Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

CARNAVAL EM SANTA MATILDE


Fui com meus amigos Syl e Zé Renato passar o carnaval na fazenda deles, que fica em São Brás do Suaçui. Difícil colocar palavras num lugar que exala harmonia a cada olhar: o vaso de orquídeas, bem no centro da sala de visitas, nos recebia junto à alegria de Scott – um fila cego de um olho, mas como diz o ditado é rei nessas terras.
Éramos quarentonas, cinquentonas, sessentonas e oitentonas, alvoroçando o pobre do Zé que, hoje, se torna uma ótima idéia= 51 anos!
Tia Tatá bem cedinho, até a hora de deitar, assistia às missas na tv e ia assim nos abençoando e pedindo perdão para nossos pecados carnavalescos: gula, cervejinha e caipirola (feita com acerola colhida ali, no pomar), muitas risadas advindas de bobagens da mais pura alegria.
D.Letícia bem humorada não se cansava, e em pé – por gosto mesmo - na lavação da louça me ensinou que contrariar vontade de marido é coisa do passado e do seu presente com quem convive.
Júnia habilidosa e artista botou de fato a mão na massa e deu uma arrancada na “nossa” capela.
Syl que nem kinder ovo, uma surpresa diferente a cada dia, fez até broa de fubá, que não cresceu – essa marca de fubá, Zé!
Eu fiz, da grama atrás da casa, minha praia. Até areia, conchas e banho de mangueira Zé arrumou pra mim. Sem nenhum constrangimento, que só mesmo anfitriões como eles nos deixam, ficava bem à vontade e colocava toda minha “gorda exuberância” a se bronzear. As colegas lá do outro lado da cerca, pastavam com visível inveja!
Entre uma conversa aqui, uma leitura ali, aprendi que existe chouriço doce, que tudo de bom.com.br é o cara perfeito, que depois de uma tempestade e os ovos de passarinho que estavam sendo chocados caírem do ninho, não tem mais jeito (sabedoria da mãe natureza), que a melhor fantasia é aquela que vestimos todos os dias, que a bateria nota 10 é sempre a alegria, que as mais belas alegorias e adereços são a diversidade da flora e da fauna, que não existe atravessamento quando o samba enredo é harmonia e que essa escola de samba tem nome e sobrenome: SANTA MATILDE DA VIDA!

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