Faz treze anos que falei em
público para você. Dia do seu casamento. Foi também aos treze anos que me
tornei tia com seu nascimento. Lembro-me, como se fosse hoje, daquele bebê lindo
de viver, nada enrugado, bochechas rosadas, nariz arrebitado e careca! Era com
sabonete que sua mãe colava os lacinhos na sua cabeça. Cheguei ao colégio
“esnobando” as amigas e me achando, importantíssima, nessa nova categoria... Tia!
A primeira sobrinha a gente nunca esquece. Os anos se passaram, você cresceu e
se tornou uma linda mulher de beleza singular. E que me orgulho num babar
crescente. Hoje faz 40 anos. Idade da loba. Mas, afinal, que idade é essa? Existem
duas teorias que explicam o termo segundo a Wikipédia:
- a primeira diz que a expressão é uma referência e ao mesmo tempo uma resposta irônica a teoria de Freud que o homem quando chegava aos 40 estava na idade do lobo, se referindo à vitalidade sexual, passam a adotar atitudes de autoafirmação, de juventude e virilidade por não aceitar o próprio envelhecimento;
- a segunda por sua vez diz que a origem do termo "idade da loba" é em razão do título de um livro "Quarenta: a idade da loba", de Regina Lemos. O livro retrata as mudanças no universo feminino ocorridas durante a década de 60, os "anos rebeldes", quando essas passaram a ir de frente aos padrões de comportamento da época. A autora se refere a essas mulheres como lobas, em alusão ao fato de elas se rebelaram contra a condição de chapeuzinho vermelho, para se equipararem aos homens, ou ao lobo mau. Assim, com a liberação sexual, as mulheres que se rebelaram com essa condição inferior e também começaram a assumir a postura de loba má, mandando um recado bem direto: não são só os machos que podem fazer suas presas. Como na data da publicação do livro a geração de jovens dos anos sessenta estava na casa dos quarenta, este termo passou a ser aplicado a todas as futuras gerações de balzaquianas.
Teorias à parte, e já tendo
passado por essa idade, posso assegurar-lhe, que esta é uma fase onde estamos
mais seguras, com certezas que não existiam antes e com alguma estabilidade na vida.
Bacanérrimo foi esse texto que descobri
na internet, de muito bom gosto, escrito por um homem de 31 anos, diretor de
redação de uma revista chamada “superinteressante”. Só eram essas as
informações e por isso desconheço a autoria. Leia, pois a gente se reconhece no
texto!
Que loba é essa?! |
“Tome a mesma
mulher aos 20 e aos 40 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito
vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro. Ela perde
o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe
direito o que quer da vida, de si mesmo, de um homem. Não sustenta mais aquele
ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que é compensado por
outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 40. Como se conhece
melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e
com seu homem. Aos 40, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio
corpo e com seu cheiro cíclico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela
quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe
parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo-astral. Quer é ser
feliz! Se o seu homem não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela
só quer quem a mereça. Aos 40 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de
valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe
escolher sapatos, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais
porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor. E tem gestos mais
delicados e elegantes. Aos 40, ela carrega um olhar muito mais matador quando
interessa matar; finge indiferença com mais competência quando interessa
repelir. Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é
mulher se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois
dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 40, ela já sabe lidar melhor com este
aspecto peculiar da condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) seu
homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam - e quem mais estiver
por perto - irremediavelmente. Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 40, tem
pintas, encantadoras trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns
poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20 a mulher é escolhida.
Família: você ama demais! |
Aos 40, é ela
quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa
lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose
certa, com a fragrância exata. A mulher aos 40, mais do que aos 20, cheira bem,
dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome. Aos 40, ela é mais
natural, sábia e serena. Menos ansiosa menos estabanada. Até seus dentes
parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes. Sua saliva, mais potável. E
o brilho da pele não é o da oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade. Aos
20, ela rói unhas. Aos 40, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda
desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave. Ocorre algo parecido com os
pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece também alguma
coisa com os cílios, o desenho das sobrancelhas. O jeito de olhar fica mais glamouroso,
mais sexualmente arguto.
Amizade...indispensável. |
Aos 40, quando ousa no que quer que seja, a mulher
costuma acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no
contra-ataque. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu
parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de
modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de
chegar o ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende sem confrontos
inúteis. Sabiamente, goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir
sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher. Se você anda preocupada
porque não tem mais 20 anos - ou porque ainda tem, mas percebeu que eles não
vão durar para sempre - fique tranquila. É precisamente aos 40 que o jogo
começa a ficar bom”!
Não é bacanérrimo? Então Juliana,
Ju querida, Jurubebinha_maaada da Tia, minha sobrinha primogênita: aproveite
essa fase loba de ser com muita saúde, alegrias, conquistas e amor. Afinal,
como disse Oscar Niemayer “A vida é um sopro”. E jamais esqueça: amo você de
viverrr!
(Fonte: Wikpédia)