Mulheres fazem coisas diferentes quando estão tristinhas. Homens também, apesar de não admitirem. Algumas comem. A maioria faz compras. Há aquelas que fumam ou bebem. Ou ambos. Outras ligam para a terapeuta não se importando com o horário (madrugada inexiste para momentos assim). E ainda existem umas tantas que curam sua tristeza lendo. Às vezes por dias consecutivos. Os livros ensinam a você como outras pessoas pensam o que elas estão sentindo e como se transformam de seres comuns em seres extraordinários. Muitas vezes elas são tão atraentes e inteligentes que você prefere passar o tempo lendo sobre elas a fazer qualquer outra coisa. E, diferentemente da vida, se não gostar do que está lendo, você pode fechar o livro com força e depois... Paz. Aquela voz amistosa e persuasiva fica emudecida até que você decida abrir o livro novamente.
Acabei de emergir de vários dias de enlevo – com um livro. Entre caixas de lenço de papel, espirros, chá, febre, banho morno e corpo moído, adorei cada segundo de leitura.
Existe uma síndrome chamada embriaguez das profundezas que ocorre quando um mergulhador submarino passa um longo tempo demais no fundo do mar e não sabe em que direção está à superfície. Quando retorna, talvez experimente a síndrome da descompressão, em que o corpo não se adapta de imediato aos níveis de oxigênio na atmosfera. Tudo isso acontece comigo quando emerjo de um livro. E das muitas leituras do simples viver também! Mas aí é outra história, que conto um dia qualquer.
Senti-me transportada para o seu universo. Angustiada com o destino dos personagens. Viva e engajada, e positivamente genial, explodindo de ideias, transbordante de recordações de outros livros que adorei. Esse enlevo experimentado é uma das principais razões por que leio, mas isto não ocorre todas às vezes nem mesmo ocasionalmente, e quando acontece, sinto-me realmente arrebatada. Com o tempo, terei de voltar a respirar o ar sufocante de Beagá atual, mas, por outro lado, talvez não precise. Vou descobrir outro livro que adore e desaparecer nele. Deseje-me boa sorte!(RR)
P.S: O livro que mencionei é A Casa Vazia de Rosamunde Pilcher.
(Imagem: Internet)
Rê, essa virose nos blogues ninguém merece...o meu tb tá sofrendo dessa chatice...já estou no combate, alertado pelo nosso amigo...
ResponderExcluirMergulhar nessas leituras é meu sonho de consumo. teria com o que me alimentar por meses a fio (a pilha de preferências só aumenta, aff!!!)...te entendo e te desejo boa sorte pra outra mergulhada funda, mas lembra, sem naufragar...rsrsrs
Saudadona, amada_minha...bjãozão procê!!!
Rêzininha...
ResponderExcluirMerguiô? Então agora sai e vamu no trampolim pra merguiá dinovo!! uai...
Chama o "Flipper".. rss
Avacagá Moiadinho
Tatto
Boa leitura, Rêzinha! Pode mergulhar que a gnte entende o sumiço e o mergulho. Pode voltar embriagada, o importante é que volte, meu bem. Melhoras e beijinhos, Angelinha.
ResponderExcluirRe...vc escreve lindamente..
ResponderExcluirFico de boquiaberta..
Amiga..eu não tenho lido muito ultimamente, mas to sentindo uma falta danada!!
Amei o comentario do Xipan.
Um beijo...
Nem me diga, moça... tantos mares pra gente se afogar... estou mergulhando agora - de novo - em um mar já conhecido: O Nome da Rosa. Não o Outro, que é meu, mas o do Umberto (meus filhos me deram de presente). E para tornar o mergulho mais interessante, comecei pelo fim: "Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus"!
ResponderExcluirÉ... ler vicia... que bom!
Abraços, mergulhadora!
" E ainda existem umas tantas que curam sua tristeza lendo. Às vezes por dias consecutivos." Essa sou eu,rs
ResponderExcluirNão conheço o livro que você mencionou, me interessei. Aliás quando estou preocupada, angustiada ou ansiosa eu leio também!
bjs
Jussara
É meu refugio ..
ResponderExcluirSempre que estou triste, com saudades
do que não devo, com desejos do que já não
posso... Leio, leio, e leio me perco
nas horas , nos dias, mas só assim
consigo me perder da dor.
Sonhando onde jamais estive...
Tentando crescer um pouco mais
pra organizar tudo aqui dentro!
BeijO enorme querida minha....
Estou vindo meio ressabiada, temerosa em contaminar os cantos alheios, mas me enchi de coragem (ou cara de pau) e cá estou, porque a saudade desses teus passeios de alma era imensa.
ResponderExcluirAmo as tuas reflexões. Caminho com elas.
Beijo, Rêzininha linda.
Rê,
ResponderExcluirVim assim que consegui, amei seu comentário e não podia deixar de conhecê-la, mas me permiti criar e bagunçar e o resultado é que só consegui chegar agora, às 4h30 da manhã, mas feliz e me encontrando no seu post. Eu quando estou nos momentos intimistas, eu faço tudo isso, como, fumo, tomo horrores de café, tenho insônia e me perco na leitura, já leio muito normalmente, cerca de 2 livros por semana, quando estou triste, angustiada, querendo ficar quieta, me jogo nos livros sem pudores, e me sinto bem. É bem a sensação de conseguir manipular a realidade, como vc disse, se não gostou do livro, fecha e depois volta, e essa sensação me dá forças para agir. Leio sempre 3 livros ao mesmo tempo, um da minha área específica, um clássico e um bestseller (americanos e italianos, também conhecidos popularmente como romance de banca ou de mulherzinha) e confesso são esses que me transportam para a fantasia, me deixam feliz e me fazem um bem danado. Aprendi isso há pouco tempo, geralmente minhas leituras específicas são muito pesadas, então para não ficar com aquela nuvem negra sobre mim, da-lhe leitura popular. Adorei sua visita, volte sempre.
Grandes beijos
A tristeza me remete a tantos e tantos momentos,,,,passo tudo pro teclado,,,tudo vira sentimento e tenta se encontrar e versos....beijos de bom dia pra ti querida...
ResponderExcluirSabes que, ao ler, tenho estado a pensar no que costumo fazer quando estou mais triste e não sou capaz de recordar ?!
ResponderExcluirCreio que a leitura absorvente, profunda, não liga comigo nessas ocasiões !:))
Talvez sim uma leitura fácil, de jornal ou revista ou então zaping na TV ! ...
Um beijo, minha querida amiga ! :))
.
A gente é tão parecida,
ResponderExcluiramiga!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bjs.
BAHHH GURIA........
ResponderExcluirQue imensa gafe eu cometi!
Se pedir perdão ajoelhada no milho servir, eu o faço humildemente!
Onde já se viu eu fazer um POST sobre AMIGOS e não colocar o teu NOME!
TENS um lugar cativo no meu coração...não fiques magoada comigo...eu no teu caso ficaria "de mal" como no tempo em que se era guria...rs
Te gosto muito querida!
Perdão!Perdão e Perdão!
Beijinhossssssssssss
Olá, RÊ
ResponderExcluirNem tudo o que é mau, o é completamente, nem mesmo quando se está doente; há sempre um lado bom que se pode encontrar, como pôr a leitura em dia, apaixonada por um livro.
Ainda assim, o melhor é não estar doente...Ponha-se boa, depressinha!
Beijinhos amigos.
Vitor
Como eu gosto de ler. Esse ano li muito por conta de ficar imobilizada. Fico como vc, mergulhada naquela história, no mundo das personagens. Esse ano li Memórias de uma gueixa e me encantei. Espero que vc esteja melhor viu? Se cuida amiga! bjsssssss
ResponderExcluirRê, tá na hora de melhorar do resfriado. Adoro ler, vou ver se encontro esse livro se gostou, eu vou gostar também, tenho certeza. agora o difícil é arranjar tempo, com trabalho e mestrado e mais um cursinho que estou a pensar fazer ao fim-de-semana, para ver se mudo de trabalho e consigo arranjar mais um dinheirinho, não para ficar rica, mas para conseguir respirar até ao fundo.
ResponderExcluirBem, pode continuar lendo, mas tá na hora de pegar outra vez na sua vida e fazer dela uma história de livro. Eu tou aí labutando que nem uma danada, mas com vontade de fugir para dentro de um livro. Dá-me a tua mão que eu dou-te a minha, querida irmã siamesa. Bjs
Livros são sempre um lindo refúgio...E desses que valem a pena!!!
ResponderExcluirum beijo,tudo de bom,chica
Rê, eu hoje leio os livros de forma homeopática, um pouquinho de cada vez, mas houve um tempo em que nas horas de folga ou nas férias eu "mergulhava", como tu falastes, na atmosfera do livro e dava até um certo trauma de adaptação voltar daquele mundo. Tem livros que me marcaram desta forma.
ResponderExcluirGostei de saber que tu também passastes por experiências como esta!
Abraços!
Minha querida!
ResponderExcluirEstou te convidando para prestar uma homenagem ao seu amigo Rodolfo com um comentário no meu blog,se gostares pode me add para trocarmos informações...
bjssssssssss
Isso se chama escapismo. Todo ser humano possui a sua forma de fugir da realidade, nem sempre bonita, para outro lugar.
ResponderExcluirÉ uma espécie de "morfina psicológica", que usamos em nós mesmos diante de algumas situações.
Embora não queiramos pensar, é algo que todos nós fazemos, de um jeito ou de outro.
Uma boa semana.