Já contei aqui que tenho a maior preguiça de shoppings. Só vou quando tenho que comprar algum presente, fazer uma troca. Prefiro andar pelas ruas. Como o presente do dia das mães precisava ser trocado (problemas com numeração) e antes que os tais trinta dias de prazo vencesse, fui no vapt-vupt. A loja, VIA MIA, é uma das que gosto (tempo verbal já modificado!) e sempre fui cliente desde que aqui aportou. Sua matriz é carioca e, para mal dos meus pecados, descobri que lá no Rio seus produtos são 30% mais baratos. Será que pensam que vivemos das minas?! Mesmo assim continuei freqüentando, até hoje. Bem, troquei minha sandália e aproveitei para comprar um presente que precisava. Total da compra/troca: R$134,00. Segue o diálogo ocorrido:
- À vista tem desconto?
- Sim. No cheque ou dinheiro 5%.
- Ok. No cheque.
- Dá R$128,00.
- ???
Tudo bem que nunca fui uma expertise em matemática, mas 134 menos 5% não são 127,30? Cadê meus setenta centavos?
Tudo bem que nunca fui uma expertise em matemática, mas 134 menos 5% não são 127,30? Cadê meus setenta centavos?
- Cento e vinte e oito não. Então, cento e vinte e sete... ora bolas!
- O sistema não aceita. Diz a simpática caixa com aquela carinha - de anja ladrona - me fazendo sentir "A" pobre que luta por míseros setenta centavos.
- Ah não? Aceita arredondar para cima, mas em trinta centavos para mim não?! Que sistema bacaninha de esperto esse seu, hein?
- Estamos lhe fazendo um favor!
- Como?! Cumã?! Favorrr???
Aqui respirei fundo, fundo mesmo, enquanto colhia o restante das pérolas despejadas por Júlia. Sim, era esse seu nome.
- Damos esse desconto para fazer um agrado, fidelizar a cliente, não somos obrigados. Continuou a lindinha ao perceber minhas mãos nas cadeiras. É que desci do salto - nada Louboutin - e armei para rodar minha mineira, gaúcha, paulista, carioca e baiana.
- Fôfa da titia, vamos clarear esse obscuro raciocínio marqueteiro: não te pedi nenhum favor; não solicitei ser mimada; não necessito ser fidelizada(?) uma vez que já o era por mim mesma. Perguntei se para pagamento à vista tinha desconto e só. Não aceito a matemática do seu sistema e muito menos a sua i _lógica benevolência comercial! Sou uma daquelas clientes - trabalhadora - que frequentava essa loja pelo simples fato de gostar dos produtos. E como tal ajudei - com meu suado dinheirinho - a abertura de filiais aqui em Beagá. Mas, talvez isso não lhe interesse... somente o "favor" que você está prestando, a nós consumidoras, com toda sua solidariedade de ser.
Fiz o cheque e fui embora. Minha vida em nada se modificará com a falta dos produtos VIA MIA. Já o meu papel de consumidora nada alienada e nem um pouco conivente com o sistema...
Fiz o cheque e fui embora. Minha vida em nada se modificará com a falta dos produtos VIA MIA. Já o meu papel de consumidora nada alienada e nem um pouco conivente com o sistema...
Esse episódio lastimável me fez transformar uma via - que um dia chamei de mia – em sacra. Lembrei-me de todos os centavos que já briguei por. Sabem aquelas continhas de 0,99 e que os supermercados, drogarias, padarias e lojas nunca tem para nos devolver? E que nos olham - irônicos e debochados - como se fôssemos nós os errados em solicitar um, dois, três centavos de nosso troco?! Não deixo! Não encontro centavos nas ruas. Tenho que trabalhar muito pela digna sobrevivência nossa de cada dia. Nenhum sistema, do qual faço parte, arredonda meus honorários em centavos a meu favor. Então vamos combinar? Quero todos os que me pertencem... Nem mais nem menos. Na justa e exata medida matemática! E a Via agora é toda, inteirinha, do sistema.
- Da-lhe Rêzininha!!!!! Uhuuuuuuu!!!
ResponderExcluirTô dentro... Me chama quêu vô!
Deusssssssskiajude
Beijo
Tatto
Re, a máquina é ajustada para "maior". Conheço bem esse sitema, pois "sonsa" que sou não percebo, masssssssss o marido que me acompanha, "nada sonso", com sua calculadora mental....zás...capta na horinha que tem mão no nosso bolso.
ResponderExcluirAcho que o Budalocci tem uma dessas,rsrsrsrs
Tenho uma história pra te contar:
Ele chamava-se Pedro, ia todos os dias no barzinho da esquina onde tinha consultório, para comprar seu cigarro. Por falta de troco eles davam uma bala. Pedro perguntava quanto valia a bala e eles diziam que era exatamente o valor do troco do cigarro.
Bem, depois de um tempo, lá vai ele comprar seu cigarrinho e paga com um saco de balas.
Surpresa....As balas foram recusadas pelo dono do bar, dizendo que não podia aceitar.
Adivinha????
Deu barraco.
Como assim? Eu posso aceitar como troco na falta de moedas e vocês não podem aceitar como pagamento?
Bom....é assim que funciona nesta terra.
Eu posso, você não.
E fica quieta que tô te fazendo um p..a favor, tá?
beijinhos
Achei lindo ver a Nêga Véia exercendo a sua cidadania.
ResponderExcluirÉ isso aí mesmo, tem que baixar o Santo nessa Porta Bandeira.
O fundamental é não tornar o inaceitável como natural.
Bjs.
Wilma
www.cancerdemamamulherdepeito@blogspot.com
Estou com vc minha amiga!
ResponderExcluirSomos bem parecidas nesta área.
Bjs.
Olá, amiga.
ResponderExcluirVocê está absolutamente correta. Se todos agissem assim o "sistema" pararia de nos fazer de palhaços.
Vim lhe dizer que já me acomodei em seu divã e espero que você também se acomode em meu recanto.
Bitocas, querida.
Rsrsrs... Me diverti com imaginando vocêzinha com as mãos nas cadeiras como quem diz "que palhaçada é essa aqui?"... Ai, como gostaria de ter visto isso.
ResponderExcluirA tal da via sem saída perdeu uma cliente em potencial. Bem feito!
Beijo, Rêzinha.
Ainda bem que não era eu na loja, porque senão ia mandar chamar gerente exigir um pedido de desculpas e se não aceitasse, ia xingar muito no twitter heheheehheheh, mas falando sério queria saber onde essa mulher aprendeu a vender pra eu passar bem longe dessa escola, fala sério, e tipo já deixei de comprar muita coisa quando estou pagando a vista e quero desconto e o vendedor não fala 10% pelo menos, enfim você é uma lady Regina um beijão :-)
ResponderExcluirOi Rê,
ResponderExcluirMeu, eu fico indignada com esse tipo de coisa. Como assim favor? essa parte da história me deixou com muita raiva. Alguns estabelecimentos tem essa mania de fazer o cliente de bobo. Talvez eu tivesse feito o mesmo que você, mas a vontade que da é de não levar nada e não voltar nunca mais.
De qualquer forma o causo foi muito bem contato por você... ficou divertido, embora seja uma coisa que irrita!
Um beijo, querida
Rêzinhaa!!! Arrasouu!!!
ResponderExcluirBjos Ká
- TODENTRO!
ResponderExcluir- Beijos.
Re..vc é das minhas: porreta!!
ResponderExcluirTemos que exigir nossos direitos. Sempre.
Afinal aceitar tudo que nos impõe é assinar um atestado de burrice.
Parabéns pela sua atitude e pela sua escrita.
Olha.. e se essa Via Mia vir para São Paulo, atravesso..a via.. e vou para outra loja..rs
bj
Ma
De seu a seu dono,Bravo.
ResponderExcluirBeijo meu.
É, eles matam a gente no cansaço!
ResponderExcluirO certo mesmo é exigir as continhas certas!
Tem gente muito mal acostumada!
Mas, negar a preferência é uma boa!
Abraços!
Oi Rê como vai? muito boa postagem, aprendi com você mais uma,certissíma, ganhar centavos no Brasil não é facíl para muitos.
ResponderExcluirBeijos
Sol
Ei Regina !
ResponderExcluirÉ isso aí!
Concordo com você, não encontramos centavos na rua. Trabalhamos muito por eles
Ótimo post.
Gd beijo
Amiga me fez lembrar de um senhor que conheci em Divinópolis quando morei lá. Ele cansado de receber balinhas de troco na mercearia perto de nossa casa, começou a juntá-las e certo dia, foi até lá comprou algumas coisas e despejou o pacote de balas no caixa como pagamento.
ResponderExcluirA moça disse que não estava entendendo, ele então calmamente disse:
Minha querida, estou pagando com a mesma moeda.
E assim acabaram-se as balinhas de troco, ao menos naquela mercearia.
Enquanto cruzarmos os braços, seremos surrupiados por pessoas que nos acham com cara de idiotas.beijos achocolatados
Querida amiga
ResponderExcluirAs palavras
que fazem
sorrir
são preciosas...
Que sempre
existam
sonhos em ti...
Oi Rê, eu desapareço mas de ti eu não esqueço.
ResponderExcluirolha isso que eu chamo de uma consumidora consciente, vc esta certissíma, imagina 2,3, 5, centavos de cada cliente, quanto a loja não arrecada no fim do mês.
essas lojas lançam essas falças promoções que só visam arrancar nosso dinheiro sem que percebamos, ai de nós se não lutarmos por nossos direitos
bjos Rê
Via quem??? ahhh, tá!!!
ResponderExcluirArrasou, Rê!!
O valor não está nos centavos, óbvio.
Tô dentro da política de pedir desconto e não passar atestado de alienação. Quem paga suas contas, exige respeito. É o mínimo...
Bjos, irmiga!
Tô passada!!! Que atendimento é este?!?!?! Sabe que vi numa reportagem que todos os R$ 0,01 deixados para trás, dá para pagar o 13º de 1 funcionário, tá vendo!! Tem que exigir mesmo os seus direitos amiga... oras... bjo,
ResponderExcluirOlá, Regina!
ResponderExcluirNão era pegadinha, não? Só pode ser!
Bjs!
Rike.
olá, Rê amiga!
ResponderExcluirEntão não conhece o ditado "grão a grão, enche a galinha o papo"...? E essa, certamente, já o deve ter bem cheio,a debicar assim nos clientes...
E O "nosso" comodismo é muitas vezes cúmplice dessas habilidades...é verdade.
beijinhos amigos, bom fim de semana.
Vitor
Amadamiga, é por isso que gosto tanto de tu, bichinha cabra da peste, sô!!! rsrsrs
ResponderExcluirNossa, que amiga brraqueira, vixê!
Somos iguais!!!
Já fiz em algumas lojas piis assim. E, quando as "menina" fazem muita pose, pergunto se é a dona da loja? E se não, quanto a "moça ou moço" recebe de salário. Somos todos povo, devemos nos unir. falta muito para este nosso povo saber o que é cidadania. O Brsail estaria bem melhor.
Pois, se for tal a benevolência e parcimonia, que o tal dê do seu e não me tire um centavo.
Essas lojas de R$39,99 , R$119,99 etcetera já tiveram que providenciar o centavinho de desconto.
Nós não pedimos o desconto... se está no cartaz, então, cumpra-se!!!
Meu anjo mineirim, tô com muita sodade de tu!
Sempre contigo em meu pensamento e coração!
Beijo Beijo Beijo
Oi, Rê, cheguei! A respeito dessa postagem, lembro-me de um fato engraçadíssimo que aconteceu com o seu Zé amado. Ele ficava uma arara de tanta raiva quando o troco na padaria era feito com balinhas. Pois bem: um dia ele chegou para fazer sua compra e na hora de passar no checkout perguntou o valor e jogou um monte de balinhas que havia juntado, pedindo à caixa para fazer as contas. Ela, espantadíssima, disse que ele não poderia pagar com balas e ele, daquele tamanho, berrou que se bala era moeda de troco também servia para pagar conta. Saiu lindo e retumbante ante o olhar embasbacado de muita gente. Tem que fazer isso mesmo! Não dá para engolir o fato de lidarem conosco como se fossemos imbecis. Beijinhos, Angelinha
ResponderExcluirUm absurdo, um abuso.
ResponderExcluirSemana passada no mercado me aconteceu algo parecido, mas eu estava com tanta pressa, que deixar os meus centavos, me pareceu mais lucrativo do que brigar, já que a caixa estava com problema e troco e tals...
bjoss
É phoda amiga!!! Mas não devemos desistir...ou não deixo passar batido. Tô pouco me lixando pra cara do vendedor.
ResponderExcluirbjos
eidia
www.oquevivipelomundo.blogspot.com