Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

NOVO ANO



Deve ser assim mesmo, o último e o primeiro tocam-se no ligeiro da passagem e depois seguem o curso inexorável. Deve ser assim mesmo, na alternância do viver, o último dia do ano e o primeiro se esbarram e  invocam pensamentos de fim e começo.

O que fiz no tempo que passou? O que quero agora para mim? Serei de novo a mesma, ou renovarei minhas atitudes junto com a esperança do recomeço? 

Um ano se passou e os dias foram-se para sempre. Alguns não deixaram nem mesmo resquícios, pequenas lembranças, nada, sumiram na mesmice cotidiana. Outros, melhor seria esquecer, mas esses ficam e seguem martelando o coração inquieto, que busca agora, no ano que começa, acertar o ritmo. O tum-tum soa junto com os fogos num ritmo de boas intenções. Mais amor, mais realizações, mais encontros, mais afeto. 

Vou ao início de 2019 e revejo esperança, desejo de sucesso nas ações programadas, vejo vontade de fazer mais, vejo a predisposição de ser sempre grata... E agora, o que vejo? Vejo o que de melhor se pode trazer na bagagem para encarar a travessia de longos 365 novos dias: esperança renovada, vontade, capacidade de ação, força e a mesma – desmedida –  coragem.

Então, penso em todos os conhecidos e faço um apelo ao espírito do Ano Novo: que todos caprichem na bagagem.

Amigos, levem para 2019 o que colheram de melhor em 2018. No caminho, evitem as distâncias, as diferenças, a descrença e, precisando enfrentá-las, não escolham como guias as grandes convicções e certezas. Sim, em 2019, eu desejo que vocês duvidem do que estiver cheirando a guardado e elejam um novo modo de andar, de conversar, de escolher, de fazer e de amar.

Para todos, eu desejo que uma interrogação valha mais do que dois pontos. Sobretudo, desejo que uma exclamação toque de leve as mãos de 2019 e que 2018 encerre-se assim: e fomos felizes de fato!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

E DESPONTA 2019!!!


  "O ano acaba. Espalho os últimos trezentos e sessenta e cinco dias na minha frente no tapete da sala de casa.
  Este aqui é o mês em que decidi largar tudo que não influenciasse profundamente os meus sonhos. O dia em que me recusei a ser vítima. Esta é a semana em que dormi na grama. Na primavera eu torci o pescoço da insegurança. Deixei a sua gentileza de lado. Derrubei o calendário. Aqui a semana em que dancei com tanta empolgação que meu coração aprendeu a flutuar de novo. O verão em que tirei os espelhos da parede. Eu não precisava mais me ver para me sentir vista. Tirei o peso do meu cabelo com o pente.
  Dobro os dias bons e ponho no bolso de trás da calça só por segurança. Acendo um fósforo. Queimo tudo que seja supérfluo. O calor do fogo aquece meus dedos do pé. Pego um copo de água morna para me limpar inteira para janeiro.
Estou chegando... mais forte e mais inteligente rumo ao novo!"

(Rupi Kaur in O que o sol faz com as flores)