Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

terça-feira, 16 de junho de 2009

São Paulo/Entrada

Pela manhã fomos às compras... A gente encontra de tudo nessa cidade de acordo com gostos e bol$o$. Meu objetivo era exclusivamente encontrar sapatos, sandálias, botas para minha Preta que, aos quinze anos, calça 40. Quando tinha a idade dela, uns anos a menos, sofri muito com os meus 39 e praticamente só tinha um modelo de sapato: boneca de verniz preto ou branco para sair e marrom de couro para o colégio (Sapataria Atômica). Ave Maria, não gosto nem de me lembrar como me sentia http://www.tofora/. E como me tornei fidelíssima, às raras lojas de sapato, que incluíam em sua grade de compra, um único par 39! As coisas mudaram muito de lá para cá, mas em Beagá ainda temos muita dificuldade para as meninas/moças que calçam 40/41/...e no caso dela, além do problema com a numeração, de possuir pés muito finos, delicados, como ela mesma diz: “esse é de gente velha, mãe”! Deu tudo certo e ela ficou feliz da vida com os presentes.
Apesar de ser feriado, e com isso o trânsito era uma bênção, SAMPA estava lotada de turistas em função de vários eventos e principalmente a 13ª Parada GLVT** que ocorreria no domingo. As lojas então nem se fala - era também dia dos namorados - necessário se fez, exercitar as lições de paciência e bom humor.
Fomos à FNAC e Livraria Cultura e as duas horas lá dentro passaram em puro prazer. As pessoas lêem seus livros, sentados confortavelmente nos muitos sofás espalhados pelos andares, como se estivessem em suas casas. Trocam informações, puxam conversa, dão dicas, paqueram, são paqueradas (tudo muito intelectualmente rsrsrs) e às vezes estabelecem amizades entre um capítulo e outro.
Bem antes de ir para SP, havia pedido à Mary que comprasse ingressos para vermos uma peça que estrearia nessa semana, pois do contrário sem chances. Assim, à noite, fomos assistir GLORIOSA.
Após temporada no Rio de Janeiro, a atriz Marília Pêra chegou ao palco do Teatro Procópio Ferreira para comandar a comédia musical Gloriosa. Marília vive Florence Jenkins, "a pior cantora do mundo", que não acertava uma nota, porém acreditava que tinha talento.
Florence Foster Jenkins era a piada mais popular de Nova Iorque nos anos 40 do século passado. Os ingressos para os recitais anuais que protagonizava no Hotel Ritz eram disputados a tapa, ainda que sua performance fosse a mais terrível. Marília divide o palco com Guida Vianna e Eduardo Galvão no espetáculo de Cláudio Botelho e Charles Möeller.
Com texto de Peter Quilter, o espetáculo Gloriosa teve sua estreia mundial em agosto de 2005, no Birmingham Repertory Theatre, na Inglaterra, e tornou-se a peça mais vendida na história daquele teatro. A montagem inglesa ganhou os prêmios Theatregoers e Laurence Olivier Award na categoria Melhor Comédia Musical. Em 2006 e 2007, Gloriosa foi encenada em mais de 20 países.
Ela está gloriosa no papel! Um humor sutil que arrancou várias risadas de um teatro totalmente lotado. Alimentados na alma, fomos para a 1.900 alimentar a matéria, porque afinal, ninguém é de ferro.
OBS:** Como já havia prometido para muitas pessoas, logo logo estarei escrevendo aqui, psicanaliticamente, sobre homossexualidade.

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