Bunitim dimaisss da conta esse Luis! |
Quando minha amiga,
Angelinha, ligou, perguntando se sabia da internação de Luis, quase tive um
troço. Como assim??? Ele não faz ideia de como sou sua fã! Mas minha amaaada
sim! Tem conhecimento de minha paixão por esse escritor gaúcho e tivemos a
oportunidade, juntas, de ouví-lo (mesmo sendo pouco falante) quando esteve por aqui. Foi internado em 21 de novembro depois de se sentir mal após
uma viagem por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ficou no CTI por 12 dias, fazendo
hemodiálise (afff), mas agora já está no quarto. Segue melhorando e até
discutiu (bom sinal!) com a equipe que o atende uma alta médica. Vamos lá Luiz!
Tô cum cê e num abro!!! E como prometi, na postagem anterior (que a pobre de
Cecília nem teve ibope) deixo mais uma crônica natalina. Vai que é sua Luis Fernando
Veríssimo!!!
Natal é uma época difícil para cronistas. Eles não podem ignorar a data e
ao mesmo tempo não há mais maneiras originais de tratar do assunto. Os
cronistas, principalmente os que estão no métier há tanto tempo, que ainda usam
a palavra métier – já fizeram tudo que havia para fazer com o Natal.
Já
recontaram a história do nascimento de Jesus de todas as formas: versão moderna
(Maria tem o bebê numa fila do SUS), versão coloquial ("Pô, cara, aí
Herodes radicalizou e mandou apagá as pinta recém-nascida, baita mauca"),
versão socialmente relevante (os três reis magos são detidos pela polícia a
caminho da manjedoura, mas só o negro precisa explicar o que tem no saco) versão
on-line (jotace@salvad.com.bel conta sua vida num chat), etc. Papai Noel, então, nem se fala.
Eu mesmo já escrevi a história do
casal moderno que flagra o Papai Noel deixando presentes sob a árvore de Natal,
corre com o Papai Noel e não conta nada da sua visita para o filho porque
querem criá-lo sem qualquer tipo de superstição várias vezes.
Poucos cronistas estão inocentes de inventar cartas fictícias com
pedidos para o Papai Noel: patéticas (paz para o mundo, bom senso para os
governantes), políticas ("Só mais um mandato e eu juro que acerto, ass.
Fernando") ou práticas ("Algo novo para escrever sobre o Natal, por
amor de Deus!"). Já fomos sentimentais, já fomos
amargos, já fomos sarcásticos e blasfemos, já fomos simples, já fomos
pretensiosos – não há mais nada a escrever sobre o Natal!
Espera um pouquinho.
Tive uma idéia. Uma reunião de noéis! Noel Rosa, Noel Coward e Papai Noel. Acho
que sai alguma coisa.
Noel Rosa, Noel Coward e Papai Noel estão reunidos... onde? Na mesa de um bar? Papai Noel não freqüenta bares para não dar mau exemplo. Pelo menos não com a roupa de trabalho. No Pólo Norte? Noel Coward, acostumado com o inverno de Londres, talvez agüentasse, mas Noel Rosa congelaria. Não interessa onde é o encontro. Uma das primeiras lições da crônica é: não especifica. Noel Rosa, Noel Coward e Papai Noel estão reunidos em algum lugar.
Noel Rosa, Noel Coward e Papai Noel estão reunidos... onde? Na mesa de um bar? Papai Noel não freqüenta bares para não dar mau exemplo. Pelo menos não com a roupa de trabalho. No Pólo Norte? Noel Coward, acostumado com o inverno de Londres, talvez agüentasse, mas Noel Rosa congelaria. Não interessa onde é o encontro. Uma das primeiras lições da crônica é: não especifica. Noel Rosa, Noel Coward e Papai Noel estão reunidos em algum lugar.
Os três conversam.
Noel Rosa – Ahm... Sim... Hmm...
Noel Rosa diz: o quê?
Noel Rosa – E então?
Noel Coward e Papai Noel se entreolham. Papai Noel cofia a barba. Ninguém sabe, exatamente, o que é "cofiar", mas é o que Papai Noel faz, enquanto Noel Coward olha em volta com evidente desgosto por estar em algum lugar. Preferia estar em outro. A todas essas eu penso em alguma coisa para eles dizerem.
Noel Rosa (tentando de novo) – E aí?
Papai Noel – Aqui, na luta.
Noel Coward – What?
Esquece. Não há mais nada a escrever sobre o Natal.
Salvo isto, se dão vênia: que seu Natal em nada lembre o da Chechênia. Que suas meias se encham de metais vis desde que não sejam guaranis. Que sob a árvore enfeitada o grande embrulho com seu nome seja... Meu Deus, a Paola pelada!
Que em nenhum momento do rebu alguém faça piada com o tamanho do peru.
Que em alegre bimbalhada os sinos anunciem ao mundo que está saindo a rabanada. E cantem os anjos, a capela, que o Cristo vai nascer assim que acabar a novela. (Luis Fernando Veríssimo)
Noel Rosa – Ahm... Sim... Hmm...
Noel Rosa diz: o quê?
Noel Rosa – E então?
Noel Coward e Papai Noel se entreolham. Papai Noel cofia a barba. Ninguém sabe, exatamente, o que é "cofiar", mas é o que Papai Noel faz, enquanto Noel Coward olha em volta com evidente desgosto por estar em algum lugar. Preferia estar em outro. A todas essas eu penso em alguma coisa para eles dizerem.
Noel Rosa (tentando de novo) – E aí?
Papai Noel – Aqui, na luta.
Noel Coward – What?
Esquece. Não há mais nada a escrever sobre o Natal.
Salvo isto, se dão vênia: que seu Natal em nada lembre o da Chechênia. Que suas meias se encham de metais vis desde que não sejam guaranis. Que sob a árvore enfeitada o grande embrulho com seu nome seja... Meu Deus, a Paola pelada!
Que em nenhum momento do rebu alguém faça piada com o tamanho do peru.
Que em alegre bimbalhada os sinos anunciem ao mundo que está saindo a rabanada. E cantem os anjos, a capela, que o Cristo vai nascer assim que acabar a novela. (Luis Fernando Veríssimo)
Só mesmo ele, o Veríssimo, para tirar do saco mais esta...
ResponderExcluirBeijos.
Ele é maravilhoso e estamos todos felizes aqui que ele está quase saindo do hospital.
ResponderExcluirbeijos,chica
Olá, RÊ!
ResponderExcluirCom um talento assim, a história do Pai Natal sempre terá sabor a novidade.
E quanto a essa árvore de Natal, acho que é igualzinha àquela que nos espera...
Beijinhos amigos; bom fim de semana.
Vitor
Querida amiga,
ResponderExcluirO céu se iluminou,
a estrela apareceu,
os anjos entoaram louvores,
nasceu o filho de Deus.
Numa gruta em Belém,
veio ao mundo o Salvador,
trazendo em suas mãozinhas,
verdade, paz e amor.
Seu bercinho foi uma
manjedoura,
pobrezinha e frugal,
que as bençãos do Deus menino
se renovem neste Natal.
Desejo a você e a todos aqueles de mais ama, um
lindo e abençoado Feliz Natal. Beijocas
Veríssimo é massa !!!
ResponderExcluirAdoro esse termo massa, heheheh
Uns falam do fim do mundo perto do natal mas mesmo agora acho que ele chegou lá nos estados unidos com mais uma matança escolar desta vez 20 meninos não vão receber prenda nenhuma, nem os pais vão ter mais nenhum natal nas suas vidas
Cadêo messias?
Não querendo ser contra estas datas não consigo deixar de o ser, que se aproveite a data e se curta o bom da vida, seja familia, o amor, a bebedeira, whatever
beijo
Outra fã do Luis! Adoro a forma como ele escreve, engraçado que não se parece em nada com a literatura do pai.
ResponderExcluirHoje ele saiudo hospital, hip, hurra, hurra....
bjs
Jussara
É, já está em casa o Luis. Sempre preferi o nome Luis com "s" no final, do que com o "z" e só depois que me u pai morreu é que descobri que o dele era com "Z". O pai é meu, escrevo do jeito que quiser, né não?
ResponderExcluirA crônica é mesmo massa. Veríssimo, embora pouco diga, escreve feito um gigante. Mente brilhante que só!
Aquieta-se, galêga. Ainda teremos Veríssimo por mais bocados de ano, amém!
Beijo!
Fiquei muito apreensivo quando soube dessa internação dele, Regina. Ainda bem que está se recuperando. Ele é um gênio, um mestre. Salve Veríssimo! Bjs
ResponderExcluirTudo será luz e magia para ele, beijo Lisette.
ResponderExcluirExcelente texto, parabéns ao Luis e as suas melhoras!
ResponderExcluirRegina como a minha próxima semana vai ser muito dificil em termos profissionais, e como não sei se terei tempo de passar pelas casas virtuais dos amigos, passo hoje especialmente para desejar um Natal muito Feliz.
Beijinhos
Maria
Eu adoraria conhece-lo (LFV) pessoalmente e ouvir, apenas ouvir, qq coisa que teria a dizer.
ResponderExcluirQuerida amiga, eu lhe desejo um Feliz Natal e antes do fim deste ano, estarei novamente falando com vc. Afinal, ainda temos muito tempo antes da virada!
Beijos
Veríssimo é um gênio, escreve muitooo.
ResponderExcluirRegina já estou a pendurar minha chuteira, ultima postagem, e passei aqui pra agradecer.
Desejo que você tenha um ótimo Natal, cheio de alegrias, harmonia e tudo que a sua Caixinha de sonhos te faz acreditar. Que esse Novo Ano que se aproxima seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita Paz para o nosso mundo.
Obrigada pela sua presença em 2012 no meu blog.
Ótimo final de Ano, e maravilhoso começar de Novo Ano.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
Beijos!
Refletindo com a Smareis
A torcida foi grande e LFV já saiu do hospital - ótimo!! Do jeito que anda a saúde dos hospitais, tornou-se um perigo ficar muito tempo por lá. Esperemos grandes crônicas hospitalares. Ou não :)
ResponderExcluirFeliz natal!! Boas comemorações!!
Beijus,
Olá, RÊ!
ResponderExcluirNão trago saco nem prendas; apenas os votos de um muito FELIZ NATAL, para si e os seus, com muita saúde e alegria, e, já agora, também algumas daquelas coisinhas boas que nesta época costumam chegar à mesa.
E obrigado pelas palavras simpáticas deixadas lá no meu canto, que li com imenso gosto e prazer.
BOAS DESTAS!
Beijinhos amigos.
Vitor
Querida amiga
ResponderExcluirQue neste Natal,
diante das pessoas que amamos,
possamos ofertar a elas,
o melhor presente
que desejassem receber:
Nossa vida...
Nosso carinho...
Nosso coração.
Para quem crê na vida,
Natal se faz a cada dia.
Que assim seja o Natal
Em tua vida.
Aluísio Cavalcante Jr.
Olá Rê!
ResponderExcluirPassando para deixar meu forte abraço e deseja-lhe um Feliz Natal, repleto de Saúde, Paz e Luz.
Beijossssssss Natalinos
Sol
Alô, Rê!
ResponderExcluirBela citação do meu conterrâneo LFV!
Desculpe pela minha ausência temporária, estou voltando para visitar os blogs amigos!
Abraços!
Que grande coração Rê!!
ResponderExcluirBJs, uma vez mais ... Boas Festas!!