Amanheceu cinza. Nem um raiozinho sequer de sol. Talvez de madrugada o céu traduziu a cor que me encontrava e produziu – solidário - esse novo dia. Numa conversa matinal falamos de dor e amor. Porque amor e dor são indissociáveis. Entre os seres que amamos, quais são os que consideramos insubstituíveis e cuja perda provoca dor? Quem é esse outro eleito, que faz com que eu seja o que sou, e sem o qual eu não seria mais a mesma? Com que fio é tecido o laço amoroso para que sua ruptura seja vivida como uma perda? O que é perder o amado e sofrer a dor de amar? Tantas questões não é Denise?! Só sabe o que é a dor aquele que a está sentindo, no presente. Passada ela fica na memória. Passa a morar no passado. A dor só consegue ser apreendida e apaziguada quando a ela se atribui valor simbólico. Atribuir sentido à dor, portanto, não seria absolutamente propor uma interpretação forçada para sua causa, nem mesmo consolar o sofredor, e menos ainda encorajá-lo a atravessar sua dor como experiência formadora que fortaleceria o caráter. Não, atribuir um sentido à dor, significa fazer um acordo, tentar vibrar com ela e, nesse estado de ressonância, esperar que o tempo e as palavras a dissipem. Ontem fui dor. Hoje o dia amanheceu ensolarado... Cheio de cor. Bem-vindo!
COMO TEM GENTE PRECISANDO DA GENTE...
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E QUE BOM QUE A GENTE PODE AJUDAR!
https://www.cartacapital.com.br/mundo/enchentes-deixam-mais-de-100-mortos-na-republica-democratica-do-congo/
Por favor...
Há uma semana