Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sábado, 31 de março de 2012

MUDANÇA(s)


OBRIAGADA POR TODOS ESSES ANOS!
 "Nunca se esqueça de que a mudança é uma força positiva que geralmente é para melhor e que a vida é uma representação para a qual não nos é dada a oportunidade de ensaiar." (Sally Brompton)
Já havia levantado fazia tempo. Quando ainda se tem um prédio em reforma (um ano!) nem o mandamento divino - descansarás no sétimo – é cumprido. Tenho feito o máximo para me adaptar a essa realidade de ninho vazio, mas tenho que dizer: né brinquedo nauuumm! O mesmo esforço dispenso as outras mudanças que ocorreram entre fevereiro e março. UAU! Escrevo o mês e percebo que hoje é o último dia. Quase não postei. Falta de inspiração? De verdade falta de ânimo. E de investir minhas horas na frente do computador. E isso inclui tudo: blog, redes sociais, caixa postal. Aliás, aproveito pra contar um segredim: não quero provar que não sou um robô! Ô coisa burricida de ser essa verificação de palavras. Alguém aí pode me dizer pra que serve? Além da obviedade de que não sou um robô? Pra mim só aumenta meu desânimo em deixar um comentário e as dúvidas em relação aos graus das lentes de correção visual. Mas vamos adiante.   
“Acorde. Saia dessa. Você nunca alcançará o seu destino se tiver medo de dar o primeiro passo. Há lugares para ir, pessoas a conhecer, trabalho a fazer (?) e possibilidades incomuns a explorar. Adote uma postura de eficiência, de profissionalismo, e siga as respostas que vem do seu coração. Você está começando a entender o enorme potencial que está à sua disposição pelas mudanças que vem ocorrendo nos seus relacionamentos e na sua vida em geral.” Lembro de que mu-dan-ça é a temática de todo esse 2012, mas que as mais importantes acontecerão interiormente. São tantas que já ocorreram que, em muitas manhãs como essa, perco alguns minutos a mais na frente do espelho tentando reconhecer quem é aquela com a boca cheia de espuma e sem o conhecido sorriso Colgate de não ser. Hoje, a pergunta que já fiz a tantos me é – incessantemente - direcionada: o que você quer? Vá atrás! Há oportunidades por toda parte, desde que estejamos receptivos o suficiente para reconhecê-las. Estou? Numa conversa intimista descubro com um amigo que o ciclo do 8 é cármico e nos dá em troca tudo o que fizemos no mundo. É um ciclo de recompensa pelas ações do passado e presente. As recompensas do 8 costumam ser de natureza financeira, material ou no trabalho, porque esses são os setores nos quais a maioria dos seres humanos deseja recompensa. PUTZ! Não é que fiz um tanto?! Ele me alerta para que fique atenta, também, a outros setores de minha vida que melhoraram de repente. Hum... Vou precisar prestar muiiita atenção mesmo! De qualquer maneira sinto satisfação causada por todas as melhoras. Satisfação significa que não estou mais ansiosa; não estou mais perdida; não estou mais procurando. E isso me basta só por hoje! Que venha abril e com ele todos os fins e conclusões. (RR)

sábado, 24 de março de 2012

TRÊS ANOS...



Não esqueci o seu rosto.
Ele me aparece vivo.
Não esqueci a sua voz.
Ela veste meus ouvidos.
Não esqueci o seu olhar.
Ele tornou-se verniz no meu corpo.
Não esqueci o seu cheiro.
Que como com deleite no meu paladar.
Se a saudade tivesse sentido
Sentiria minha guilhotina.
Veria eu em partes
Partituras de mim. (RR)

quinta-feira, 22 de março de 2012

DI MAIOR


Eternamente minina da mãe
Antigamente, nem tanto tempo assim, maior_idade não era termo usado para minimizar os cabelos brancos. Fazer 18 anos era atingir a maioridade e com ela a conquista dos direitos e dos deveres. Dos deveres nem nos ocupávamos, pois eram tantos os tais direitos ansiados: podíamos aprender a dirigir e tirar carteira; ir para as boates sem precisar rezar para não ter que mostrar a carteira de identidade e ser barrada; tomar um coquetel de frutas com álcool, viajar desacompanhada dos pais/responsáveis ou de autorização, assistir a filmes ou peças para maiores de 18 sem ser com carteirinha falsificada ou surrupiada da irmã mais velha... Era maravilhoso passar a ter esses números. Sentíamo-nos gente GRANDE e cheia de importância. Atualmente tudo isso são histórias... Agora é simplesmente resumido em “18 anos: idade de se fazer, legalmente, tudo aquilo que você já fazia desde os 15”. A não ser para as mães, quando veem que seus filhos estão completando essa idade. Susto do tipo: mas já???!!! É com susto, recheado de saudades e confeitado de memórias que lhes conto: minha caçulinha, minha Preta, minha Daniela, minha Dani está estalando 18 hoje. Longe de casa, dos pais, irmão, família, amigos daqui, mas agarrada a concretização de um sonho. Sonho de uma jovem com o mundo descortinando-se a cada instante, recheado de vivências intensas. Meus desejos para ela? Que a partir desse shnat (ano de...) e para muito além dele, todas as reticências sejam preenchidas com decisões sábias, abençoadas com saúde, equilíbrio, alegrias e muiiito amor. Seja feliz filha, aos 18, 19, 20, 21... E isso é uma ordem de sua mãe que te ama. FELIZ ANIVERSÁRIO!!!
 

sábado, 17 de março de 2012

RÊ_APARECENDO



Mimo que ganhei da Beth/Lilás

Não descobri, ainda, o porquê de em determinadas épocas de nossas vidas tudo toma dimensões gigantescas, ficando mais que pesado. Peso morto difícil de descarregar. Talvez a quantidade de acontecimentos, com ausência de colorido real, nos torne tão vulneráveis e frágeis que não percebemos, nem permitimos que a cor da qualidade impere.
Na ardência do nada crio mosaico com restos e cacos da dor! Na ardência do nada anuncio a infinda razão do viver!
Realmente, o tempo não para. A herança deixada põe o coração de pé para aplaudir seu feito. O tempo se ocupa de ensinar a solidão da falta. Transitoriedade da vida. A vida escapa. Escorre pelos dias. Passa, desfaz-se. Nem mesmo os momentos, se tornam. São apenas resquícios de uma lembrança, de algumas palavras. Nem mesmo o mais terno se torna eterno.
Se amorosidade tem cor, tenho um arco-íris plantado dentro de mim. E é com essas cores - de cada um de vocês - matizes lindas, que sigo... Só por hoje. AMO VOCÊS DE VIVERRR! (RR)
(Vou ali, visitar cada um de vocês... as saudades imperam.)