashaná. Resolvi escrever a respeito para que percebam, que independente da crença ou religião que cada um segue, estamos todos juntos. Esse ano de 5.770 é tão repleto de significado, quanto o nosso 2009! Primeiro vamos a algumas explicações... Ele é diferente de todas as outras festividades judaicas. As demais marcam uma experiência significativa na história do povo, enquanto que Rosh Hashaná celebra um evento universal: a criação do primeiro homem e da primeira mulher. Rosh Hashaná não é, portanto, apenas uma data sagrada para o judaísmo, mas uma celebração universal, que enfatiza a necessidade de que cada ser humano tenha plena consciência de sua missão nesta vida! UAU... missão quase impossível, vocês podem pensar.
O Zohar, obra que se alicerça a Cabalá, ensina que quando o primeiro homem foi criado, D’us imediatamente o informou acerca de seus poderes, revelando-lhe sua missão de vida: “... Frutificai-vos e multiplicai-vos e enchei a terra, subjugando-a e dominando os peixes do mar e as aves dos céus, bem como todo ser que se arrasta pela terra” (Gênese 1:28).
Os sábios explicam que a missão de “subjugar o mundo” significa que o propósito do homem, nesta vida, é santificá-la, a começar por ele e os que o cercam, para que todos os seres vivos saibam que D’us é nosso criador e que cada um de nós é um microcosmo de todo o universo. Durante os dois dias dessa festividade, intensifica-se a conscientização da presença do Criador, comprometendo-se a aumentar nossa percepção de Sua Majestade e de Seu domínio sobre nossas vidas.
Eles nos ensinam ainda, que cada ser humano deve habituar-se a dizer “o mundo todo foi criado apenas por minha causa”. Não se trata de uma afirmação de egocentrismo. Ao contrário, significa que cada pessoa tem sobre si a responsabilidade por todo o restante do mundo. E que "responsa"...
Se a pessoa não cumpre essa tarefa e não utiliza os seus inestimáveis poderes divinos da forma mais plena possível, terá falhado não apenas ele, mas sua falha afetará o bem-estar e o destino do mundo inteiro. Esta conscientização de maior poder do indivíduo e de responsabilidade coletiva e as subseqüentes decisões e ações que tal conscientização enseja, são dos principais temas dos dias sagrados de Rosh Hashaná. Tarefa, devo confessar, nada fácil. Continua...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

LANDING/ATERRAGEM









Cheguei em Lisboa com Fernando Pessoa e não podia estar mais bem acompanhada. Não entendo o motivo que os brasileiros não incluem Lisboa no seu roteiro de viagem ou não falam dela com encantamento. A cidade é limpa, o clima super agradável – sem aquele “scaldo” italiano – as pessoas educadas e gentis full time! Eles possuem um bom humor da hora que nos recebem para o café da manhã, até quando vamos nos recolher. É um tal de “como posso ajudá-la” prá cá, “gostou dos passeios” prá lá, que a gente se sente realmente única! Comi bacalhau todos os dias e de todas as formas: a Brás (bem popular, desfiado, misturado com batata palha e ovos mexidos) à moda da casa, a nata, assado com batatas a murro. Compramos um cartão que dava direito a andar de metrô, ônibus e bonde... uma aventura. E foi de bondinho que conheci o Castelo de São Jorge, o Mosteiro dos Jerônimos que abriga os túmulos de Vasco da Gama, Camões e Fernando Pessoa, o Chiado, bairro alto, Alfama.
Depois de visitarmos a Torre de Belém passamos pela confeitaria – existente desde 1837 – dos imperdíveis Pastéis de Belém... É T.D.B. Já sem nenhum peso na consciência, e com excesso de peso italiano, deliciei-me com aquela massa folhada, recheada de ovos que sai a cada fornada fumegando- voltar ao peso "normal" deixei para me ocupar aqui no Brasil- Não sei se há algo melhor neste mundo! Fiquei sabendo que eles vendem uma média de 14 mil pastéis por dia!!!
Com uma dica da jornalista Anna Marina Siqueira, contratamos um motorista – Seu Simão – que nos levou a Sintra e conheci uma das sete maravilhas de Portugal: o Palácio da Pena, antiga residência de verão da realeza. Comi, de joelhos, na Piriquita as famosas “queijadas de Sintra” e deitei a boca em seus “travesseiros”. Seguimos até o Cabo da Roca “Aqui... Onde a terra se acaba e o mar começa...” o ponto mais ocidental do continente europeu. Uma visão só mesmo assim descrita por Camões. Enquanto continuávamos nosso tour por Cascais, Estoril, Queluz, Seu Simão dirigindo sua Mercedes me pergunta:
- Ô Dona Regina, a Sra. sabe a diferença entre um padre e uma Mercedes?
- Não!
- O padre reza e a Mercedes Benz!
Como já havia dito, o português é amável, bem humorado e ainda com muitas curiosidades e histórias prá contar, retornei ao Brasil agradecida e abobada com tudo intensamente vivido.



sexta-feira, 11 de setembro de 2009

AUTO PILOT/PILOTO AUTOMÁTICO - Parte II

Falar de toda a beleza de Roma me é impossível. Decidi então, contar um pouco sobre o Vaticano.
Desde 1929 o Vaticano – centro de poder para os católicos de todo o mundo e Estado soberano – é governado pelo papa. Mais de mil pessoas vivem aqui, trabalhando nas instalações. Há um correio, lojas, a rádio Vaticano que transmite para o mundo todo em 20 línguas, um jornal diário, escritórios, biblioteca e uma editora. Os palácios papais, ao lado de São Pedro, abrigam os Museus do Vaticano, uma das coleções de arte mais importantes do mundo. Aqui encontramos a capela Sistina com afrescos de Michelangelo, as salas de Rafael, Botticelli, Perugino, Giotto, Caravaggio, Ticiano, Leonardo e muitos outros. Ver todo o trabalho de Miguelangelo no teto da Capela Sistina me fez pensar que uma máquina, nas mãos de um excelente fotógrafo, capta imagens incríveis que podemos ver nas ilustrações de livros, guias, internet... Mas o que nossos olhos vêem e o coração registra, não há megapixels que substitua!
Foi envolvida nessa emoção, que cheguei a Praça de São Pedro e adentrei em sua Basílica. Tudo aquilo que sempre vi através da telinha da TV ou da telona do cinema, foi por água abaixo. Fiquei de boca aberta, queixo caído, embasbacada, abobada com a suntuosidade de toda decoração, sob a enoooorme cúpula de Michelangelo. A famosa escultura de mármore – Pietá – que Michelangelo concluiu quando tinha 25 anos, foi minha anfitriã. Andando pelos seus 187 metros de comprimento, toda revestida em mármore, fui vendo suas onze capelas, seus quarenta e cinco altares, além de muitas obras de arte. É de uma grandiosidade que pude compreender, um pouco mais, o poder da Igreja e do papado ao longo de toda a história. Além disso, lembraram-me que é exatamente a Basílica de São Pedro que ultrapassa em qualquer estilo todas as catedrais do mundo!
À noite para me despedir da Itália e dos romanos, fomos a um restaurante bem típico, “IL COLIBRI”, saborear Bruschettas, presunto Parma com figos e melões que derretiam na boca, Penne alla Carbonara, corações de alcachofra...Tudo isso acompanhado de belíssimos italianos, regados a um Brunello di Montalcino e coroado com a mais vívida compreensão do que é “BEL FAR NIENTE” = A beleza de não fazer nada! Para a Itália, especialmente Roma, estarei sempre www.tôdentro.com. No dia seguinte Portugal me aguardava...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

AUTO PILOT/PILOTO AUTOMÁTICO

Roma foi fundada há mais de 2.750 anos. Apesar de ser uma “velha senhora” com suas rugas, ainda assim encanta milhares de admiradores que chegam para decifrá-la. Inicialmente como centro do Império Romano e depois da Igreja Católica, tem exercido grande influência sobre o mundo – muitos sistemas políticos e jurídicos seguem o antigo modelo romano; edifícios em todo o mundo foram construídos a partir de estilos e técnicas aperfeiçoados na antiga Roma. Com toda esta carga histórica, não é de se surpreender que fiquemos assombrados e admirados diante dela! Verdadeiro museu a céu aberto.
Eu me apaixonei por ela e, pelos romanos... Seguindo uma sugestão da Vênica, contratamos um tour naqueles ônibus panorâmicos. Ele faz parada nos principais pontos da cidade e durante o percurso vamos ouvindo explicações na língua que quisermos. Ouvi em português - de Portugal - e nessa escuta, pude aprender várias curiosidades. Dei também muitas risadas, pelas diferenças existentes com o mesmo idioma. Mas quando o locutor narrou a "abóbada-cúpula" da Basílica de São Pedro, que se fala "abobada"... me rendi e passei a utilizar para qualificar e expressar meu assombro a cada visita : TÔ ABOBADA!!! A gente desce, fica o tempo que quiser no local e depois embarca novamente. Por dois dias conheci a Piazza e Scalinata di Spagna, Piazza Navona, Pantheon, Coliseu, Fórum Romano, Castelo Sant’Angelo, Fontana di Trevi, Museus Capitolinos, Vaticano, Basílica de São Pedro...Maravilhas que, naquele "scaldo"- calor de 42 graus - e de tanto perder o fôlego, quase me fizeram dar entrada num Pronto Socorro Romano. Nos outros dias demos o famoso perdido – segundo Marcinha, quando criança comi canelinha de cachorro – e haja canelas para a Piazza della Republica, Trastevere, Campo dei Fiori, Via Del Corso, Via Condotti, com suas lojas chiquérrimas. Como não sou Julia Roberts e meu Richard Gere está em Hollywood, contentei-me com as vitrines. Foi aqui em Roma, que realmente vi homens belíssimos - verdadeiros deuses gregos, ou melhor, romanos - elegantes, educados e claro, latinamente sedutores!!! Quando tínhamos tempo de retornar ao hotel e dar uma produzida para jantarmos, era um tal de “ciao bella”, “spetaculosa”, “é tutto originale”? “Come ti chiame”? que rapidamente minha Síndrome de T.M.A (tô me achando) baixava!
Foi com essa Sra. também que, - por mais uma vez - confirmei a sincronicidade, que não existem coincidências e
como me foi dito: “nellé per acaso” – nada é por acaso! Continua...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DESABAFO DE UMA BIOS

Quando falo que essas coisas de PC requerem muiiiiita paciência, penso que estou sendo boazinha. Tem coisa mais irritante do que essas animações a cada e-mail que recebemos -borboletas voando, gatinhos pulando,macaco se coçando - que não consigo retirar e muito menos me animar! Não é à toa que são Animações Gratuitas.
Eu sempre me dou ao trabalho de - tentando ser politicamente correta - reencaminhar uma msg com cco, e gasto alguns segundos eliminando os remetentes anteriores que só foram dando ENTER, ENTER...Tudo bem, não vou exigir o mesmo de ninguém, até porque sei que repasso msgs que nem sempre agrada a gregos, troianos e mais recentemente "romanos" - se é que me entendem?
Agora de tudo que acontece, já aconteceu e sei que ainda acontecerá, o "desaparecimento misterioso” de algo, me irrita a décima potência! Você está lá, batalhando no seu blog há nove meses - quase um parto - onde cada post, cada item tem sua importância e de repente, como um seqüestro relâmpago, só que não devolveram ainda meu seqüestrado, tiram algo assim, sem mais nem menos, do seu blog?!!!!!? Lá vou eu pedir SOCORRO:
- Deco minhas músicas desapareceram do blog????
- Como assim mãe?
- E eu é que sei? Sabe aquele negócio que você coloca todo mês, com a música que eu escolho - e que vc insiste pra eu aprender a fazer sozinha - e que enquanto a pessoa estivesse lendo um post, poderia clicar e ir ouvindo a Música do Mês? Sumiu! Tooooodas, desde janeiro... Eu quero de volta!!!
- Tá mãe, quando chegar em casa eu olho.
- Vai demorar pra chegar? Quero meus negocinhos de volta!!!!!!
André chega em casa, procura daqui e dali e vem com a resposta:
- Mãe, acho que tiraram o site do ar.
-???? Como assim? Não podem fazer isso! Podem????
- rsrsrsrs Já procurei por outros sites e não encontro.
- M... Isso é uma B...!!!
Então eu - uma BIOS (Bichinho Ignorante Operando o Sistema) - tenho que, resignadamente, aceitar o desaparecimento da minha Música do Mês. Mas como "vingança" aos seqüestradores, reescrevo a msg que recebi em solidariedade à minha perda:

LEIS BÁSICAS DA CIÊNCIA MODERNA:

Se mexer, pertence à Biologia.

Se feder, pertence à Química.

Se não funciona, pertence à Física.

Se ninguém entende, é Matemática.

Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.

Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido, é INFORMÁTICA!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

HAND BAGGAGE/BAGAGEM DE MÃO

Saímos de Veneza e fomos percorrendo Padova, Ferrara, Bologna até Florença/Firenze. Florença é um grande e maravilhoso monumento ao despertar artístico e cultural do século XV: o Renascimento. Da janela do meu quarto tinha, como vizinho, a casa de Dante... E com a imaginação solta vislumbrei-o escrevendo sua “Divina Comédia”, contribuindo junto com Petrarca e Maquiavel para a herança cultural dessa cidade. Cidade que é considerada uma das principais capitais artísticas do mundo!
Aqui, de maneira especial, lembrei-me de cada amigo artista e só não tive um torcicolo, porque D’US não quis... Tanta beleza para se ver, somente caminhando, que como um periscópio, meu pescoço girava 360 graus com facilidade. Foi na UFFIZI – maior museu de arte da Itália – que vi com esses olhos que a terra há de comer A Sagrada Família de Michelangelo, “O Nascimento de Vênus de Botticelli, “Madona com Pintassilgo” de Rafael, “Vênus de Urbino”de Ticiano, “Anunciação de Leonardo da Vinci e muitas outras.
A parte histórica de Florença é surpreendentemente compacta e a maioria das atrações é facilmente acessível a pé: o Duomo, o Campanário, o Batistério, a Piazza della Signoria o Palazzo Vecchio, a igreja de Santa Croce (com afrescos de “Giotto”), Santa Maria Novella (a outra grande igreja florentina)... Haja pernas e fôlego!
Do outro lado da Ponte Vecchio e do rio Arno, que divide a cidade, fica o bairro de Oltrarno com o Palazzo Pitti e os jardins de Boboli.
Mas foi na Galleria dell’Accademia que ao ver o original “Davi” de Michelangelo, não perdi o fôlego, parei de respirar! É indizível... Não há fotografia que consiga retratar tamanha maravilha.
Fomos ainda no Mercato Centrale – rua de San Lorenzo – e como qualquer mercado tem de um tudo. Foi aqui que aprendi a expressão “va fanculo”(dispensa tradução) que por muitas vezes tive vontade mas não coragem, de usá-la com alguns italianos. E no Mercato Nuovo esfreguei o nariz de metal do javali/porccolino que diz a lenda, me fará voltar logo a Florença.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DEPARTURE/PARTIDA








Fui de trem percorrendo Brescia, Desenzano, Verona - onde se passa a tragédia Romeu e Julieta – Vicenza, Padova, Veneza Mestre e... Veneza. O movimento de milhares de turistas, os gritos dos gondoleiros com suas camisas listradas e chapéus de palha, pombos em busca de migalhas e "ruas de água", coloriram ainda mais minha primeira visada.
Começamos o passeio por San Marco – a parte mais movimentada da cidade – cujas atrações são a piazza, a basílica, o Palazzo Ducale ou Palácio do Doges e o campanário.
O palácio é uma obra-prima do gótico veneziano. Era a sede do Doge de Veneza – líder da cidade – e da magistratura veneziana. Quando deparei com a “Escada de Ouro” projetada por Jacopo Sansovino – um famoso arquiteto e escultor do renascimento italiano – me imaginei com roupas da época e com uma das maravilhosas máscaras venezianas indo para um baile! Perdi o fôlego quando vi o enorme “Paraíso” de Tintoretto e entendi porque é considerada a maior pintura do mundo em tela! Mas Veneza é para andar, andar e se extasiar com seu passado de glórias, evidente em cada ruela e esquina. As lojas com objetos, bijouterias feitas em murano são únicas. Mas sonho foram as de máscara... Sonhei tanto que pensei em dar uma festa de aniversário, ano que vem, assim : baile de máscaras, roupas da época, Vivaldi (Veneziano) embalando todos os Romeus e Julietas pelo salão... Acordando...
De vaporetti em vaporetti – transporte usado por todos – atravessei a Ponte Rialto, a dos Suspiros (e como suspirei!!!), visitei museus, o gueto, ouvi músicas maravilhosas, degustei vinhos, e fui vagarosamente compreendendo porque Veneza é uma das poucas cidades do mundo, que além de ser classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, realmente pode ser descrita como única.
Não sei dizer se é verdade ou mentira, que ela está para desaparecer sob as águas do Adriático... Mas na dúvida, vá conhecê-la assim que puder.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NOW BOARDING: EMBARQUE IMEDIATO




As viagens que faço são marcadas por uma curiosidade desmedida de absorver os novos ambientes. Quando ela é planejada com antecedência, leio tudo que posso sobre o local e isso se aplica tanto para cá, quanto ao exterior. Como disse no último post, esta foi totalmente inesperada e nada planejada. Quando me dei conta, depois daquela correria para deixar tudo em “ordem”, já estava dentro do Pedro Álvares Cabral. É, era esse o nome do avião e foi assim, como uma descobridora de novas terras que embarquei. A primeira cidade Milão: centro da moda, dos negócios e das finanças é uma cidade intensa. Mais ativa do que atraente, ela é o coração da economia italiana. Como não sou do ramo da moda, dos negócios e muito menos das finanças fui atrás daquilo que adoro - arte: Duomo, Teatro alla Scala, Galleria Vittorio Emanuele II e Santa Maria delle Grazie.
O Duomo é uma das maiores igrejas góticas do mundo! Sua fachada inclui uma incrível variedade de estilos passando pelo gótico, neoclássico e renascentista. É de tirar o fôlego... E já aviso que o perdi várias vezes em todos esses dias. O Scala estava fechado, férias de verão, mas pude conhecer o Museo Teatrale ao lado do teatro, que expõe os cenários e figurinos de produções passadas, retratos de regentes e objetos teatrais do período romano. Através dele pude ver o auditório, galerias e o enooooorme candelabro. A ópera brasileira O Guarani, de Carlos Gomes, estreou aqui em 1870 então, fiquei me imaginado sentada num camarote, com as roupas da época e ouvindo... Uma viagem mental maravilhosa. A Galleria é conhecida como Il Salotto Di Milano = Sala de visitas de Milão e foi inaugurada em 1877. Por ser uma galeria comercial, é o milanês rico e influente que a freqüenta (além de nós pobres turistas) atraído pelas lojas, cafés e restaurantes de muito estilo. Numa das noites jantamos no Savini, que além da comida divina, me fez babar com todo seu requinte. Mas, foi no convento de Santa Maria delle Grazie que me belisquei pela primeira vez nessa viagem. É aqui que está uma das imagens-chave da civilização ocidental: Il Cenacolo mais conhecida por nós como A Última Ceia, de Leonardo da Vinci! A imagem capta o momento em que Jesus Cristo diz a seus discípulos que um deles irá traí-lo. Na visita guiada pude observar que a figura de Jesus está inacabada, pois segundo o guia, Leonardo não se considerou digno de terminá-la. E eu, com reverência, agradeci ao Pai, pelos olhos e visão que me permitiram ver tamanha beleza... Muitas outras me aguardavam em Veneza.








quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A N I V E R S Á R I O

AUGURE!!! HAPPY BIRTHDAY!!! FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Não me lembro mais quando foi a última vez que tive uma festa de aniversário. E não é por que não goste de comemorar, mas pela trabalheira que é organizar tudo antes – mesmo que contratem profissionais – além de que, no dia “d”, é a gente que tem que supervisionar tudo! É um corre-corre verificando se todos estão bem servidos, entrosados, se a música está agradando, que mal consigo conversar com os amigos. Sim, sou assim... E até hoje não consigo relaxar e deixar correr, como se não estivesse vendo que o copo de algum convidado está vazio, que o garçom – quando tem – não refez o buffet, que alguém está mal acomodado, etc, etc. Por isso sempre digo que receber é uma arte de poucos. Então, como minha mãe me ensinou que devemos sempre “celebrar a vida”, principalmente quando se faz aniversário, e longe de ser uma artista na arte de bem receber, nos dias próximos ao meu, me dou de presente, quando posso, uma viagem. A desse ano foi totalmente inesperada, nada programada e talvez por isso mesmo fantástica! Pretendo ir contando aos poucos... Desde o ano passado levo meu celular e somente no dia 19 o ligo. Aí é uma sucessão de surpresas e puro deleite: mensagens, telefonemas e a descoberta de alguns amigos que estou longe. Com o Piga, por exemplo, tive que passar o celular para o americano com quem conversava, pra ele acreditar que eu não estava em BH! Depois de muitas risadas regadas a Prosseco Italiano, quero deixar aqui meu Obrigada a cada um de vocês, pelo carinho, amizade e amor transmitido por e-mail, secretária eletrônica do consultório, msgs e telefonemas no celular. Vocês que, com uma sutileza amorosa, lembraram que esse "niver" teria um significado diferente para mim... O primeiro da ausência, constantemente presente, de minha mãe! De não ser mais acordada, bem cedinho por ela, com seu telefonema que era sempre o primeiro. Obrigada Juliana, sobrinha amada, por ser sua a primeira mensagem (exatamente à meia noite e 5 minutos) e o primeiro telefonema do dia! E a todos vocês pelo colo, afago, amor... Obrigada por ajudarem a jamais me esquecer de CELEBRAR A VIDA!