“Aquele que nunca viu a tristeza nunca
reconhecerá a alegria.”
(Gibran).
Na última sexta-feira não fui à aula de
dança. Carinhosamente minha ausência foi sentida e questionada no grupo de whatsapp,
no que respondi: de-sa-ni-ma-da, acontece! O desânimo era só uma das roupagens
da minha tristeza. Amanheci descolorida. Sem tom nem sobre tom.
De repente nada mais faz sentido. Nem cheiros,
nem sabores... Nada. E nada é tudo que resta.
Posso afirmar que, via de regra, estou bem
humorada e alegre. Não careço de muito para me deslumbrar a cada amanhecer!
Mas, de vez em quando, por razões que nem
sempre identificamos, a luz da alegria se apaga. E a tristeza, uma dor, chega de mansinho e
sem perceber invade-nos e nos dilacera.
Há dias em que, simplesmente, queremos ficar
quietos, em estado de inércia e isso não exige um estudo minucioso sobre o
comportamento humano. Quando Freud escreveu “O
mal estar na civilização” (1930) e defendeu a tese de que “o indivíduo é um ser infeliz, e que esse
mesmo indivíduo vive à mercê de uma infelicidade permanente”, o
psicanalista não se referia a todo comportamento humano, mas a determinados
momentos de infelicidade que todos enfrentam. O problema está na (errada)
interpretação que fizeram do tema.
Alegria e tristeza são
sentimentos que fazem parte da vida psíquica normal de qualquer ser humano. A
tristeza é a resposta humana às situações de perda, derrota, desapontamento e
outras adversidades, ou seja, é normal sentir-se triste após uma
situação desagradável, a perda de um ente querido, desajustes financeiros, ou
mesmo quando não realizamos sonhos desejados.
Atualmente é proibido estar triste. Fato! Algumas
lágrimas são motivos para remédios tarja preta ou filas gigantescas na porta
dos consultórios. A supervalorização do estado de felicidade no ser humano é
demolidora, porque traz consigo a obrigação em estar feliz o tempo todo, nos
fazendo esquecer que a felicidade não é rotineira e que, segundo o próprio Freud,
nunca chega a nos pertencer! Ser feliz é diferente de estar feliz e entre essas
definições existe uma ponte gigantesca.
Mas o homem busca incessantemente ser feliz, como um objetivo de vida, esquecendo-se
de viver as outras emoções da vida. “A felicidade é
efêmera por definição. Por isso, as pessoas que só pensam nela sofrem muito
mais e se distanciam das pequenas alegrias da vida”, afirma o escritor francês
Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua (Bertrand Brasil, 2002).
.Será que a sociedade contemporânea valoriza
ou despreza toda e qualquer tristeza?
Infelizmente,
nossa sociedade corre de qualquer sinal de tristeza. Nossa sociedade valoriza a
felicidade em qualquer momento e a qualquer custo. Qualquer sinal de tristeza
deve ser escondido a sete chaves!
Tristeza tem
fim sim, mas é inevitável e, uma vez que ela chega, deve ser tratada como
hóspede importante. Poucos percebem que a sensação de estar triste é
tão benéfica quanto à felicidade. Tristeza é um sentimento que responde a
estímulos internos, como memórias e vivências e isso permite que haja
amadurecimento emocional e busca de soluções para acabar com essa situação
emocional. A verdade é que a aprendizagem proporcionada pela tristeza é algo
enriquecedor e resta-nos viver (e amadurecer) enquanto ela insiste em
permanecer em nossos dias.
“A gente está
alegre, não é alegre. Porque esse
sentimento não se mantém para sempre. Surge, colore o mundo e some feito bolha
de sabão. Quando se está triste, bom saber, acontece igualzinho.” (Rubem Alves).
Assim, com a
sabedoria de Rubem, fico mais tranquila e aos poucos o colorido retorna para a
tela da minha vida!
Muito lindo teu texto e verdadeiro do início ao fim. Todos temos dias mais sem graça, sem vontade, tristes...E temos o direito...
ResponderExcluirAinda bem, depois, de repente, após respeitarmos o sentimento de tristeza, ele se retira pois já em nós não mais sente vontade de ficar!
Adorei te ler, te ver após um tempão. bjs praianos,chica
Chiquita amaaada, põe tempão nisso...meses né amiga. Completamente fora da blogosfera!Encontro com as blogueiras amigas via facebook, instagram...por lá tenho escrito algumas coisinhas quando a inspiração retorna rsrs. Guardo vc num canto mais que especial do meu coração!
ExcluirBeijuuss e obrigada pela visita!!!
Oi Regina!!!
ResponderExcluirQue bom que a vida tem dessas coisas... tristeza, felicidade e tantos outros que fazem a gente crescer e aprender nessa vida! Ultimamente tenho sido amiga de infância da felicidade, he he...
Beijinho grande!
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com
Que bom Bia! Amiga e infância, via e regra, é duradoura.
ExcluirBeijos
Num discolóra naum mulé.... Pense anssim quinem eu que meRmo em "Bráck end Uáiti" vévo finginu qui to besta di contente....
ResponderExcluirOs gonócio de perdamentos e saudadeduras vão sempre tár presentes ne nosso caminhamento vitalécio...
Intão!! vamu relaxá e pintá tudin di novo.... Ok
Bejão e DeusssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssKiajude...
Aiiiii Peludim....vc sempre com essa arte de me fazer sorrir! Gratidão!!!
ExcluirBeijuuuss nos pelos
E ainda dizem que agosto é um mês que nunca termina!
ResponderExcluirMas isso é vero:
Todos os dias.
Tantas horas, minutos e segundos
Para comemorar o mês que minha amada
Desceu neste planetinha azul
para iluminá-lo.
Fazer diferença!
Torná-lo um lugar melhor para se viver!
Regina Linda, acho que essa tristeza
Era o tal Inferno Astral
Que , como astróloga, não dou a mínima importância.
Mas existe uma explicação: este mês ou meses anteriores reprentam o ultimo temo da gestação.
Onde nosso ser nascente , ansioso, tem medo do que que virá.
Do futuro e das novidades que nos espera.
Parece , numa análise transpessoal- bem lógica e interessante.
MAS...
VIM PARA DESEJAR FELICIDADES!
PARABÉNS, minha flor de formosura!
Beijos, amiga!
* não estou no face , estou no Blog Renasço Ocaso.
Iza iluminada_maaada! Hj é dia 15/09...só pra vc ver como tenho vindo aqui no divã rsrs E qual não foi minha surpresa em encontrar suas palavras. Muiiito obrigada de coração por sua amizade, carinho e amor!
ExcluirBeijuuss nocê
É sempre muito bom ler um texto seu, tudo tem tanta propriedade, é tão a gente mesmo. Obrigado querida.
ResponderExcluirBeijos Wilma
Eiii Wilma! Quanto tempo né? Tô muio sumida da blogosfera. Agora só mesmo nas redes sociais rsrs Feliz em revê-la por aqui!!!
Excluirbeijuuss
Oi, Regina!
ResponderExcluirSomos fábricas de sentimentos. Se temos muito amor e ele de alguma forma se esvai, sentimos desamor. A tristeza seria um esgotamento de felicidade? Então não existe motivo para ser triste!
:)
Estou voltando devagarinho para a blogosfera!!
Beijus,
Querida Luma, vc voltando e euzinha quase saída por completo rsrs. Mas fiquei muito feliz em revê-la por aqui!
Excluirbeijuuss