(Para minha Preta)
Saio do consultório atrasada para buscar minha filha no colégio. O trânsito não coopera e o tempo do relógio, implacável, não para.
Os quinze minutos de atraso geram, com tom impaciente, a mesma pergunta: - o que aconteceu mãeee? Nos segundos seguintes para a resposta, penso em todas as mães que trabalham fora para realizar seus próprios desejos depois, é claro, daqueles que concretizam para suas filhas.
Jornadas duplas, triplas enfrentando filas em ônibus, bancos, shopings, supermercados. Salas de espera de dentistas, médicos, terapeutas. Muito mais que quinze minutos aguardando a aula de inglês, natação, vôlei, tênis, terminar. Na porta da casa do colega onde foi fazer um trabalho, do cinema no shoping com os amigos, nas festinhas com a galera.
Mãetorista de todas as horas e haja horas, nesse relógio que cronológico só tem vinte e quatro horas, mas num outro tempo se estica e desdobra através da mágica materna.
- O que você acha? - é minha resposta. Ela já bem sabia, mas com a inocência “malvada” de toda criança, transforma sua resposta, numa questão quase genuína: - consultório???
Chegamos em casa e com aqueles quinze minutos devorando minha hora de almoço vem um chamado: - maeeeeee, vem cá no banheiro! Rápido!
A imagem de uma pequena mancha com cores borradas, em sua calcinha, faz o meu relógio interno desregular: anda para trás, quando da emoção de saber que estava grávida de uma menina e arruma-la feito uma boneca, com direito a laço colado com sabonete na penugem de sua cabeça. Das paredes da casa pintadas com meus batons; da escuta, tão aguardada, da palavra mãe.
Anda bem para frente, ficou moça e um dia se tornará mãe. Meus olhos se enchem de emoção, minha boca escancara um sorriso e lá do fundo d’alma sai uma única palavra, pintada com as cores do arco-íris: filha!
Filho é um serzinho adorável e todo seu, que um dia, de repente cresce e passa a ser todo dele!
Queria que os ponteiros tivessem parado para poder ficar ali pertinho, da minha menina, agora moça. Mas, eles insistiam em rodar me chamando para o trabalho.
Queria ter ido à drogaria e descoberto, com ela, que agora existem absorventes “teens” , como os band-aids coloridos com bichinhos que outro dia mesmo, colocava em seu joelho ralado de menina sapeca.
Queria ter ligado para a avó, tias, madrinha e contado que ela começava sua jornada de moça, nos dizendo com isso que os ponteiros do relógio da vida não param.
Retornei ao consultório pontualmente para a primeira sessão, mas absolutamente atrasada na minha emoção.
Saio do consultório atrasada para buscar minha filha no colégio. O trânsito não coopera e o tempo do relógio, implacável, não para.
Os quinze minutos de atraso geram, com tom impaciente, a mesma pergunta: - o que aconteceu mãeee? Nos segundos seguintes para a resposta, penso em todas as mães que trabalham fora para realizar seus próprios desejos depois, é claro, daqueles que concretizam para suas filhas.
Jornadas duplas, triplas enfrentando filas em ônibus, bancos, shopings, supermercados. Salas de espera de dentistas, médicos, terapeutas. Muito mais que quinze minutos aguardando a aula de inglês, natação, vôlei, tênis, terminar. Na porta da casa do colega onde foi fazer um trabalho, do cinema no shoping com os amigos, nas festinhas com a galera.
Mãetorista de todas as horas e haja horas, nesse relógio que cronológico só tem vinte e quatro horas, mas num outro tempo se estica e desdobra através da mágica materna.
- O que você acha? - é minha resposta. Ela já bem sabia, mas com a inocência “malvada” de toda criança, transforma sua resposta, numa questão quase genuína: - consultório???
Chegamos em casa e com aqueles quinze minutos devorando minha hora de almoço vem um chamado: - maeeeeee, vem cá no banheiro! Rápido!
A imagem de uma pequena mancha com cores borradas, em sua calcinha, faz o meu relógio interno desregular: anda para trás, quando da emoção de saber que estava grávida de uma menina e arruma-la feito uma boneca, com direito a laço colado com sabonete na penugem de sua cabeça. Das paredes da casa pintadas com meus batons; da escuta, tão aguardada, da palavra mãe.
Anda bem para frente, ficou moça e um dia se tornará mãe. Meus olhos se enchem de emoção, minha boca escancara um sorriso e lá do fundo d’alma sai uma única palavra, pintada com as cores do arco-íris: filha!
Filho é um serzinho adorável e todo seu, que um dia, de repente cresce e passa a ser todo dele!
Queria que os ponteiros tivessem parado para poder ficar ali pertinho, da minha menina, agora moça. Mas, eles insistiam em rodar me chamando para o trabalho.
Queria ter ido à drogaria e descoberto, com ela, que agora existem absorventes “teens” , como os band-aids coloridos com bichinhos que outro dia mesmo, colocava em seu joelho ralado de menina sapeca.
Queria ter ligado para a avó, tias, madrinha e contado que ela começava sua jornada de moça, nos dizendo com isso que os ponteiros do relógio da vida não param.
Retornei ao consultório pontualmente para a primeira sessão, mas absolutamente atrasada na minha emoção.
Não esqueça de deixar seu comentário! É só clicar no ícone "comentários" e escrever. Obrigada!
TE AMO ! =) adooorei, beijos preta.
ResponderExcluirRegina....
ResponderExcluirquanto tempo faz que te falei que entraria no teu blog... osponteiros não apram e por tudo o que tu dissesse em vários textos, não tive tempo até hj... Carnaval, de repente relaxar e descansar...nem sei mt como é isso...consegui entrar no teu blog e, as lágriams correm dos meus olhos, lendo Meniná-Moça. Lembro nós duas sentadas no refeitório, tu bem barriguda e conversando sobre o dia que a Dani ia nascer!!!! O tempo passa... Tô adorando tudo!!!! Parabéns!!!