“Gosto tanto de feijão com arroz! Meu pai, minha mãe, que privaram da metade do prato para me engordar sofreram menos que eu. Pecaram exatos pecados, voz nenhuma os perseguiu. Quantos sacos de arroz já consumi? Ó Deus, cujo reino é um festim, a mesa dissoluta me seduz, tem piedade de mim.” Adélia Prado – “A Boca”.
Adoro comer. De todos os sete pecados me dedico, quase com exclusividade, de boca e alma à gula. Comida aguça todos os meus sentidos. Ouço o lavar, picar, moer, fritar, assar como uma música de amor. Meu olfato sente os cheiros e aromas que passam pelas frestas trazendo sugestões do que está sendo cozido no fogão. Aguardo, com ansiedade pueril, a visada das travessas na mesa com tudo aquilo que, até então, era só imaginação auditiva e olfativa. Desfilam um a um suas cores, diante de olhos famintos e encantados. É assim que a degustação se inicia... É chegada à hora mais que esperada. A primeira garfada e aquela sensação... Quais os ingredientes misturados que transformaram aqueles grãos, verduras, legumes ou carnes nessa sensação? Imaginação corre solta: cebola, sal, alho, páprica, pimenta, orégano, salsa e cebolinha, o que mais pode ter? Como pode transformar uma refeição, por mais simples que seja, em um verdadeiro momento para comemorar? A diversidade de sabores, a combinação de ingredientes agradam a todos os paladares. A língua estala e as mãos se juntam em oração: OBRIGADA por tanto prazer! Fome é diferente de apetite... O que te apetece?
E comer então com amigos à mesa, aproveitando pra rir e contar casos? Melhor que isso, só dois disso.
ResponderExcluirbjins
eidia
http://www.oquevivipelomundo.blogspot.com
Amada
ResponderExcluirRodeados de amigos tuuuudo pode acontecer...os sentidos se triplicam!!!!
Beijuuss n.c