Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DESSE DESEJO...

"Se tivesse a tolice de me perguntar “Quem Sou Eu(?)” certamente cairia estatelada e em cheio no chão.
É que “Quem sou eu?” provoca necessidade.
E como satisfazer a necessidade?
Quem se indaga é incompleto!"
(Clarice Lispector)


Sempre há uma confusão entre desejo, necessidade, querer e vontade. Palavras que – no dicionário – chegam a se misturar. No cotidiano então, nem se fala!
Fala-se em desejo como vontade de alcançar algo, de realizar sonhos, de satisfazer necessidades. Fala-se do desejo referido à libido e à sexualidade. Em todo caso a palavra desejo é largamente utilizada e comporta tantos significados que não dá para nos reportarmos a ela sem sublinharmos que no campo psicanalítico o desejo é absolutamente contrário ao termo vontade como algo deliberado e consciente.
Na necessidade a tensão é da ordem física, biológica, e é reduzida a partir da satisfação do “encontro” com um objeto real, já a relação do desejo não é com um objeto real, mas com um objeto simbólico que aponta sempre para uma falta impossível de ser satisfeita, pois onde o desejo encontra um objeto (objeto a), ou seja, o significante encontra um significado transforma-se num novo significante, mantendo-se, desse modo, o desejo e sublinhando o objeto de satisfação como objeto perdido para sempre.
O desejo em psicanálise não se trata de algo a ser realizado, mas sim de uma falta nunca realizada. O sujeito é um ser faltante e pode passar a vida buscando saciá-lo. Talvez, por isto mesmo, não seja algo de fácil compreensão, pois remete sempre ao campo do desconhecimento, do inconsciente, da própria constituição do sujeito. Trata-se de um conceito que foi ganhando um sentido tão próprio que é nuclear para a teoria e a prática psicanalítica. Assim, a “compreensão” do desejo é algo de certa mobilidade que ora nos escapa e ora nos é revelada. Portanto, escrever, pode ser uma forma de ordenar o que passível de compreensão.
Nesses tempos de desvio de percurso (foi esse o termo que me ensinaram) profissional, existencial e com direito a todos os ais que fazem parte, recebi o texto abaixo que parece ter sido feito sob encomenda! Melhor impossível. Um dia ainda consigo escrever assim... Do autor – C.Calligaris – posso dizer que tive a honra de ser sua aluna. De sua função – psicanalista – seus livros, crônicas e textos falam por si. Os negritos e sublinhados são meus - of course - para jamais esquecer desses novos desejos...(RR)




Considerações sobre novos desejos

Causa da depressão pode não ser perda e frustração, mas a chegada de novo desejo, que é silenciado

UM JOVEM não sabe o que ele está a fim de  fazer da vida, e os pais pedem que eu descubra qual é o desejo do filho, e modo que ele possa escolher o vestibular e a profissão que ele "realmente" gostaria.
Na mesma semana, encontro um adulto que acha que, de fato, nunca fez nada por desejo. Embora bem-sucedido, queixa-se de que suas escolhas (profissionais e amorosas) sempre teriam sido circunstanciais, efeitos de oportunidades encontradas ao longo do caminho. Ele pede, antes que seja tarde, que eu o ajude a descobrir qual é "realmente" o seu desejo. Nos dois casos, o pressuposto é o mesmo: quem viver segundo seu desejo será, no mínimo, mais alegre. Esta é mesmo uma boa definição da alegria: a sensação de que nosso desejo está engajado no que estamos fazendo, ou seja, de que nossa vida não acontece por inércia e obrigação. Inversa e logicamente, muitos estimam dever sua(grande ou pequena) infelicidade ao fato de terem dirigido a vida por caminhos que - eles declaram - não eram exatamente os que eles queriam.
Pois bem, esse pressuposto e os pedidos que recebi se chocam com esta constatação:
o "nosso desejo" nunca é UM desejo definido por UM objeto ou por UM projeto. Não existe, nem escrito lá no fundo escondido de nossa mente, UM querer definido, que poderíamos descobrir e, logo, praticar com afinco e satisfação porque estaríamos fazendo aquela coisa ou caçando aquele objeto aos quais éramos, por assim dizer, destinados. Nada disso: de uma certa forma, todos os objetos e os projetos se valem, e nenhum é "nosso" objeto ou projeto específico. Ou seja, nós desejamos sempre segundo as circunstâncias, os encontros, as oportunidades - segundo as tentações, se você preferir.
Somos volúveis? Nem tanto, pois cada objeto e projeto não substitui necessariamente o anterior. O que acontece é que desejar é uma atividade inventiva a jato contínuo.
Por consequência, mesmo quando estamos alegremente convencidos de estar fazendo o que queremos com nossa vida, nunca estamos ao abrigo do surgimento de desejos novos.
Claro, podemos aceitar esses desejos novos. Por exemplo, em "As Confissões de Schmidt" (que não é um grande filme), de A. Payne, com Jack Nicholson, o protagonista acorda de noite, olha para sua mulher de sei lá quantos anos e se pergunta estupefato: "Quem é esta mulher que dorme na minha cama?". Logo, ele dá um rumo novo à sua vida, colocando o pé na estrada. Mas a expressão de seus novos desejos é fortemente facilitada por duas circunstâncias: providencialmente, o protagonista se aposenta e fica viúvo. Nessas condições, escutar novos desejos fica fácil, não é?
Agora, imaginemos alguém que esteja no meio de sua vida profissional e num bom momento de sua vida amorosa. Nesse caso, provavelmente, o novo desejo será silenciado, reprimido, menosprezado ("deixe para lá, é besteira").
Resultado: o indivíduo continuará declarando que está vivendo a vida que ele queria (e, em parte, será verdade); só que, de repente, sem entender por quê, ele perderá sua alegria.
Por que razão nosso indivíduo negligenciaria seus novos desejos? Simples: por serem novos, eles acarretam a ameaça de uma ruptura no presente: afetos e laços que poderiam ser perdidos, medo da solidão e preguiça dos esforços necessários para reinventar a vida.
Infelizmente, essa negligência tem um custo alto. Sempre entendi assim a "Metamorfose", de Kafka: alguém acorda, e o que até então era uma vida normal e legal, de repente, aos seus olhos, é uma vida de barata.
Nota útil para a clínica da depressão. Às vezes, procuramos em vão as causas de uma depressão; será que houve lutos ou perdas? Nada disso; está tudo bem, trabalho, família, filhos e tal, mas o indivíduo entristece, volta a fumar e a beber como se quisesse encurtar a vida, engorda como se estivesse num mar de frustração e precisasse de gratificações alternativas.
Em muitas dessas vezes, a origem da depressão não é uma perda, nem propriamente uma frustração, mas a aparição de um desejo novo que não foi reconhecido. E os novos desejos, sobretudo quando são silenciados, desvalorizam a vida que estamos vivendo.
Moral da fábula: 1) Não existem vidas definitivamente resolvidas, pois novos desejos surgem sempre; 2) É bom reconhecer os novos desejos, mesmo que deixemos de realizá-los.
Contardo Calligaris in Folha de São Paulo/Ilustrada – 19/05/2011
(Imagem e citação de Clarice L. retirado do blog de Karin Izumi)

21 comentários:

  1. Re
    Esse texto traz alívio pra mim.
    Uma nova maneira de enxergar a depressão.
    As frustrações tomam vulto e o Ser não se dá conta de que o novo se apresentou.
    Vou ler e reler.
    Por enquanto te fico grata por me permitir saber um pouquinho mais.
    Beijinho

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  2. *Dão fale Cumigu!!!!
    - Quêu To cum DeBreção.....

    AVACAGÁ!!!
    AMÔnimo discunhecido... rss

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  3. O texto é simplesmente maravilhoso!
    Traz em suas palavras uma enchente de reflexões. Mas será que podemos dar vazão a todos os nossos desejos?
    Mas acho que podemos sim reconhecê-los e realizar todos aqueles que nos darão prazer e que não vá ferir ao outro.
    É preciso uma boa dose de coragem para ouvir nossos desejos e reinventar a vida!
    Amei o texto.
    Gd beijo
    Gilmara Wolkartt
    http://gilmara-almaemflor.blogspot.com

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  4. Bom eu sofro de depressão, sim mais uma grande revelação :-), e ler seu texto me deixou várias coisas claras, e com certeza ajuda a reconhecer melhor os passos que levam ao estado depressivo, beijão Regina :-)

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  5. Nêga Véia.
    Li o seus texto com alguém no meu ouvido recitando Vitor Hugo em Desejo.
    E porque a vida é assim,
    desejo ainda que você tenha inimigos,
    nem muitos, nem poucos,
    mas na medida exata para que, algumas vezes,você se interpele a respeito
    de suas próprias certezas.
    E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
    para que você não se sinta demasiado seguro.
    Desejo por fim que você, sendo um homem,
    tenha uma boa mulher,
    e que, sendo uma mulher,
    tenha um bom homem
    e que se amem hoje, amanhã e no dia seguinte,e quando estiverem exaustos e sorridentes,
    ainda haja amor para recomeçar.
    E se tudo isso acontecer,
    não tenho mais a te desejar.
    Bjs.
    Wilma
    www.cancerdemamamulherdepeito@blogspot.com

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  6. Particularmente, eu fico ainda com a teoria freudiana sobre a depressão ser fruto das perdas que acumulamos ao longo da vida, sejam elas quais forem, desde algo material até alguém. Essa teoria sobre o "desejo" é nova pra mim. Ainda estou pensando sobre. Será que eu não desejo tanto quando deveria?

    Beijos do Gaúcho.

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  7. Regina..adorei seu blog. Ja sou sua seguidora. Adorei o tema.
    Faço terapia, gosto de me conhecer..o melhor, gosto de conhecer como funciona a nossa mente. Sou super curiosa.
    Mas o tema foi muito bem apropriado.
    Faço terapia. Detesto quando meu psicólo me pergunta: Qual é o seu desejo..para..falo..mas como assim?
    Como se fosse dificil admitir um desejo.
    Alguns a nossa propria censura não nos permite assumir.
    Escondemos até de nós mesmo, como se fosse um terrível pecado..e se pecamos não somos merecedores de ir para o céu..assim que minha mãe ensinou...
    Até sentimento de culpa só por desejar...temos.
    Ai eu me pergunto, mas de onde vem?
    medo da critica? imposição da sociedade? criação? falta de personalidade?
    Sei lá..
    Lá na escola de espiritualidade que eu frequento ouvi: Quer ser feliz, diminua seus desejos...
    Mas então.. oq ue dá sabor a vida?
    Desejo é uma coisa..necessidade é outra?
    Acredito que sim...
    Mas desejos, sonhos, necessidades..abertura para novos conhecimentos, tudo faz parte da vida..
    Mas continuo sem saber a resposta: qual é o meu desejo..até sei..mas nem morta escrevo aqui!
    Um prazer enorme encontrar este espaço.
    Devo isso ao R.R.
    Bj
    Ma

    Eu posto as quintas feiras np blog. www.tessiturapoetica.com Tendo tempo, apareça, será um prazer..

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  8. - Não quero desejar não ter qualquer desejo,
    - mesmo que não possa satisfazê-los,
    - parcial ou plenamente;
    - mesmo que tantos, pelo que vejo,
    - busquem tanto combatê-los
    - antes que acabem com a gente...

    - E realizei mais um deles... versejar sobre o inversejável - psicologia aplicada!
    - Abraços, moça! Recomende poesia a seus clientes!

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  9. Será que se deseja aquilo que não se conhece ?

    Beijo meu.

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  10. Ah amiga mais que querida,acha mesmo que euzinha ia abandonar a minha querida amiga a qual eu engordo a alma?
    Ah sem chance.
    Sabe o que é amiga, sabe aquelas fazes em que agente tá assim meio desanimadinha?
    Pois é ando assim, mas logo passa e volto a visitar os amigos como antes tá?
    Porem sem chance de eu te obrigar a fazer um regime, vou continuar te engordando tá?
    Bjos achocolatados de brigadeiro, cajuzinha, nhá benta, pão de mel, trufas, docinho de coco, bolo recheado etc, etc.

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  11. Olá, Rê amiga!

    Obrigado pelos votos de melhoras. A asa vai melhorando, devagarinho; é coisa lenta que gasta a paciência...mas que se há-de fazer...?

    Tema interessante este, sobre o desejo, e muito bem apresentado, também.
    Desejo: desejos que se renovam; os que se satisfazem; os que ficam por satisfazer.
    Acho que sim; que o nosso sentimento de realização e felicidade gira essencialmente à volta do desejo e de desejos, embora às vezes possamos não o reconhecer, ou, então, não termos coragem de o confessar...

    beijinhos; bom fim de semana.
    Vitor

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  12. Mas que show de post, hein?
    Ou foi uma aula?
    Eu sou um péssimo aluno de psicologia.
    Mas, achei bem complicada essas coisas que envolvem o desejo.
    Abraços, Rê!

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  13. Lispector, Rozenbaum e Calligaris - uma trinca pra lá de interessante que vou levar para minhas reflexões.
    Na faculdade já era fãzona do Contardo, o texto é o máximo, e vc irmiga, deu o banho de sempre!!
    Bjãozão procê!

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  14. Muito bom saber que não há vidas definitivamente resolvidas... Me sinto mais dentro do contexto assim, sabe?

    Eu anseio pelos novos desejos... Onde estão eles? Que me venham, então!

    Regininha ciumentinha da Memem, nunquinha haverá quem desbanque você do meu core, viu? Rsrs...

    Não sei de Déya, estou até preocupada pelo sumiço.

    Beijos, galega.

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  15. Querida amiga

    Há palavras
    que precisam de tempo
    para serem amadurecidas
    em nós.
    Estas são assim.

    Que sempre
    existam
    sonhos em ti...

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  16. Olá Ma!
    Seja muito bem-vinda!!! Fico honrada com sua presença...afinal, não é todos os dias que recebo artistas como você por aqui. Que bacana que faz terapia. Tem investimento melhor que esse? Nos conhecermos?
    Não, não precisa dizer de seu desejo aqui...reconhecê-lo já é um grande caminho. É difícil escrever...
    A afirmação do desejo como algo inconsciente não significa apenas que o sujeito desconhece seus desejos mais escondidos, mas diz respeito à própria concepção do sujeito. Para a psicanálise, diferentemente da psicologia, da sociologia, etc., o sujeito não é uma unidade, um indivíduo, cujo desconhecimento de parte dos desejos se origina em si mesmo, mas dois sujeitos: o sujeito do enunciado que é o sujeito social portador do discurso manifesto, e que
    desconhece o outro, o sujeito o da enunciação, e o conteúdo da mensagem que este porta.Complicado? Nem tanto...
    Na relação dos dois sujeitos, o sujeito da enunciação é o sujeito velado, ligado dos elementos significantes do inconsciente e portador do desejo que o sujeito do enunciado enuncia sem saber. É a partir desse não saber do sujeito do enunciado que a prática psicanalítica se propõe a desvelar o sujeito da enunciação.
    Entendemos então, que é apenas a partir da clinica psicanalítica que há a possibilidade da explicitação do desejo que o sujeito porta sem saber; fora disso o que aparece são ,os desejos expressados como vontade, necessidade, mas seja como for, apontam e se aportam em diferentes objetos que vão infinitamente recolocar o lugar da falta que funda o humano.
    Uau...desandei a escrever rsrs. Importante mesmo é dizer que adorei sua visita e que volte sempre que quiser e puder!
    Beijuuss n.a.

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  17. Querida e amada Rê.

    Só sei que não sei, porque o meus desejos pendem para os impossíveis, pois que aos possíveis, constato, não dar grande gozo concretizar.
    Não receio nunca, que um novo desejo me possa desestabilizar, tirar da aparente tranquilidade, tendo em conta que o adquirido é mais seguro como está.
    Pelo contrário, o desafio dos novos desejos continuamente a chegarem, são o combustível que me catapulta e fazem valer a pena olhar em frente.
    Um desejo não substitui ou abafa outro, seja por um objecto ou pessoa.

    Já aqui vim várias vezes e não consigo comentar. A ver se é desta, que o comentário entra.

    Beijos e kandandos meus a travessar tanto mar...
    Bom f.d.s., Inté...

    Sôdades! Kimbanda

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  18. passei correndo, com desejos de ler te..
    é que não estou em casa,mas volto e com tempo
    estarei de volta na terça ai então volto e mato minha saudade de vc de memem então...
    estou roxa de vontade de fofocar rsrsr..

    um beijo grande no coração...
    e saudades muitas.. inté daqui a pouco!

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  19. Oi, Regina, gostei do seu blog e da crônica do Calligaris. foi bom o encontro de ontem. Bjs, Márcia

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  20. Márcia, amaaada!
    Um elogio vindo de você, professora universitária, gabaritadíssima, me envaidece...Também adorei reencontrar você e jogar conversa dentro. Obriagada pela visita e volte sempre que puder e quiser!
    Beijuuss n.a.

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