Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sábado, 8 de agosto de 2009

BANZO

I miss you, Te extraño mucho, Ik mis je, Je tu manque, Ich Vemisse sie...

Saudade é uma palavra que não existe em várias línguas... No português ela vai muito além de sentir falta. Hoje entendo aquela nostalgia mortal que atacava os negros trazidos escravizados da África – banzo.
Saudade não deveria fazer sofrer nem provocar aperto ruim no peito, nem descompassar o coração e muito menos encher os olhos de lágrimas.
Saudade deveria ajudar a viver, podendo ter cheiro, gosto e som. Até ser colorida e aí viver com a gente toda a vida.
Às vezes é fácil matar a saudade de quase tudo e de quase todos – é só pegar o telefone e ouvir a voz de quem nos falta, voltar àquela cidade da infância, saborear de novo uma comida. A gente só tem saudade de quem ou daquilo que foi ou é importante para nós.
Saudade, às vezes, incomoda porque denuncia a ausência. Ausência que não se fará presença.
E quando bate a saudade da mãe, do pai que já partiu, dos almoços em família, das brincadeiras de infância, do amor perdido, do afago sem hora marcada, da quietude de um passado sem volta, não tem remédio não.
O jeito é chorar que nem a chuva a molhar inteira a vidraça.
Será que um dia isso passa?
Amanhã é Dia dos Pais. Eu que sempre tive uma “PÃE” estou de banzo... Você que ainda tem os dois, ou só um, trata de colher aquela surpresa de um gesto inusitado que foto nenhuma é capaz de capturar – só o momento presença vivido!

3 comentários:

  1. Mesmo estando de banzo, desejo que o seu Dia dos Pais seja sereno e em paz!
    Te cuida menina!!!
    Beijocas!
    Pat Amada

    ResponderExcluir
  2. Pat Amada
    Apesar das lágrimas estou em paz! Apesar do banzo, tenho amadas(os)como vc, que me deixam serena. OBRIGADA!

    ResponderExcluir
  3. SABE O QUE EU ACHO MAIS IMPORTANTE DE TUDO ISTO, É QUE NÓS FOMOS FELIZES ENQUANTO CONVIVEMOS COM ELES E TEMOS GRANDES LEMBRANÇAS DE COM TUDO FOI BOM E O QUANTO APRENDEMOS. TENHA SEMPRE MUITA FÉ, E CORAGEM PARA VOCÊ.
    BEIJOS

    ResponderExcluir

Passou por aqui? Deixa um recado. É tão bom saber se gostou, ou não...o que pensa, o que vc lembra...enfim, sua contribuição!