O estudo da história demonstra
que na vida tudo é paulatino. Tudo trabalha como um recife de coral:
sedimentando, acumulando em camadas sobrepostas. Somos os construtores e o
material com que construímos a nós mesmos. Somos memória e vivemos envoltos em
lembranças. Tudo o que se fizer (ou deixar de fazer), aprender, sofrer ou ser
feliz constituirá a base da estrutura de nosso vir a ser.
Somos transcendentes,
inquietos, insatisfeitos e incompletos. Caminhamos impacientes, mesmo sem saber
ao certo para que lado estamos indo. A nossa história vem da acumulação.
Mentiras, verdades, tudo o que vivemos, deixamos de viver e pensamos em viver
nos construiu. Tudo é processo que só cessa com a morte. Mesmo submetidos a
esse limite extremo, provavelmente encontraremos nele outra forma inédita de
ultrapassagem.
Nada é instantâneo ou fruto de
autossugestão. Tudo se concretiza e substancializa pelo processo de que se
lançou mão para se chegar onde se está. Os fins já não são mais determinantes
como no século passado. Hoje sabemos que tudo o que temos é o aqui e agora. O
antes já era e o depois se perde nas infinitas possibilidades da existência. Os
meios tornaram-se muito mais importantes que os fins porque se referem ao
processo. E descobrimos hoje que o processo existencial é quase tudo na vida. O
que estamos fazendo é o que importa e não o que fizeram de nós ou o que
faremos.
No diamante estão o carvão, a
rocha e a pressão compactante. Na planta, as flores, o pólen e os insetos. No
velho estão suas vivências, construções e experiências.
Tudo transcende ao ser
ultrapassado, sem deixar de ser si mesmo de uma outra maneira.
(Imagem: Karin Izumi)
Isso foi especial per me, gosti de ler...rss
ResponderExcluirBejÔ da Grória
DeusssssssssssssssssssssKiajude
Muito lindo e cheio de tantas verdades! Gostei de te ler;.Estamos aprendendo o tempo todo e se quisermos, até na hora de fechar os olhos... beijos,chica
ResponderExcluirOlá, RÊ!
ResponderExcluir"Somos os construtores e o material com que construímos a nós mesmos", é a mais incontestável das verdades neste texto - onde muitas outras existem - muito bem escrito.
Concordo que o mais importante será o momento que se vive, ainda que nem sempre possamos gostar dele e tenhamos a necessidade de imaginar que outro virá de que mais gostemos, ainda que não saibamos qual...
Gostei de ler!
Beijinhos amigos; boa semana.
Vitor
Rê Amiga,
ResponderExcluirEstamos sempre a aprender. A escola da vida é a nossa melhor mestra.
Ela, o único presente que me dá [a mim e a todos] é realmente o... presente.
Um xião,
Jorge
Vivendo, aprendendo e evoluindo sempre, essa é a lei.
ResponderExcluirSimples assim.
Bjs.
Wilma
As raízes estão trabalhando agora, e doando flores aos nossos jardins! abraços
ResponderExcluirRê, eu penso que "o processo existencial" é quase toda a vida, senão toda ela...um diamante bruto que vai-se polindo nos atritos, pela correção dos erros, no descobrir e revelar-se...
ResponderExcluirAdorei a reflexão, é no agora que avaliamos o que foi vivido, e o ideal é que se sonhe, mas não se anseie pelo amanhã - ele virá!
Bjãozão, minha querida pensadora!
Puxa, amiga!
ResponderExcluirFilosofou!
E magnificamente!
Sim, nós nos construímos com o que temos, mas tambem nos destruímos por tao pouco e rapidamente. É verdade, pois tudo transcende ao ser ultrapassado!
Em tempo, adoro demais de paixao a maneira tao delicada que sempre fala (escrita) comigo.
Beijos
Oi Regina!
ResponderExcluirEu que o diga... estou às voltas com este "Pacto" (curso, treinamento).
Para nós, professores, é uma constante procura.
Beijos.
Se a idade de uma árvore é medida pela sua circunferência. Em nós há de ter algo similar. Com o passar dos anos ficamos com a casca mais resistente.
ResponderExcluir❝Somos a soma estranha onde o resultado é sempre um [Marília Nunes]
Beijus,
Amei Re!!!e a propósito parabéns pelo dia do blogueiro...aprendo muito por aqui!!! Bjssss
ResponderExcluirZu
"Tu és a soma do que foste e do que serás. És a integral, de zero a infinito, de todos os tempos do verbo ser".
ResponderExcluirComentário a Lu Cavichioli, em 6/7/12, num contexto um pouco diferente.
Beijos, Rê.
Me empresta um tanto dessa compreensão acerca da alma alheia? Amo esse seu olhar lúcido e tão perspicaz para o lado de dentro.
ResponderExcluirBeijo, pensadora galêga e linda.
Senão nem valeria a pena viver tanto tempo, né? No entanto, é preciso estar atento, o tempo todo, para aprender mais e melhor. Olhos de ver, ouvidos de ouvir... reflexão... e... ação! Beijinhos, Litle Angel
ResponderExcluirBom,minha querida Regina, eu acho que aprender é a única razão para estarmos aqui nesta terra e do alto dos meus sessentinha, que completarei semana que vem, vos digo que só tenho a agradecer por ter aprendido e continuar neste aprendizado até o final dos meus dias. É o que eu mais quero nessa vida.
ResponderExcluirum beijo e abraço cariocas
Fui lendo e refletindo a cada momento da leitura. Subscrevo, identifico-me. O processo sempre foi a etapa de aprendizagem que pautou a minha atuação profissional. Contudo, só nos últimos anos "aprendi" a aplicar o mesmo princípio em termos pessoais...
ResponderExcluirParabéns!
Bjuzzz, querida Rê :)
Re amada!!!
ResponderExcluirPassando pra deixar desejos de uma semana abençoada, cheia de luz e com muitos motivos pra sorrir!!!!
Bjos