Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

MARTELETE DE CAFÉ DA MANHÃ

Nesses dias de férias escolares quando – teoricamente – poderia dormir até mais tarde, minha prática vem sendo outra.
Às oito da manhã – pon/tu/al/men/te e nem estou na Suíça – o canto dos pássaros, o barulho dos ônibus e carros descendo a rua é abafado pelo pior despertador que já tive conhecimento.
O edifício passa por uma reforma. Modernização, revificação... E eu por uma quase mortificação! Estão tirando a cobertura, antigas pastilhas, e entrando no cimento para consertar o que vem provocando infiltrações e outros transtornos. Tudo muito bacaninha se não fosse pelo impacto que meus pobres neurônios sofrem ao som desse tal martelete.
Isso mesmo. Não é omelete, raclete ou pãozete que poderia degustar num calmo e calórico café da manhã. Sou despertada por um martelo elétrico mesmo! Todos os dias ditos úteis.
Devo ser uma inútil por querer acordar – nessa quinzena - num horário diferente da habitual 05:45 da matina. Não há humor que resista a esse barulho até as cinco da tarde. Nem inspiração.
Enquanto observo para além dessa poeira nada transcendental, peço ânimo para que Reginete dê conta do lerê doméstico, agora agravado pela obra (haja poeira!). Vou vendo o prédio ser descascado e chegando no osso (?). 
Vagueio em questões.  Somos também descascáveis? Quantas camadas recebemos e ou adquirimos ao longo da nossa vida? Quais são as situações que nos fazem chegar ao nosso f_osso mais íntimo?
Sensação de nudez. Nada mais encobre. Sacudo a poeira e dou a volta por baixo. Como falamos nessas Gerais “o preço de viver se paga à vista, não se faz fiado”. Com ou sem direito a marteletes.

21 comentários:

  1. Rêzinha querida, que saco, hein? Imagino o efeito residual deste martelete após as cinco horas p.m. Sei não: num mundo afogado em tecnologia 'de ponta'para isso e aquilo, ainda somos obrigados a aguentar a desconstrução, para poder reconstruir, usando a linguagem da sua profissão. Use um tampão de ouvido e entregue pra Deus. Beijinhos, Angelinha
    PS: tem previsão para o término do samba do crioulo doido?

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  2. Oi Regina!
    E aí? Está pagando seus pecados com esta reforma??? rsrs
    É complicado mesmo. Mas, depois que ficar tudo pronto, vocês vão ter um ambiente melhor para morar. Não há faxina ou reforma sem bagunça ou certos incômodos, assim como aconteceria conosco se quiséssemos fazer uma faxina interior, não é? rs

    Bjs querida

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  3. Rê Amiga,
    Acontece! Então onde está o seu senso de humor?
    Há que aguentar de cara alegre. Se ao menos fôssemos como a cebola, com as suas cascas. Tirávamos uma e aparecia logo outra novinha em folha...
    Um xião,
    J

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  4. É, amiga... estou passando pela reforma de minha casa - elétrica e hidráulica - e sem direito a previsões confiáveis quanto à disponibilidade de banho quente, internet e outras amenidades. Abraços sólidos e solidários para cimentar nossa amizade ensurdecida e empoeirada - mas ainda e sempre valiosa e indestrutível.

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  5. Oi Regina..

    Aqui em casa é a cachorrada da vizinha que foi viajar.. menina..nem te conto..aliás daria um conto..rs

    Me apeguei nas suas ultimas linhas.

    Sobre cascas.

    Lá no Brahma Kimaris, local de espiritualidade que frequento muito se fala sobre isso.

    Das cascas que adquirimos durante toda a nossa vida e somadas as casas que trazemos de outras vidas.
    Então haja coisas a serem descascadas..
    Se conseguirmos separar o nosso ser de nossas cascas, teremos acesso a verdade do que somos.

    Seres perfeito a imagem e semelhança de Deus.
    Não uma perfeição vaidosa, mas uma perfeição de criação divina.

    É a minha frença!1

    Um dia lindo a vc.. viu??

    Beijo

    Ma

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  6. RêRô... rss

    Guenta firme aí!! Antes assim, que dispois fica munito o cazébre... rss
    Pió, quando num arruma e as coisa vem abaixo por falta de caservação.. vixê!

    Deusssssssssssssskiajude
    Beijo
    Tatto
    P.S.- Tank´s o elogiamento from my cutís... rsss

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  7. Rê, dizem que as árvores criam camadas com o passar dos anos...
    As cebolas também são feitas em camadas, mas só se pode mexer com isso quando elas vão para a panela...
    Quanto aos marteletes, que tal começar a fazer caminhadas bem cedo?
    Mas, tem uma hora estabelecida em leis municipais para começar a fazer barulho com esse trem, uai!
    Abraços!

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  8. Imagine se a inspiração estive "normal", qual não seria tua questão de devaneio...rs

    Estamos vivendo momento semelhante (até nisso!...rs), ao meu lado tem uma obra que não termina...um restaurante..até já falei sobre minha garagem bloqueada...mas o barulho nos dias úteis tb começam cedo por aqui...como é reforma, tem o "desmanche", a sessão descascar deve ser pior do que derrubar...e os passarinhos que vivem nas árvores do meu prédio, fazem concorrência com o martelê que não pára...a poeira sobe e deita nos meus móveis...a parede sobe até a altura da minha janela, ameaçando roubar meu sol...

    É isso irmiga, mas acho que o barulho interno ainda é pior...rsrsrs

    Bjãozão, amada!

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  9. Olá, RÊ amiga!

    Pois, não há paciência que aguente, e logo quando se podia ficar mais um bocadinho na cama, não é ...?
    Mas, acredite, muito pior do que isso,é fazer obras dentro de casa com a gente lá dentro.Um destes dias, experimente...
    Só lhe posso desejar que as obras acabem depressa ...

    beijinhos amigos
    Vitor

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  10. Uma crônica muito gostosa; do trivial, passando pelo banal, até chegar ao básico, da vida.

    Adorei; abração.

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  11. Ai amiga Regina, que sinfonia horrorosa!!!
    Realmente não há paciência que aguente!

    Um beijo... e aguenta amiga!

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  12. Misericórdia! Aqui de vez em quando sou contemplada com eventos assim. E fora os carros, né? Às vezes dá a impressão de que estão passando na minha calçada... Mas com eles até me acostumei, não tinha alternativa.

    Menina, quando falou que estava na Suíça, vixe q pensei ter sido abandonada por ocê, viu?

    Beijo.
    Saudade... Sempre.

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  13. Olá Rê :))
    Marteladas úteis para uns e completamente inúteis para outros. Autêntico martírio quando se pretende aproveitar de uns diasinhos diferentes !
    ... e guardam logo estas obras para alturas inconvenientes ! :))

    Beijinho, Rê ! :)))
    .

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  14. Ei Regina!
    Mesmo de férias parece que não temos sossego heim!
    Dá-lhe martelada, fica aí não Regininha, vai espalhar seu charme por aí! rsss....
    Gd beijo

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  15. Quando morava em SP, o andar era o nono, o metro de superfície passava na altura do quarto andar.
    Uma avenida de quatro pistas, com várias casas noturnas, e seus diferentes gêneros musicais ou seriam infernais, duas escolas de Sampa X-9 Paulistana e Acadêmicos do Tucuruvi.
    Aja Ziriguidum.
    Tudo isso deixou os meus tímpanos, com aquela sensação de telefone ocupado eterno.
    Espero que você sai dessa, melhor do que eu, sem nenhuma sequela.
    Bjs.
    Wilma
    www.canceremamamulherdepeito@blogspot.com

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  16. querida e amada Rê,

    estando eu em obras permanentemente, pois não há reparos que me valham por muito tempo, mesmo fugindo às obras da vizinhança, (inúmeras no verão), com as minhas me vejo num ruído persistente.

    beijo e kandandos meus a atravessar tanto mar...

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  17. Amiga, ando descascada até a ultima camada...preciso de um reboco urgente.
    Que coisa heim, será que tinham que fazer isso justamente nas férias?
    Falta de senso...
    Bjos achocolatados

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  18. Querida..mil perdões.. o seu numero é 46.
    O Regilene..24

    Duas Res..eu me confunfi.. mas na postagem a qual YUPPI, o seunumerozinho esta lá!!
    Minhas mais sinceras desculpas.
    Bjkas

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  19. A vida é isso minha amiga, feita da maluquice dos dias,,,da loucura dos acontecimentos das horas...grande beijo de bom final de semana pra ti.

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  20. Oi, Re... que tormento!! Não há neurônio que aguente mesmo. Aproveite para por as visitas em ordem, fazer todas as compras que precisa, ir ao cinema na matinê (esse termo me lembra minha mãe rsrsrsr) e depois um lanchinho no shopping.
    Acabei de reformar minha casa e foram dias complicados. A gente começa com uma coisinha aqui e acaba quebrando a casa toda. Mas valeu muito a pena.
    Coragem, amiga!
    Beijokas.

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  21. Amiga,

    Nem me fale!
    Sei MUITO bem pelo que estás passando.
    Moro no 16ºandar e fui a quarta moradora a mudar para o prédio. Mudei feliz da vida para meu paraíso particular....só que cada vizinho que chegava colocava o tal do maldito teto gessado! Para colocar aquele inferno primeiro é furado todo o teto com pistolas que a cada tiro dado fazem todo o prédio tremer! Sem contar a maldita poeira do tal do teto de gesso! Fora disto aguentei colocações de armários, de pisos e muiiiiiiiito cheiro de tinta!

    A única coisa que posso te dizer: Demora, mas passa!
    Enquanto isto faça um bom estoque de panos, de detergentes e muita, mas muita paciência!

    Beijinhosssssss

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