Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

domingo, 5 de setembro de 2010

É DOMINGO NA ROÇA


Acordei com o galo cantando e galinhas d'angola lastimando seu tôfraca...tôfraca... Céu azul sem uma nuvem sequer! Depois de um café da manhã recheado de quitandas da roça (ai,ai) muitas risadas, mas muitas mesmo (outro dia conto os motivos) nada melhor que esse texto de J.Miguel para continuarmos na risaiada:

Esposa Incompreensiva
Casamos novos. Ela com 19 e eu com 20 anos de idade.
Lua-de-mel, viagens, mobílias na casa alugada, prestações da casa própria e o primeiro bebê.
Anos oitenta e a moda era ter uma filmadora do Paraguai. Sempre tinha um vizinho ou amigo contrabandista disposto a trazer aquela muambazinha por um preço módico.
Ela tinha vergonha, mas eu desejava eternizar aquele momento.
Invadi a sala de parto com a câmera no ombro e chorei enquanto filmava o parto do meu primeiro filho.
Todo mundo que chegava lá em casa era obrigado a assistir ao filme.
Perdi a conta das cópias que fiz do parto e distribuí entre amigos, parentes e parentes dos amigos.
Meu filho e minha esposa eram o meu orgulho.
Três anos depois, novo parto, nova filmagem, nova crise de choro
Como ela categoricamente disse que não queria que eu filmasse, invadi a sala de parto mais uma vez com a câmera ao ombro.
As pessoas que me conhecem sabem que havia apenas amor de pai e marido naquele ato.
O fato de fazer diversas cópias da fita era apenas uma demonstração de meu orgulho.
Nada que se comparasse ao fato de ela, essa semana, invadir a sala do meu urologista, câmera ao ombro, filmando o meu exame de próstata.
Eu lá, com as pernas naquelas malditas perneiras o cara com um dedo (ele Jura que era só um!) quase na minha garganta e a mulher gritando:
-Ah!Doutor! Que maravilha! Vou fazer duas mil cópias dessa fita!
Semana que vem estou enviando uma para o senhor!
Meus olhos saindo da órbita a fuzilaram, mas a dor era tanta que não conseguia falar.
O miserável do médico girou o dedo e eu vi o teto a dois centímetros do meu nariz.
A mulher continuou a gritar, como um diretor de cinema:
- Isso, doutor! Agora gire de novo, mais devagar. Vou dar um close agora...
Alcancei um sapato no chão e joguei na maldita.
Agora, estou escrevendo este e-mail, pedindo aos amigos que receberem uma cópia do filme, que me devolvam, pelo amor de Deus. Eu pago o reembolso.
(Texto em http://www.escrita.com.br/)

13 comentários:

  1. Não me importava nada de acordar assim :)))

    Bjos

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  2. Pensando bem, vou colocar novamente a máquina de filmar nova dentro da gaveta. Vingança de mulher é bem perigosa.

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  3. Querida amiga, como é bom acordar com esse barulhinho de galinhas d´angola, passarinhos, o canto do riacho, e aquela imensidão de verde a nossa volta...Adoro campo...Tenha um lindo domingo...Beijocas

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  4. Ora aí está o exercício do: "direitos iguais". (eheheheheh)

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  5. Amiga pra mim não tem nada melhor que um passeio na roça...Amo, Fica com deus viu?
    Aproveita.
    Bjos achocolatados

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  6. Tá no Braz, né D. Regina Rozen? Dilícia! Nada como uma roça para nos devolver a paz de espírito que a cidade nos rouba. Você pode até fazer coro com as angolinhas: tô feliz... tô feliz rsrs Carpe diem, minha amiga, você bem o merece. Quanto à vingança, afff, nem vou falar, tadim do home... ô dó! Bjs

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  7. Isa, Miguel, Marilu, Ana, Sandra e Ângela, amados!
    Já é noite por aqui e após um "jantarado" dos deuses, tipicamente minerim, feito no fogão de lenha por mãos abençoadas, numa casa MARAVILHOSA, na companhia de amados, prosa que começou cedim messssmo, posso assegurar: CARPE DIEM!!! Tenho tirado muitas fotos: das várias espécies de orquídeas, flores, da nossa capelinha, de SHIVA, dos pássaros, da cozinha, dos cavalos, cães, da mesa arrumada com capricho, dos brindes à vida com cerveja, vinho, prosecco, caipifruta, água e cafezim bem minerim... tudo é mais que motivo para celebrar a vida! Todas elas se tornarão postagens junto com casos e mais casos... BAUM DIMAIIIISSSS, sô!!!
    Beijuuss n.c.

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  8. Uma delícia, em vários sentidos, a estadia nop âmago da natureza... Nada como um dia depois do outro, na simplicidade do viver.
    Uma semana abençoada para você!
    beijinho

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  9. Hum... Eu adoraria esse sossego do campo, mas tentaria um acordo com as galinhas pra elas não gritarem seus "tofraco" tão cedinho... Teria sucesso na minha tentativa?

    Ai que delícia de história essa! Ri horrores! Quanto a essas filmagens domésticas, cá entre nós, detesto quando me convidam a assistir filmagens de casamento, aniversário... É uma tortura! Partos e exames de próstata então, sem comentários! Espero nunca receber uma cópia de uma tragicomédia dessas.

    Beijoquinhas da sua ternurinha agridoce.

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  10. Olá, Regina!
    Essa foi ótima, kkk!
    Mas as galinhas, com certeza não lastimavam e sim comemoravam, cantando: tôdentro, tôdentro!!!
    Bjs!
    Rike.

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  11. Radka, thanks... Nice to meet you and welcome!!!Come back when you want, ok?
    Hugs

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  12. Este texto não é de Verissimo e sim de J. Miguel.
    Este e outros textos de humor do mesmo autor podem ser encontrados em http://www.escrita.com.br/escrita/leitura.asp?Texto_ID=128.
    Peço a gentileza de corrigir a autoria.
    Gostando de qualquer outro texto postado no link acima, sinta-se à vontade para postá-lo em seu blog, desde que mantendo a autoria.
    Atenciosamente,
    J. Miguel
    (jmiguel@limao.com.br)

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  13. J.Miguel
    A correção será feita e peço-lhe desculpas pelo ocorrido. Agradeço sua gentileza em autorizar a publicação desse texto. Há em sua escrita um bom humor bem semelhante a Veríssimo, o que muito me agrada. Coisas que a gente recebe por email e, por gostar, comete o deslize de não checar a fonte.
    Abraços
    Regina

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