Antigamente Belo Horizonte não fazia parte do eixo cultural.
Somente Rio de Janeiro e São Paulo recebiam exposições internacionais, óperas,
espetáculos de música, teatro, balé e afins. Isolados entre montanhas tínhamos que
viajar para as citadas cidades se quiséssemos beber arte. Já faz alguns anos
que esse panorama mudou, graças aos esforços de muitos, e sou grata. Nesse
último final de semana fui ver A Magia de Escher, instalada no Palácio das
Artes e com entrada 0800. Não sou uma entendida e/ou estudiosa de qualquer
manifestação artística. Sou - se posso assim me nomear - uma degustadora. O que
me toca a alma e/ou coração fico encantada e só. Essa exposição foi assim... um
encantamento: metade lúdica, metade séria.
Maurits Cornelis Escher (1898-1972),
artista gráfico e mestre holandês da ilusão de ótica e dos paradoxos impressionou-me.
Aliás, a 1,2 milhão de espectadores no Rio, Brasília e São Paulo por onde já
foi apresentada. A magia de Escher
possibilita ao espectador a vivência de uma série de efeitos óticos e de
espelhamento explorados na construção das gravuras. Experiências como olhar por
uma janela de uma casa e ver tudo em ordem e, em seguida, ver tudo flutuando
por outra janela podem ser acessadas na exposição. Escher se tornou conhecido
em todo o mundo pelas representações de construções impossíveis, explorações do
infinito e as metamorfoses – padrões geométricos entrecruzados que se
transformam gradualmente em formas diferentes. “Suas gravuras tem uma incrível capacidade de gerar imagens com
efeitos de ilusões de ótica, com qualidade técnica e estética, respeitando as
regras geométricas da perspectiva”. (Fonte: Divirta-se) Senti-me
meio Alice no País das Maravilhas brincando nas instalações e interagindo com
os visitantes desconhecidos. Vale a pena visitar, deixar o lado criança
aparecer e conhecer esse mágico artista.Uma dica: levem os filhos, netos, sobrinhos...é diversão garantida!
(Imagens: By Júnia)