Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

domingo, 9 de outubro de 2011

MUNDO IN_SUSTENTÁVEL DE SER




Desde fevereiro todos os estabelecimentos de Beagá ficaram obrigados a utilizar somente sacos de lixo ecológicos ou sacolas retornáveis.
Essa decisão refere-se a uma Lei Municipal de 2008, que dava um prazo de três anos para que eles se adaptassem a uma rotina sem sacolas plásticas, gradativamente. Esse prazo se esgotou em 2011 e a obrigatoriedade das sacolas ecológicas transformou Belo Horizonte na primeira capital brasileira sem sacolas plásticas em circulação. Tudo muito bacana e vergonhoso (teríamos que ser obrigados???) inclusive a adaptação, gradativa, da população (euzinha) para os novos malabarismos. Minhas sacolas são as que minha filha fez em seus tempos de "primário" (de lona) e acrescidas das que o estilista Ronaldo Fraga criou para a moda instituída esse ano.  E é num estilo bem fashionista de ser que saio arrumando (?) as compras dentro das lindas.
LINDAS!!!
Tomates, ovos, legumes, verduras, lataria, pães, material de limpeza tem que conviver harmoniosamente! É bem verdade que, algumas vezes, tenho à minha disposição, uma omelete com molho de tomates sem gastar um tiquim de gás. Tudo pelo nosso planetinha azul vale a pena!  Outras dou gargalhadas, quando vejo um(a) esquecido(a) saindo da padaria ou supermercado demonstrando suas intimidades consumistas. Numa mão vidro de palmito, embutidos, macarrão e na outra absorventes íntimos, pasta de dentes e sabonete. Recebi  o texto abaixo (desconheço a autoria) por email e partilho com vocês desse mundo in_sustentável de ser. Uma senhorinha assim queria conhecer e ouvir. Bom domingo a todos!
Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: Não havia essa onda verde no meu tempo. O empregado respondeu: Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. Você está certo, responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
LEITE É ITAMBÉ!
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Mas você está certo.Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. 

Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. 

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funciona a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. 

Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou  ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Imagens: Internet)

21 comentários:

  1. Tens toda a razão Regina! Poucos estão dispostos realmente a mudar maus hábitos... e essas sacolas são lindas! Eu cá também uso de ráfia para ir às compras, mas infelimente ainda uso sacos de plástico para colocar o lixo orgânico no contentor... quem vve em apartamentos não pode compostar... e não temos alternativa, a não ser que comecem a vendar sacos biodegradáveis para o lixo..era uma ideia não era? :) Beijinho e bom Domingo!

    ResponderExcluir
  2. Nem pecisa de comentário: perfeito. Engraçado: outro dia estava comentando com o Pedro exatamente sobre isso. Tem as embalagens de isopor para tudo que é tipo de carne, queijo, fatiados em geral; tem as embalagens de papelão, com um saquinho plástico dentro; nada mais é vendido a granel, mas em embalagens vistosas, que piscam o olho para o cliente, mas não degradam. Infelizes os que vêm depois da gente: vão ficar soterrados debaixo de informação e lixo. Beijinhos lamentosos, Angelinha

    ResponderExcluir
  3. Recebi esse email também e fiquei pensativo durante muito tempo. Culpamos nossos antepassados sendo que nossa destruição da Terra tem sido bem maior que a deles.
    E ainda vai ser pior daqui para frente.
    Coitados de nossos filhos.

    Um bom domingo, beijo.

    ResponderExcluir
  4. Ola....que capricho de postagem..adorei.

    Penso que o estrago ja ta feito.

    Agora cabe a cada um de nos ( e nao tem outro jeito ) de fazermos a nossa parte.

    Confesso que em algumas situacoes estou com minha licao de casa atrasada.

    Mudancas de atitutes nem sempre sao tao faceis mas sao necessarias.

    Um beijinho querida!!

    ResponderExcluir
  5. Muiiito legal o "puxão de orelha", da idosa, sobre a onda de preservação do ambiente...
    Um xião
    J

    ResponderExcluir
  6. Eu venho em seguida dessa senhora, pq fiz uso de um monte de coisas - como fraldas de pano e calças plásticas nos meus filhos, garrafas de refrigerante de vidro - que hj nem se ouve falar.
    Não sei se era consciência ecológica, mas os resultados eram outros, sem dúvida.
    Como sempre, arrasando no tema, irmiga!

    Sôdade, bjãozão duplo!

    ResponderExcluir
  7. Pois é minha amiga, vc já deve ter sacado o quanto eu sou maldosa, e totalmente desiludida com todas as supostas praticas, mesmo que com apelos para a salvação do nosso planetinha azul.
    Fico sempre achando uma semelhança entre essa prática com a aquela de há alguns anos atrás, se lembra de uma tal caixinha de primeiros socorros obrigatórias em todos os carros.
    Em minha cidade, os supermercados não dão mais as tais sacolinhas.
    Agora eles a vendem, e acredite, é a mesma sacolinha plástica, será que pagando por elas elas se tornam ecologicamente corretas?
    Alguém tá ganhando alguma coisa com isso, certamente.
    Faço a minha parte.
    Amanhã é um dia, segunda-feira.
    Praia deserta, to eu lá com a minha sacolona de lona, recolhendo tudo o que posso, plásticos, isopor, latas, e tudo o que possa ir para a barriga de alguma tartaruga desprevenida e faminta.
    Essa é a minha contribuição, não é popular mas eu estou pouco me lixando, não sou candidata a nada.
    Somente a ser wilma integralmente, assumidamente.
    E viva nosso planeta com esse povinho dentro, que venha 2012.
    bjs.
    Wilma
    www.cancerdemamamulherdepeito@blogspot.com

    ResponderExcluir
  8. "É bem verdade que, algumas vezes, tenho à minha disposição, uma omelete com molho de tomates sem gastar um tiquim de gás"... Adorei isso!

    Lembro ainda de quando minha mãe e tias usavam a mesmíssima bolsa, grosseira, pra ir à feira. Por aqui chamávamos de "perdoe"... rsrs.

    A senhorinha no supermercado deu uma belíssima lição à arrogante moça da pseudo geração consciente.

    Beijos, pessoa que tanto amo.

    ResponderExcluir
  9. Bela postagem Regina, com o "andar da carruagem", nosso planeta azul poderá ficar cinza escuro, não é?
    Beijos da Sol

    ResponderExcluir
  10. Temos que nos policiar..Há embalagens das embalagens e assim vamos.Depois, lixo!!! beijos,tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  11. Querida amiga

    Perfeito.

    Simples assim...

    Que os sonhos te habitem
    o coração, sempre...

    ResponderExcluir
  12. Perfeito. Acho que cada um fazendo sua parte ainda temos chance de salvar o planeta não é? Para mim tudo começa com as crianças lá na sala de aula, educação faz milagres... Para vc uma ótima semana recheada de muitas alegrias! Bjsssssssss

    ResponderExcluir
  13. Embalagens, sacolas e itens que tais devem ser recicláveis, reaproveitáveis ou biodegradáveis, e não simplesmente descartáveis. Abraços.

    ResponderExcluir
  14. Regina querida, vivemos culpando os outros, mas devíamos era nos preocupar em fazer a nossa parte.
    Ótimo texto que te enviaram!!!!

    bjokitas com carinho e uma ótima semana :)

    ResponderExcluir
  15. Por aqui, tenho que reconhecer que sou uma péssima aprendiz!
    A desculpa é sempre o tempo que perco a levar o que separo. Acreditas que tenho numa gaveta um saquinho cheio de pilhas e não sei onde as depositar?
    Se todos contribuíssemos, seria bem diferente, é certo!
    beijinhos e um óptimo dia!:)

    ResponderExcluir
  16. A Reciclagem além de contribuir para o meio ambiente, também é em deveras uma arte. O que eu já vi de pessoas transformarem garrafas pet em brinquedos, árvores de natal, enfeites ou qualquer tipo de decoração é de admirar.

    Mas devemos considerar que a palavra "Ecologia" não era algo em voga há 50, 60 ou 70 anos atras, tempo de nossos avós e bisavós. Mas hoje, apesar dos veículos de comunicação frisarem constantemente a importância da reciclagem e da preservação do Planeta, há gente que quer ignorar, seja por falta de educação ou puro descaso.

    Abraços

    ResponderExcluir
  17. Ótima semana pro cê!
    Bjs.

    ResponderExcluir
  18. Re, simplesmente adoro esse texto!
    bjs
    Jussara

    ResponderExcluir
  19. Grande lição de ... moral!!
    Afinal, quem verdadeiramente polui?!!
    Quem compra o que precisa, nos ou nas embalagens que obrigatóriamente trazem, ou quem por comodidade e para maior ganho nos impinge as embalagens, recipientes, etc, que produz??!!!!
    Próxima vez ainda tiro o gel de banho do recipiente e o deixo lá no hiper, he, he!!
    Bjs para a minha amiga.

    ResponderExcluir

Passou por aqui? Deixa um recado. É tão bom saber se gostou, ou não...o que pensa, o que vc lembra...enfim, sua contribuição!