Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

UMA EXPLICAÇÃO QUE (me) FAZ NECESSÁRIA


(É longo, é -talvez- complicado, não tem nada de engraçado. Então, não invista seu tempo quando há milhares de postagens curtas, bem humoradas e leves para serem degustadas)
Lendo os comentários da postagem anterior percebi, mais uma vez, a dificuldade que tenho em trazer a minha prática clínica para esse espaço. Quando criei o Divã era essa minha intenção primária. Sem banalizar a teoria psicanalítica, sem a utilização exacerbada de termos técnicos quis trazer, para cá, temas que informasse, esclarecesse e que os fizessem refletir e abrir novas questões. Confesso que me foi, quando não uma tarefa inglória, frustrante. Desviei do meu objetivo por perceber a minha dificuldade de escrita, as interpretações equivocadas - quando dadas - e a ausência de comentários.  Essas entre outras tantas razões. Mea máxima culpa!
O tema abordado e compartilhado ontem com vocês é extremamente sério!  As imagens escolhidas foram, propositadamente, provocativas de... E foi somente o início -de uma grande meada- perdido, mas recuperado para esse 2011.
“A psicanálise entrou numa nova época” nos diz J.A.Miller no seu curso Um esforço de poesia (2002-2003). Quais seriam os sinais anunciadores desse novo tempo? Alguns já podem ser detectados. A cultura já não se ordena mais a partir dos ideais. Estes não estão mais no lugar de causa do desejo. Nesse lugar se instalou o ganho do gozo, ratificado pela chuva de objetos que caem sobre nossas cabeças, tornados acessíveis pelos mais diversos caminhos.
Dizer que a psicanálise entrou numa nova época é procurar identificar as exigências para que ela possa continuar sendo uma experiência que dá acesso ao real da existência.
Uma dessas exigências será a nossa capacidade de recuperar a autoridade da palavra, “seu dom oracular”, num mundo que cultiva cada vez mais a univocidade dos sentidos, que celebra o prosaico em detrimento do poético, que busca a todo o momento distinguir o útil e descartar o “inútil”. Como operar nesse contexto, quando sabemos que o gozo tende a se alojar naquilo que não serve para nada? Ganhou força entre nós o tema da psicanálise aplicada à terapêutica, pelo qual os analistas são convocados a definir os princípios de sua prática nos diversos espaços da polis. A partir do testemunho dos analistas inseridos nos diversos dispositivos institucionais criados para o tratamento do mal-estar, nos fazemos presentes.
A Clínica do consumo: fazer-se devorar, fazer-se drogar, fazer-se endividar. Clínica séria onde tentamos discutir as manifestações contemporâneas do consumo, ligadas à vertente pulsional de uma exigência incondicional de satisfação.
A medicina contemporânea, submetida ao imperativo de gozo consumista do discurso capitalista, tem funcionado como um relé entre os produtos descobertos pela ciência e a natureza mutável dos costumes.
A intervenção médica ficava, outrora, restrita aos processos das doenças, embora seja antiga uma ingerência ética visando à prevenção das enfermidades. De forma crescente, porém, ela ampliou o seu domínio. Foram incluídas experiências como a gravidez, o parto, a amamentação. Fases da vida, como a infância, a adolescência, o climatério, a senilidade. Atividades, como a alimentação, o sono, o trabalho, o sexo. Opções existenciais relacionadas à anatomia sexual. O ideal estético ligado à imagem corporal.
Entram em cena, desse modo, numerosas intervenções: cirurgias (as plásticas, os implantes, as próteses); medicamentos (inibidores de apetite, liberadores sexuais, hormônios – anabolizantes, virilizantes, feminilizantes); técnicas de embelezamento da medicina cosmética, entre outras.
A influência da medicina sobre os costumes tem contribuído para a criação e/ou para o encantamento de uma série de expressões: bebê de proveta, barriga de aluguel, reposição hormonal, congelamento de embrião, gravidez pós-menopausa, clonagem, ”top-modelismo”, fisiculturismo, rejuvenescimento, transexualismo, etc.
Com isso, o discurso médico tem apresentado uma variada oferta de produtos endereçados àqueles que buscam se esquivar da confrontação com a falta – mediante a reparação das incidências da falta como defeito no imaginário do corpo. Ao proceder assim, contribui para a ideia de que o ideal é realizável, de que a complementação é possível, de que a relação sexual existe.
Em A Ciência e a verdade, Lacan afirma que “... a psicanálise é essencialmente o que introduz na consideração científica o Nome-do-Pai...” O que, em outros termos, implica o princípio da castração; barrar o imperativo de gozo consumista, mostrar o furo no saber e não tamponar o mal-estar na civilização.
Sei que, para os que se deram ao trabalho de ler até aqui, deve ter sido, no mínimo, tarefa árdua e talvez um tanto incompreensível. Diferente do estilo,Divã de ser,a que estão habituados. Mas, se ficarem, pelo menos, com a falta fundante e existente em cada um de nós e que jamais será tamponada por qualquer dispositivo, já é um grande começo . E também por isso lhes direi: OBRIAGADA! (RR)

(Imagem: Karin Izumi e Google).
Trilha sonora : Filme/ Divã. Dedico esse post a cada paciente que, nesses 25 anos de práxis, me ensinou/ensina que "ainda há muitas coisas para arrumar"...

27 comentários:

  1. - Levei muito a sério sua postagem anterior, apesar do tom jocoso do meu comentário. E estou levando muito a sério esta mensagem - ou, poderia dizer, "sessão"?
    - Tão a sério que vou relê-la com mais vagar. Abraços, doutora Regina... e um beijo para ser dividido.

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  2. Re, sempre disse uma coisa para mim mesma. Não existem ecelentes profissionais que não sejam excelentes seres humanos.
    E você, me prova a cada dia, que estou certa.
    Delícia de dia que te conheci!!
    Eu amo essa sua multiplicidade do ser...
    Super beijo minha xará que me dá ainda mais orgulho de ter esse nome :D

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  3. Olá, Regina!
    Tem dia que é de paz, tem dia que é de luta!
    Bjs!
    Rike.

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  4. Li tudo até ao final. Um tema apaixonante para os entendidos, mas mais difícil para mim e os curiosos.Para além de ser médico é um ser humano.
    Quanto mais humano for melhor compreenderá os problemas de cada doente.
    Já nos basta o medo de enfrentar o médico.
    Um dos métodos para uma boa cura é cativar a simpatia do doente para que ele fale e se exponha.

    Haverá por certo muitas brincadeiras com um sabor sério, mas para essas coisas não faltarão entendidos.

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  5. Regina, o tema do post anterior é muito sério sim. Me abstive de comentar justamente por isso. Ontem a Simone me falou: Abandone seus textos depois de lançá-los no blog. E costumo mesmo fazer isso, tanto que nem comento os comentários... Dá preguicinha.
    O que quero dizer é que, se as pessoas não compreendem vez ou outra que o Divã é muito mais que um canto para se descontrair com o seu contagiante bom humor, paciência! Estás desempenhando maravilhosamente bem a missão de informar, de fazer uso de sua profissão e sapiência pra fazer melhor a vida alheia.

    Sinta-se orgulhosa!
    Nós estamos certamtente orgulhosos de ti.

    Beijos.
    Nunca comentei tão cedo assim... Misericórdia!

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  6. Bom dia ...
    ontem vim li, dividi um pouquinho de mim...
    e hoje volto leio e acho mais serio ainda...
    e eu particularmente acredito e tenho visto

    "que o Divã é bem mais que um canto para gente se descontrair com o seu bom humor"

    informações validas e que mexem com certeza com quem participa ou ja viveu coisa parecida...

    beijo querida...

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  7. Perfeito! Principalmente no que diz respeito à oferta de 'produtos' que hoje facilitam(?)a vida de quem não se olha honestamente no espelho da vida. O prazer imediato, em uma sociedade hedonista que não aprofunda nada, mascara o vazio mais profundo; enfrentá-lo dispensaria tantas intervenções desnecessárias. Fazer o quê? Há profissionais e profissionais e sempre tem alguém que tira proveito da, digamos, morte do desejo.
    É assunto da maior seriedade e merece ser abordado em divã de gente séria como você, Rê querida. Valeu! Beijos, Angelinha

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Regina,
    Apesar de 'frequentar' há pouco tempo o teu blog, quero que saibas que acho tuas abordagens e estilo de escrita espetaculares. Aliás, aproveito a oportunidade para te parabenizar por isso.
    Particularmente, faço terapia há quase 1 ano e meio e o meu blog foi criado justamente para dar vazão a pensamentos, angústias, dúvidas e outros questionamentos (em meio a muita bobajada que de vez em quando posto por la também... rsss).
    Um beijo a você e keep writting!

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  10. Acredito eu que essa chuva de ofertas e produtos seja uma coisa que nao tem mais volta,,,estaremos sempre a ser atacados por eles...invadidos....beijos de bom dia pra ti querida.

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  11. As mudanças ocorrem em todos os campos, na psicanálise inclusive pela necessidade de avaliar padrões comportamentais que mudam de era em era. A diferença é que no nosso atual momento as coisas são mais rápidas, efêmeras, descartáveis, e tudo que deriva disso normalmente se transforma em lixo. A sociedade de consumo tem seu fim decretado, dado como certo em algum momento próximo, quando finalmente poderemos iniciar um ciclo mais real, próximo, menos virtual. Nem meus netos estarão aqui pra ver... Feliz 2011 pra ti, Rê, que o ano seja repleto de realizações e alegrias. Bjos!

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  12. Eu confesso ser um incorrigível debochado, as vezes irônico e outros adjetivos além. Não perco o jeito de mandar minhas mensagens dessa maneira, apesar de quem sacar mais profundamente irá perceber que falo sério.
    Suas publicações são de grande importância, isso é fato.
    E eu, bem...sei lá. Mas tento.
    Bjs.

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  13. Excelente postagem linda...

    Bjuxxxx no coração...

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  14. Bem, sobre o seu texto anterior, como você deve ter notado,meu comentário foi bem sério.
    Só brinquei sobre o estímulo visual representado pelas fotos das iguarias, coisa que também atua no cérebro, e não há cirurgia que resolva.
    Parabéns pela sua dedicação!

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  15. Rê,
    sua postagem anterior e essa também, estão diretamente de encontro com o ser emocional que somos, muito além de intervenções cirúrgicas, dietas miraculosas ou medicamentos.
    Claro, que você com seu conhecimento nos deu uma aula e tanto. Eu adoro a psicanálise, Freud e tudo que diz respeito ao inconsciente. Não sou nenhuma psicanada, mas admiro e sempre fui muito fascinada pelo tema. Pena que acabei com uma formação um pouco diferente,rs.

    Beijos querida !

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  16. Rê,
    Você tem abordado de maneira perfeita o que tem a ver com tua área.
    Teu lado profissional é sério e isso é sentido em cada palavra escrita.
    Não desista, insista.
    Aos poucos tua intenção vai tomando forma.
    Tentamos fugir um pouco do sério e isso pode te dar a impressão de que não foi entendida, mas com certeza em algum ponto vc tocou e tocou fundo.
    Tem muita gente precisando desse divã e de alguém assim como você pra orientar.
    Meu carinho pra você.
    Zizi

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  17. Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão ...

    Beijinho.

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  18. VOLTEI DE NOVO E LI AGORA E COM MAIS CALMA ENTEND DE VERDADE TUDO QUE EXPLICOU E VO TE FALAR ETA ANJA PSCOLOGA BOA PRA DANA...SE NUM QUER ABRIR UM ATENDIMENTO VIRTUAL EU MESMO QUERIA TER ALGUEM COMO VOCE PRA ME AJUDAR ENTENDER O MUDNO TEM DIAS QUE TA DIFICL ANJA?!!PENSO ATE EM DESISTIR DE ENTENDER AS PESSOAS O MUNDO E QUANTO AOS 2 POSTS ...M A R A V I L H O S O S COMO TODOS QUE TEM POR AQUI NESTE DIVÃ QUE ADORO DEITAR E ME ACOMODAR PRA ME ENTENDER MELHOR SRSR SRSR BEIJOS

    OTILIA
    ANJA QUERIDA ..

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  19. QUANTO AOS PROBLEMAS A SEREM TRATADOS COMO OBESIDADE ESSE COMERCIO DE CIRURGIAS QUE VEM TORNANDO AS PESSOAS MAIS ESCREVAS E MAIS PREGRUIÇOAS QUE COM UMA PLASTICA ELAS RESOLVEM TODOS PROBLEMAS...ISSO É POR DEMAIS DESASTROSOS ..TENHO AQUI MESMO UM EXEMPLO UMA MULHER FOI REPARAR UM LUGAR DO CORPO QUE NEM ERA TÃO SERIO E MORREU DEIXOU DUAS FILHAS DE 18 E 20 ANOS ISSO ACONTECE SEMPRE..TODOS OS DIAS ..AS MULHERES MARCAM PLASTICAS COMO MARACM MANICURE EU MORRO DE MEDO FALAR QUE NÃO TENHO VONTADE DE FAZER UMA CIRURGIA REPARADORA SERIA MENTIROSO DA MINHA APRTE MAS EU HEIM ENTRE MINHA VIDA COM MEUS FILHOS MARIDO MÃE IRMÃS EE MORTE BEIRANDO UMA MESA SEM NECESSIDADE EU FICO COM MINHA FAMILIA POIS É MAIS SEGURO E QUEM ME AMA ME ACIETA DO JEITO QUE SOU..AFINAL ACEITAMOS TODOS NÉ COMO ESTÃO??!!OS HOMENS TAMBEM MUDAM E A GENTE AMA CADA DIA MAIS NÃO É?:NOSSOS MARIDO ...POR FIM..TUDO QUE EXPLICOU EU ENTENDI E MAIS UMA LIÇÃO DE LEVAR PRA VIDA COM A MAXIMA SERIEDADE ..COMO MEMEM TAMBEM TENHO ORGULHO DE SEGUIR VOCE E MAIS AINDA DE ME SEGUIR UMA HONRA ANJA AMIGA RE..

    OTILIA

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  20. TENHO UM SERIO DEFEITO DE FABRICA TROCO AS LETRAS DA MERRECA DO PC..E TENHO PREGUIÇA DE CORRIGIR PODE??!!!

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  21. "E também por isso lhes direi: OBRIAGADA! (RR)"
    ...
    No final de ler tão extenso texto fiquei com a dúvida: É para ter dito "obrigada" ou "embriagada"? (Rss)
    ...
    No "divâ" estendido chego à conclusão que a análise feita tem fundamento. Hoje em dia este mundo não liga peva a problemas sociológicos, filosóficos e psicológicos.
    É a cultura do facilitismo, do consumismo, do exibicionismo. dos BBB's, dos artistas a martelo, das vulgaridades, do "tudo é permitido".
    No meu blogue, vendo que a situação assim se apresenta, tento não ser muito profundo (nem longo) nos textos. Talvez por isso é que os "amigos virtuais" comuns por lá andam e comentam regularmente. Posso dizer que são poucos, mas são bons, como a Denise, o Guará e alguns outros.
    A cultura daa "eterna juventude esticada" praticada pelas pessoas que não sabem envelhecer, tornou-se um símbolo corrente, de como quem "bebe um copo de água".
    Tudo tão normal, que já nem se aprofundam os pensamentos, os conceitos, as funções, e as fórmulas. Todos os meios aplicados justificam os fins a que se destinam. E os destinos, no seu ponto primordial- os fins, não primam por profundos pensamentos determinantes. Não pensam nisso porque dá muito trabalho. Para eles, trabalho é conceito fora da vulgaridade.
    Hoje em dia, apenas querem emprego, não querem trabalho. E se dá muito que pensar, preferem coisas cómodas e fáceis.
    Enfim... para quem não costuma escrever muito, acho que me alonguei. Creio que este "divã" está a me fazer delirar. Que droga usou em mim?

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  22. Joe formiga das grandes e que trabalha bem como elas, amado!
    Como é novo de Divã me cabe esclarecer que leu perfeitamente bem: OBRIAGADA= gratidão embriagada pela VIDA, essa que vale a pena de ser vivida!!! E isso é uma longa história rsrs então habitue-se com o termo, e caso tenhas tb, use e abuse ( não cobro royalties rsrs). Que a droga que usei surta efeito bem prolongado... vou amar, viu?!
    Beijuuss n.c.

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  23. Repito o que escrevi no post anterior: que bela lição! E por quê? Sempre que sento no seu divâ, aprendo muito consigo.

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  24. Regina, não li seu post anterior, não por descaso, mas tem dias que não leio nem o que eu escrevo...
    É assim, tem dia que dá, tem dia que não dá'
    Mas, voce, brincando ou não tem sabedoria e conhecimento, e é sua obrigação dividi-lo.

    Cuidar da mente para mim vai além de uma power yoga , cuidar do corpo, vai além de se enfiar em a academias, e ficar bombado[a]. Para tanto, a milenios,existem profissionais como voce.

    Sabe, existem pessoas que incentivam a 'lambeções de feridas', enquanto, o que cura é as expor e trata-las...
    Continue cumprindo com o que vc propos, acho que realemente este é o seu chamado.

    Vamos em frente.
    Beijos sinceros.

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  25. Rê amada minha

    ontem não li nada..só vi as fotos...eu estava com muita fome..tinha acabado de chegar..não foi descaso..eu ia voltar e ler...mas só voltei hoje..e estou vermelha de vergonha..perdoa eu???

    beijocas

    Loisane

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  26. Atingido, quase fatalmente, pelo "obriagado", tão ostensivamente compreeensivo, quase um derivativo do italiano "ubriaco". São pequenas coisas que me fazem embriagar nas palavras e que resultam na prece e no desejo: "O divã nosso de cada dia nos dai hoje"; e, que eternamente eu possa voltar aqui (sem promessa) quase diariamente. Estou a ver que este exercício vai virar "pão para a boca e alimento para a alma".
    Certamente que vou amar voltar aqui e descobrir que as suas/minhas palavras se entrelaçam.
    Para você também "chochos" n.c..

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  27. Re,
    Sem Palavras pro seu texto!
    Belo! Belissimo!

    A psicálise é pra quem gosta. Acho que além disso:pra quem acredita.Nós que "conhecemos" a psicanálise sabemos que o "analista vai aos poucos se formando a partir do analisando." Por isso a aprendizagem com nossos pacientes

    E mais do que nunca a nova psicanálise (como Lacan já nos dizia: "nao há uma psicanálise didática") nos dá a dimensão que a análise deixe vestígios que façam sonhar. Não que antes nao era assim. Mas nos dias de hoje ela nos ensina a encontrar a verdade, a nossa verdade! Como diz o escritor René Char: " Um poeta deve deixar vestígios de sua passagem, e não provas. Só os vestigios fazem sonhar."

    E viva o Gozo fálico!!!


    E eu tambem deixo o meu OBRIGADA!!!!
    Parabéns pelo texto!
    Nos traga mais momentos assim, viu?

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