CARNE MOÍDA : RÊtornando a malhação diária ou à CONSERVA!

Senhor, se não puder fazer com que eu emagreça, faça com que todas minhas amigas engordem.

(Oração Feminina)

Não é essa minha oração! A minha é um bate-papo (brava messssssmo) , com o HOMEM lá de cima, para que eu possa compreender os mecanismos existentes e influentes quando fica-se impedida de fazer exercícios físicos e tudo que se construiu - por anos a fio - se perde em poucos meses... Quando jogador de futebol, depois de um ano de campeonatos e mais campeonatos, treinos diários saem de férias por uns 20 dias não voltam balofos? Tem explicação?  Nem posso falar dos quilos extras... ( Milene, inquietude pura, baixa aqui e me estapeia todinha). São tantos e espalhados pela conserva que foi pro ralo, que perdi as contas. Então, vou dividir com vocês o meu RÊtorno à academia.

Não tive jeito de escapar. Depois de quatro meses parada, longe da academia, fui obrigada a refazer a tal avaliação funcional. Supliquei, argumentei, mas não teve jeito. A fisioterapeuta toda sorridente me dando as boas vindas, alisou meu ego dizendo que todos estavam com saudades e eu tremendo na gordura acumulada.

Primeiro: Subir na balança. Único item retirado foi os tênis. Não sei prá quê, já que são levinhos mesmo. E ela lá movendo, na ponta dos dedos, o peso prá lá, um pouquinho mais prá cá e mais um tiquim prá cá. Se pensarem que vou confessar o que foi revelado por essa malfeitora de mulheres (quem inventou a balança?) podem desistir!

Segundo: tirar a roupa de ginástica ficando somente de top e calcinha. Aferição da gordura. Olhei prá ela perguntando se estava preparada para a visão. Ainda dá tempo, to avisando... Vai que a moça desmaia de susto e tenho que sair da sala quase nua pedindo SOS A danada ri, e euzinha dizendo que esse streap, as sete da matina, não tem graça nenhuma! Ainda mais prá ela!

Afere daqui, dali, acolá... Será que não vai ter um lugarzinho sequer para não incomodar minhas gordurinhas? Mera tentativa de tratando-as assim, carinhosamente, elas se seduzirem e derreterem como por milagre.

E aí? Como tá o estrago? Pergunto me fazendo de boba mesmo.

Que exagerada! Não é tanto assim...

Sorriso amarelo como resposta. Estava exercitando nesse dia – ainda bem - a respiração Zen-Rê de ser, pois do contrário, enfiava a mão nas fuças da lindinha de vinte e poucos anos.

Depois veio a tal bicicleta ergométrica que me abstenho de contar o quanto bufei. Quando eu encontrar aonde foi parar o meu fôlego, resistência vou colocá-los de castigo! Assim aprenderão a nunca mais sair sem avisar pra onde.

Ficha nova em mãos, recomendações dadas, subo prá fazer uma aula light, localizada, pouca aeróbica, sem muito esforço e sem pesos. Depois de uma hora, vou embora feliz por estar recomeçando. Dali um tempo, começo a sentir as tais dores musculares, super bem localizadas: dos pés à cabeça sem escapar nadica de nada. Nem carecia de GPS!

Sabe quando a gente vai ao açougue e pede prá moer bem fininha a carne? É assim que está cada pedacinho da minha exuberância. MO-I-DI-NHA!

E eu pensando que um dia - nem faz tanto tempo assim - já fui elevada da categoria conservada para enxuta! (RR)