Nesse
último dia 13 comemorei o ano novo judaico. Como já escrevi, em outros anos de
blog, todo o significado e simbologias envolvidas nessa data, não vou repetir.
Se quiser se inteirar, é só ler aqui. De diferente tem o número.
Para os
cabalistas, o ano de 5776 é o ano da Sefirah Chesed, que carrega
o poder dos 72 Nomes de Deus. Na Árvore da Vida, CHESED é a MISERICÓRDIA,
o desejo de compartilhar a generosidade, a doação sem preconceitos, a
compaixão. E isso me fez pensar em algumas coisas...
Se a
única certeza da vida é que ela é finita, por que será que a maioria de nós se
nega a pensar no assunto e, mais, finge que o tempo é algo relativo e que a
velhice vai demorar a acontecer? Seguindo a máxima de que envelhecemos um
pouquinho por dia, todo dia, o jogo de “faz de conta que não é comigo” é
inútil. Com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais precisamos nos
preparar para chegar lá com saúde e dignidade.
Muito
desse preparo está ligado às nossas escolhas. Em diferentes momentos da nossa
linha do tempo, é preciso coragem para tomar decisões, às vezes radicais, e
buscar propósito e sentido que realmente nos preencham. Autoconhecimento,
disposição para correr riscos, ousadia para enfrentar o novo, sensibilidade
para reconhecer nossas vulnerabilidades e nossas fortalezas são elementos importantes
no processo. A satisfação de iniciar um movimento de mudança, por si só, já
traz um enorme prazer. E, se não a certeza, ao menos a esperança de que, por
vezes, vale à pena considerar sair daquele trilho que parecia tão reto. E isso é ter um novo ano, vocês não acham? Feliz
novo ano para todos! Que sejamos inscritos no Livro da Vida!!! Essa que merece
ser vívidamente vivida.