Primeiro foi o computador.
Simplesmente apagou sem nem ao menos um suspiro. Levei para consertar e 24
horas depois ouvi “tá pronto pode buscar”. Fui pegá-lo toda feliz. Era bom
demais pra ser verdade. Conserto assim tão rápido?! Cheguei em casa e 1’29”
depois de ligado apagou de novo e nem com reza braba funcionava. Voltei com ele
na assistência técnica bem P da vida. Arrumar horário para levar, buscar, vaga
para estacionar, além de enfrentar um trânsito caótico da “volta às aulas” e
quase um milhão de veículos a mais rodando por Beagá. Ninguém merece! Mas
enquanto estava no conserto tinha o celular para me conectar não é? Deveria
ser. Até que meu mimo resolveu tomar banho na privada. É amados, esse tipo de
acidente que você sempre crê que “comigo jamais vai acontecer”! Ocorre sim. Aí
fiquei pensando...
Nunca houve tanta oportunidade de estabelecermos novas relações e de aprofundarmos as que já temos. Multiplicaram-se os canais de comunicação, com celulares, aplicativos de troca de mensagens em tempo real e de qualquer parte do mundo, Skype, Face etc.
Nunca tivemos tanto acesso à informação – muito mais do que necessitamos ou conseguimos administrar, por sinal. Nunca viajamos tanto. Era de se esperar que já estivéssemos mais sábios, mais receptivos, mais tolerantes, mais respeitosos com a diversidade do mundo e com as particularidades de cada pessoa, com quem nos relacionamos. Era de esperar que pudéssemos, mais do que respeitar as diferenças, conviver com elas, incorporá-las, enxergar nelas uma fonte de riqueza social, cultural, intelectual. SQN (Só Que Não).
Nunca houve tanta oportunidade de estabelecermos novas relações e de aprofundarmos as que já temos. Multiplicaram-se os canais de comunicação, com celulares, aplicativos de troca de mensagens em tempo real e de qualquer parte do mundo, Skype, Face etc.
Nunca tivemos tanto acesso à informação – muito mais do que necessitamos ou conseguimos administrar, por sinal. Nunca viajamos tanto. Era de se esperar que já estivéssemos mais sábios, mais receptivos, mais tolerantes, mais respeitosos com a diversidade do mundo e com as particularidades de cada pessoa, com quem nos relacionamos. Era de esperar que pudéssemos, mais do que respeitar as diferenças, conviver com elas, incorporá-las, enxergar nelas uma fonte de riqueza social, cultural, intelectual. SQN (Só Que Não).
No entanto, nunca foi tão
difícil se relacionar. A falta de tempo que assola a todos contribui em grande
parte, mas escolho chamar a atenção para a escalada da intolerância e de um
certo autoritarismo (haja vista as eleições do ano passado) que tem
transformado o velho e bom ato de discordar em suicídio social.
As conversas ficam mais hostis quando não há convergência de opiniões. Em consequência, ficamos mais guardados e menos espontâneos. Perdemos um bom embate de ideias. Como ocorria, por exemplo, nos tempos de DA (diretório acadêmico). Mas, sobretudo, e o que me dá muita tristeza, é que as relações definham com a superficialidade, a falta de acolhimento e de respeito. Só observar o Face. Estamos mais sozinhos.
Meu objetivo aqui não é reclamar – é convidá-los a virar esse jogo. A responsabilidade pelas relações é de todos nós! Acho que esse é um passo essencial para que tenhamos mais encontros do que desencontros e relações mais significativas com nossos amigos, colegas de trabalho, nossos filhos e nossos amores. Apesar da carência do computador e telefone celular percebo o quanto é possível viver e que reabriu janelas, antigas, emperradas pela modernidade. Bora lá?!
As conversas ficam mais hostis quando não há convergência de opiniões. Em consequência, ficamos mais guardados e menos espontâneos. Perdemos um bom embate de ideias. Como ocorria, por exemplo, nos tempos de DA (diretório acadêmico). Mas, sobretudo, e o que me dá muita tristeza, é que as relações definham com a superficialidade, a falta de acolhimento e de respeito. Só observar o Face. Estamos mais sozinhos.
Meu objetivo aqui não é reclamar – é convidá-los a virar esse jogo. A responsabilidade pelas relações é de todos nós! Acho que esse é um passo essencial para que tenhamos mais encontros do que desencontros e relações mais significativas com nossos amigos, colegas de trabalho, nossos filhos e nossos amores. Apesar da carência do computador e telefone celular percebo o quanto é possível viver e que reabriu janelas, antigas, emperradas pela modernidade. Bora lá?!
(Imagem: Google)