Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sexta-feira, 22 de março de 2013

AQUELA MENINA


Diz ela: foi amor a 1ª vista!

Aquela menina de cabelos cacheados, Shirley Temple, hoje os mantém lisos a mercê do vento.
Aquela menina que coloria as paredes, hoje dá cor aos seus dias.
Aquela menina que pegava a maquiagem da mãe e pintava sofás, hoje faz de seu rosto sua tela preferida.
Aquela menina que custou a falar, hoje aprendeu o valor das palavras.
Aquela menina que comia de tudo e depois só porcaria, hoje experimenta e valoriza alimentos novos.
Aquela menina brava por qualquer contrariedade, hoje reflete e pondera suas reações.
Aquela menina, criança de tudo, cresceu... Desabrochou e exala seu perfume. Odor de moça plena de vida. FELIZ 19 anos minha, sempre minina, Preta! Mamis te ama. E já que foi amor a primeira vista... vai aí um vídeo "animal" de parabéns!!!

terça-feira, 19 de março de 2013

AQUI E AGORA



O estudo da história demonstra que na vida tudo é paulatino. Tudo trabalha como um recife de coral: sedimentando, acumulando em camadas sobrepostas. Somos os construtores e o material com que construímos a nós mesmos. Somos memória e vivemos envoltos em lembranças. Tudo o que se fizer (ou deixar de fazer), aprender, sofrer ou ser feliz constituirá a base da estrutura de nosso vir a ser.
Somos transcendentes, inquietos, insatisfeitos e incompletos. Caminhamos impacientes, mesmo sem saber ao certo para que lado estamos indo. A nossa história vem da acumulação. Mentiras, verdades, tudo o que vivemos, deixamos de viver e pensamos em viver nos construiu. Tudo é processo que só cessa com a morte. Mesmo submetidos a esse limite extremo, provavelmente encontraremos nele outra forma inédita de ultrapassagem.
Nada é instantâneo ou fruto de autossugestão. Tudo se concretiza e substancializa pelo processo de que se lançou mão para se chegar onde se está. Os fins já não são mais determinantes como no século passado. Hoje sabemos que tudo o que temos é o aqui e agora. O antes já era e o depois se perde nas infinitas possibilidades da existência. Os meios tornaram-se muito mais importantes que os fins porque se referem ao processo. E descobrimos hoje que o processo existencial é quase tudo na vida. O que estamos fazendo é o que importa e não o que fizeram de nós ou o que faremos.
No diamante estão o carvão, a rocha e a pressão compactante. Na planta, as flores, o pólen e os insetos. No velho estão suas vivências, construções e experiências.
Tudo transcende ao ser ultrapassado, sem deixar de ser si mesmo de uma outra maneira.
(Imagem: Karin Izumi)

sexta-feira, 15 de março de 2013

ESPIÃS DE D'US







Então o dia clareou e a semana, vida, seguiu seu rumo.  Semana passada, também numa sexta-feira, comemorou-se o Dia da Mulher. Os antigos de Divã sabem que sou avessa a esses dias de... Sei que muitos têm funções importantes: alertar, conscientizar, homenagear e até mesmo evitar. Mas, mesmo assim, não agrado dessa “necessidade” que deveria – para mim – ser todos os dias. De qualquer maneira recebi uma mensagem do filhote que me emocionou com sua lembrança: “Ser verdadeiramente mulher é tão difícil quanto definir saudade. Pra mim, saudade é o encontro do belo com o que foi sentido. E ser mulher é sentir todo esse pulsar!” Lembrei-me assim de todas as mulheres que passaram e ainda transitam pela minha vida. Mulheres possíveis com suas missões quase impossíveis. Essas que não arredam pé diante das múltiplas tarefas e desafios diários. Junto a isso recebi também uma crônica do meu amaaado Luis Fernando Veríssimo que não conhecia e partilho abaixo com vocês. Espiãs de D’us é muito bom, né mesmo?! Feliz todos os dias procês amaaadas e amaaados também. Afinal, há sempre (Graças a D'us) o feminino dentro de cada um de vocês! 
“Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. São espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.
Pare para refletir sobre o sexto-sentido. Alguém duvida de que ele exista? E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?
E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?
E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque “vai fazer frio”. Você não leva. O que acontece? Antes de decolar, depois que você já entrou no avião, ele fica parado em terra, por quase duas horas, devido ao tráfego aéreo. O ar condicionado chega a pingar gelo, de tanto frio que faz lá dentro!
“Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça…”
Se você não levar o “sapato extra”, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu, sem dúvida,  estará molhado…
O sexto-sentido não faz sentido!É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil… As mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?
E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em “praga de mãe”, “amor de mãe”, “coração de mãe”… Tudo isso é meio mágico…
Talvez Deus tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” nos “anjos da guarda” de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).
As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam? Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê, que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens… É choro feminino. É choro de mulher…
Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem pedir umas às outras para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas conhecem todos…
Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.
EN-FEI-TI-ÇAM!
E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas? Para estudar os homens, é claro! Embora algumas disfarcem e estudem Exatas…
Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era “um continente obscuro”.
Quer evidência maior do que essa? Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem “estar nas nuvens”, quando apaixonadas.
É sabido que as mulheres confundem sexo e amor. E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida. Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres, a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso. E nem poderiam. Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.” (Luiz Fernando Veríssimo)
Imagem: Karin Izumi

segunda-feira, 11 de março de 2013

POR HOJE



Tem dias que a gente perde o equilíbrio, a sensatez, a calma, a linha e o fio da meada também. Tem dias que tem gente, muita, que sem esforço algum faz das nossas horas perda total de tempo. Tem dias que a gente reza pra santa criada: Nossa Senhora da Bicicletinha dai-me e-qui-lí-bri-o. O dia escurece só até a meia-noite. Meia-noite e um necessariamente ele começa a clarear, né mesmo mãe?!