Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

VIDA CICLÍCA



                             "Esteja certo de que o rumo que tomou
                             é a direção na qual você queria ir.
                 Até que ponto você realmente quer aquilo que diz que realmente quer?" 
Não sei dizer se foram os acontecimentos da última quinta-feira lá na Casa ou os inúmeros emails que recebo orientando sobre propósito, energia, aprendizado, evolução, etc. e tal. Talvez um pouco de cada. Sei que, ao despertar, a conversa fora tão clara quanto as lembranças e palavras que agora digito. O nível de tolerância está próximo do limite. Portanto, está na hora de ampliá-la, para poder estender o que pensava que eram os meus limites para longe de mim. No princípio, a gente se sente aprisionada, limitada, sozinha ou impotente para ajudar a si mesma ou as outras pessoas. Desejar que o problema desapareça ou negar a existência dele só irá piorar as coisas. 
Realismo, determinação, esforço, espírito prático e AMOR são necessários nesse momento. Uma ação positiva levará a outra. Se não puder conseguir o apoio dos outros, então terei de seguir sozinha. Lastimarei, mas seguirei. Sempre há alternativas e escolhas. Serei tão flexível quanto puder. Se uma tarefa me parecer grande demais, dividirei em partes menores sem pensar. Parei de lutar, apavorar. Em vez disso, me empenho. 
Prendi-me a uma responsabilidade que não é inteiramente minha? Uma determinada situação está minando minha capacidade de pensar e agir de maneira independente? Está na hora então de fugir dessa prisão. Ou me afasto, fisicamente, do problema ou aumento meus níveis de aceitação e tolerância. E o que fazer se um obstáculo for imutável e inarredável – como uma sentença a longo prazo ou perpétua? Vou precisar de algum tempo para admitir isso, mas – provavelmente – esse obstáculo está exatamente onde deveria estar. É um desvio para impedir-me de prosseguir numa direção que não é a certa para mim. É uma oportunidade de descobrir uma maneira mais adequada e eficaz de fazer as coisas. Pode até ser uma oportunidade de descobrir o meu verdadeiro sentido na vida. 
Um determinado problema, a princípio, poderá parecer uma montanha enorme dominando toda a nossa existência. Bem, terei de escalar essa montanha enorme dominando toda a minha existência. Dando o primeiro passo estarei a caminho. E se o primeiro não der certo, significa que não levei em conta todos os detalhes. Reavaliarei tudo e tentarei novamente!

14 comentários:

  1. A simples determinação de em seguir um rumo em que se acredita é meio caminho andado.

    Beijo.

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  2. O primeiro passo deve ser dado sempre...Mesmo assim, avaliar faz bem, caso precise, trocar os "sapatos"...beijos,chica

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  3. É de se considerar, também, a existência de um passo entre duas montanhas ou de um túnel...
    Beijos, brava peregrina.

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  4. Os problemas sempre se apresentarão e cabe a cada vez recriar forças para supera-los,isto é a teoria da superação. Sabemos o quão difícil,é as vezes escalar esta montanha e atingir o cume.
    Mas se nada fizermos eles se elevarão cada vez mais à nossa frente.
    Abraços amiga.
    Um lindo fim de semana a voce.

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  5. como diz o Dalai Lama:
    " Lembre-se que ás vezes não conseguirmos o que queremos é um maravilhoso golpe de sorte "
    beijo Regina

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  6. E há de conseguir escalar qualquer montanha, por mais difícil que seja e por maiores que sejam os problemas. Pelo menos temos que tentar pensar assim sempre, por mais desanimador que muitas vezes seja. bjssss

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  7. Siga tranquila, Regina em passos lentos e firmas.
    Lembre-se do ditado: conforme segue a carroça, chacoalhando, ajeitam-se por si as abóboras...

    Beijin

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  8. Um grande "passo em frente" já é esse pensamento. De facto, pensando bem é como dizes por aqui - quando um obstáculo não arreda ...
    Porquê tentar mudar o obstáculo de sítio?!! Não será mais inteligente olhar à volta, ver outro caminho, quiçá ... o tal??!
    Mais um brilhante raciocínio sra.DTRA.
    Bj, fica bem.

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  9. Ampliar os limites da tolerância é uma boa forma de prosseguir...
    Quanto menos as contrariedades nos afetarem, melhor!
    Minimize as coisas negativas e enfatize as positivas...
    Faça valer seus poderes!
    Bjs, Rê!

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  10. Re, eu hoje estava precisando ler essas palavras, repartir o problema em pequenas partes e ir tentando resolve-los, é o que farei! Um passo de cada vez.
    bjs
    Jussara

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  11. Começar de novo... e todos os dias? Acho bacana esse reconhecer da necessidade de mudar. Acho bacaníssima essa percepção de mudar a trilha, ao invés de travar luta inglória com o obstáculo.

    Acho mega-hiper-super-bacana, tu, galêga.

    Saudade.
    Beijo!

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  12. OI REGINA!
    SEGUIR EM FRENTE MESMO SENTINDO QUE MUITOS OBSTÁCULOS INTERFEREM EM NOSSA CAMINHADA, É GASTAR ENERGIAS Á TOA, PARAR, REPENSAR E DESENVOLVER UMA ESTRATÉGIA QUE NOS AJUDE A TRANSPÔ-LOS É O MELHOR A SER FEITO.
    MUITO BOM E REFLEXIVO TEU TEXTO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  13. Olá, RÊ!

    Tema mais sério do que este, não há, já que se trata da própria vida.Que, por vezes, nem toda a sabedoria deste mundo consegue conduzir pelo rumo certo, ainda que tal ele nos possa parecer à partida.

    Mas o conseguir parar e sobre ela racionalizar, é definitivamente uma grande ajuda - para além de dom, que nem a todos contempla.

    Beijinhos amigos e bom fim de semana. E obrigado pelas palavras amigas!
    Vitor

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  14. Identifiquei-me nesta tua atitude de autoquestionamento e raciocínio por patamares. Na verdade, o maior problema é fazer de conta que não existe. Analisá-la, dissecá-lo e pegar numa ponta, eis o caminho.

    Uma vez mais, adorei ler-te, querida Rê

    Bjo :)

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