Estava para iniciar meus trabalhos na Casa do Richard e pegando o celular para desligá-lo tocou:
- Tudo bem?
- Tudo!
- Tá me ouvindo?
- To, ora essa!
- É que tá entrecortada sua voz, mas quer ir à ópera comigo?
- É um convite? (e quem convida paga, né?)
- É sim! (responde rindo de mim... ou seria para mim?!)
Foi assim que peguei mais esse cavalo selado e apeei, ontem, no Palácio das Artes para assistir La Bohème. Essa ópera de Puccini (estreou em 1896), umas das mais populares de todos os tempos, acontece em Paris. Quatro jovens boêmios dividem um apartamento: o poeta Rodolfo (tenor), o pintor Marcelo (barítono), o filósofo Colline (baixo) e o músico Schaunard (barítono). O tema principal da ópera é o amor de um deles, Rodolfo, por Mimi(soprano)uma floreira que sofre de tuberculose. Na noite em que se encontram pela primeira vez, Marcello recupera sua ex-amante, Musetta (soprano), das mãos de um rico admirador. Alguns meses mais tarde, incapaz de suportar o ciúme irracional de Rodolfo, Mimi o abandona, para só retornar, à beira da morte, trazida por Musetta. Os jovens boêmios tentam salvá-la, mas já é muito tarde. La Bohème é um exemplo de uma ópera proletária, já que até a época em que Puccini a compôs, quase todos os personagens de ópera tinham sido reis, príncipes, nobres, guerreiros, deuses ou heróis da mitologia grega. Em quatro atos, baseada na novela “Scènes de la Vie de Bohème” de Henry Murger, trouxe solistas de diferentes estados e países, grande elenco, além de contar com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o Coral Infanto-juvenil do Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e a Cia. De Dança do Palácio das Artes.
Palácio das Artes |
Lotação esgotada em todos os dias, preços bem acessíveis, nos fez assistí-la do balcão. Sem problema. Levei binóculos, pois gosto de ver também as expressões faciais. Não entendo nada do que falam, mas minha alma compreende, tão intensamente, que geralmente choro. Lembro daquela cena - do filme Uma linda mulher – quando Richard G. leva Julia R. para assistir, pela 1ª vez, uma ópera. E ela, como eu, sem entender palavra, transborda em seus olhos a compreensão. Dessa vez uma novidade: havia uma tela, bem acima do palco, com tradução. Assim facilita o entendimento de toda a história, mas eu prefiro é ouvir mesmo! Minha incompreensão maior é, de fato, com o povo que dorme e ronca, fazendo seus acompanhantes quase morrerem de vergonha de tanto cutucá-los. Um dia entendo! Constantemente penso os motivos dessa arte não ser mais popularizada e cair no gosto de todo brasileiro. Talvez falte educação, divulgação e até mesmo desmistificação. Não é coisa de rico não! A riqueza é só da oportunidade de - no mesmo espetáculo – apreciarmos tantas manifestações artísticas,maravilhosamente,reunidas e desempenhadas. Podemos nos orgulhar de termos produzido o único compositor de ópera de todo o continente americano do século XIX. Carlos Gomes (O Guarani, Maria Tudor, O Escravo, Fosca, Salvador Rosa) por seu grande talento, seu dom em compor belas melodias e seu senso dramático, projetou pela primeira vez, o nome do Brasil de forma internacional! Com a ópera O Guarani, Carlos Gomes consagrou-se. Ela vem sendo apresentada em diversos teatros do mundo. Saí feliz e grata (Obriagada "mamita" Raquel) por mais esse cavalinho selado. Nada mal para uma terça-feira, vocês não acham?(RR)
Mamãe dizia:
ResponderExcluir- Guardado está o bocado pra quem o há de comer.
Eita que teu cavalinho selado vem sempre "bem selado".
Merecimento né Re?
E o melhor, quem te ofereceu, sabia o efeito que causaria.
Vibro com tua alegria.
Quanto aos sonados roncadores, realmente, as companhias podiam se livrar do mico..........
Beijinhos
E que lindo passeio e programa fizeste em mais essa viagem com o cavalo alado,srrs beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirOra viva! Cavalin baum esse, hein? Raquel é generosa e você merece. Adoro quando isto acontece porque você nos dá uma lição de cultura na sua apreciação. Tive um prazer semelhante quando vi Carmina Burana, de Carl Orff no mesmo Palácio das Artes, com os nossos cantores líricos, a nossa orquestra sinfônica, o nosso coral, tudo mineirim, e ainda o coral infantil do Projeto Curumim. Havia tela para a compreensão do texto, mas você tem toda razão: o que emociona mesmo é a grandiosidade da obra. Foi liiiindo! Beijos, Angelinha
ResponderExcluirNesse nosso Brasil, virou mania desprezar manifestações culturais das "elites", como ballet, peças teatrais, orquestras, etc...
ResponderExcluirO negócio é se orgulhar de desconhecer certos aspectos da arte e de nunca ter lido um livro...
Mas, feliz foi você, que teve essa oportunidade de curtir um evento tão enriquecedor!
Abraços!
Rêzininha...
ResponderExcluirQue program-aço esse teu, com "pacatau selado e tudo mais"... rss
- Aqui EU, no máximo to pegando umas "mulas sem cabeça" e indo assistir na urrrrtima das hipotézes... O Circo do Palhaço Tubinho... e olha lá!!!! kkkk
Deusssssssssssssssskiajude
E um aVaCaGá em Soprano pra ti
Beijo
Tatto
Ola Rê,
ResponderExcluirTudo de bom o seu programa.
Você sabe que eu assisti uma opera uma unica vez e foi inesquecivel.
Que lindo o video.
Um beijo, amada!
A primeira vez que assisti esta ópera tinha uns 14 anos e desde aquele tempo tenho como uma das minhas arias preferidas:
ResponderExcluirChe Gelida Manina
Che gelida manina
Se la lasci riscaldar.
Cercar che giova?
Al buio non si trova.
Ma per fortuna
è una notte di luna,
e qui la luna
l'abbiamo vicina.
Aspetti, signorina,
le dirò con due parole
chi son, e che faccio,
come vivo. Vuole?
Chi son?
Sono un poeta.
Che cosa faccio? Scrivo.
E come vivo? Vivo!
In povertà mia lieta
scialo da gran signore
rime ed inni d'amore.
Per sogni e per chimere
e per castelli in aria,
l'anima ho milionaria.
Talor dal mio forziere
ruban tutti i gioelli
due ladri, gli occhi belli.
V'entrar con voi pur ora,
ed i miei sogni usati
e i bei sogni miei,
tosto si dileguar!
Ma il furto non m'accora,
poichè, v'ha preso stanza
la dolce speranza!
Or che mi conoscete,
parlate voi, deh! Parlate.
Chi siete? Vi piaccia dir!
----------------------------------
Divina,divina,divina!
Amo todas as óperas de Puccini.
Bjs flor.
Peraí!
ResponderExcluirEu e a Miminha?!!!
Essa história tá furada (exceto na parte da ciumeira)!
Moça, brincadeiras à parte, acho que num tem jeito, não... O Tiririca, "cantando" ad nauseam um único versinho - "India teus cabelos" - elegeu-se deputado... pra que que o povão vai querer ouvir Povarotti ou Maria Callas em italiano? hein? Nem com cavalo selado, nem com carruagem de ouro - têm medo que ela vire abóbora à meia-noite...
Abraços de ribalta.
Adoro quando esse cavalo selado bate dá coices carinhosos na tua porta. Gostaria de ver um espetáculo assim, deve ser inebriante, ainda mais comigo e o bruxo no palco, heim?
ResponderExcluirBeijos, amazona de cavalos mágicos.
Minha querida
ResponderExcluirUm belo programa...realmente deve ter sido maravilhoso.
Eu nunca assisti, mas nunca é tarde.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá, RÊ!
ResponderExcluirPouco a pouco a ópera e música clássica vão-se tornando mais acessíveis a quem dantes a elas não chegava, por uma questão de gosto, ou por razões de preço no caso de espectáculos ao vivo.
Um pouco à semelhança do ténis, e depois do golf,que deixaram de ser vistos como desportos de elite, e de gente endinheirada.
Da música clássica, aprende-se a gostar, e depois já não há retorno.
Gostei do tema; boa escolha.
Beijinhos amigos.
Vitor
Realmente muito bom, uma pena que a cultura não esteja tão acessível toda a população brasileira.
ResponderExcluirFico feliz por mais esse cavalinho selado que você apreoveitou com prazer.
Gdbeijo
Da proxima me convida?rsrs
ResponderExcluirQue programa supimpa.....
Beijinho...
Quando li vc relembrando da cena
ResponderExcluirde uma linda mulher,lembrei me
também da emoção dela no teatro vendo
a ópera .. E pude associar a tua emoção..
Que muitos outros cavalos selados
lhe apareçam ...
Eu de cá nunca fui a nenhuma, mas
vontade não me falta...
Um dia quem sabe, srsrs..
beijo querida minha...
Que maravilha flor. Nunca assisti uma ópera. Que vontade. Bjos achocolatados
ResponderExcluirAmadamiga,
ResponderExcluirTô dobrando d rir com a minha "lama ditadora"!!!!
Você é DIVINA!
Rê, eu stou numa fase de "entrar no eixo", claro tô fazendo pilates risos
E acho, realmente o meu Blog uma droga!
Só não desligo o notebook e saio pois tenho amigas e amigos que conquistaram meu coração e que não consigo viver sem...
Tenho muitas visitas. Não é por causa de comentários pois os tenho.
Não sou blogueira nem escritora, e escrevinho.
E, nem ligo se entram para copiar mensagens ou fotos. isso ´mesquinho.
Vejo Blogs cheio de Admoestrações contra Plágio e cópias... putz... um blog cheio de coelhinhos, florzinha piscando, passarinho voando... COPIAR o QUÊ? PLAGIAR O QUÊ?
Estou lendo doislivros que stão me deixando louca... cvezes tenho que reler parágrafos , ir e voltar... de tão imteligentes que o as autores são. Copiá-los é plágio. copiarcoelhinho e historias da vida de cada um , é o que? Plágio?
O problema , que não é problema, é que quero dar uma repaginada no Blog e, principalmente , em mim!
Meu Blog acabou tendo um perfil de TVP, pelo nome que tem, e sei qiue pessoas me screvem e lêem, mas ... eu estou sem vontade de escrever.
Quero aproveitar mais e mais tudo de bom que estou fazendo.
As amizades, lindas como vc e outras pessoas, ficam... sempre aqui.
Mas, cê tem razão, sabia: sou uma mulherzinha chata e ditadora. mas, amore Regininha, se eu não mandar em mim.... deixo espaço pra quem mandar? kkkk
Beijos, iluminada!
TE ADORO!
Nunca assisti a Ópera, mas sempre fiquei curiosa e desejosa de conhecer. suas palavras me encorajaram a assistir...agora falta convence quem venha comigo...;)se "mamae" estivesse mais perto,já saberia quem convidar...;)
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