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Tela de Amilcar de Castro |
O convite, em plena
quarta-feira, era para assistir a um show de chorinho em homenagem a Ernesto
Nazareth 150 anos depois. Ernesto “é
fruto do modelo musical do Brasil da virada do século 19 pro 20, quando sua
cidade natal – o Rio de Janeiro era apelidado de A cidade dos pianos”. Ernesto Nazareth – 150 anos depois, o
projeto, “abrange não só suas origens,
mas sua capacidade de permear e influir em outros estilos. Pincela os mais
variados matizes deste grande músico, unanimidade aqui e lá fora, onde muitos
musicólogos o preferem a Scott Joplin e onde seu suingue já fez deslizar Fred
Astaire e Ginger Rogers no cinema”. (Mário de Aratanha)
O local o Centro Cultural
Banco do Brasil na Praça da Liberdade. Deixe-me contar. A praça foi feita para
abrigar a sede do poder mineiro, os prédios do Palácio do Governo e das
primeiras Secretarias de Estado: viação, educação, segurança pública e obedece
a tendência da época - estilo eclético com elementos neoclássicos. Já há
algum tempo e com a criação da cidade administrativa essas secretarias veem
sofrendo restaurações e todas se transformaram no que hoje é chamado Circuito
Cultural Praça da Liberdade: CCBB, Espaço do Conhecimento, Museu das Minas e do
Metal, Centro de Arte Popular. Ainda não conhecia o CCBB,
antiga secretaria de segurança e assistência pública: "O prédio de seis
andares, ao lado do Edifício Niemeyer, é tombado pelo Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Seu projeto arquitetônico foi
concebido por ninguém menos que Luiz Signorelli, fundador da Escola de
Arquitetura de Minas Gerais. De estilo eclético, com influências neoclássicas e
art déco, o prédio foi inaugurado
em mil novecentos e trinta para sediar a Secretaria de Segurança e Assistência
Pública."
O prédio é ma-ra-vi-lho-so!
Tem uma escada majestosa no hall de entrada do edifício. Feita em granito, ela
ganha destaque com seu corpo em metal e vitrais ao fundo. E quando visito
locais assim tenho que confessar: a sensação é que já vivi essas épocas. Sinto-me íntima mesmo. Amo edifícios antigos, palácios e congêneres.
Esse foi o segundo cavalinho selado. Já lá dentro chegou o terceiro: a
exposição de Amilcar de Castro. Esse senhor é um dos maiores artistas mineiros
de todos os tempos e um dos mais significativos da arte brasileira do século
XX. Descobri que ele também é poeta.
“Foi quando e de repente
descobri
que o avesso das águas guarda o
segredo da vida
e que escultura é pedra do
fundo do rio.
O segredo está em consegui-la
sem molhar as mãos.”.
“Escultura é a descoberta da
forma do silêncio
Onde a luz guarda a sombra e
comove”.
Quanto ao show uma belezura
para os ouvidos da alma. Antônio Adolfo trio criou para o projeto o “Nazareth
com Jazz”. Arranjos deliciosos que nos faz pedir bis.
Voltei feliz pra casa, por esse cavalo 3 em 1, que nem fazem ideia!
Voltei feliz pra casa, por esse cavalo 3 em 1, que nem fazem ideia!
(Fontes: google imagens e wikipédia)