Meu sobrinho Gustavo se casa no próximo sábado. Filho primogênito da minha irmã Janete e daquele meu cunhado, Jorge, que já escrevi aqui. Momento de muitos preparativos, de toda a família reunida, amigos, e claro, a alegria que envolve ocasiões como essa. Não posso deixar de pensar nos inúmeros casais que já atendi e atendo em minha clínica. Através de autores da Antiguidade, a mitologia greco-romana nos transmite a seguinte história: “Em uma diferente civilização, os seres possuíam duas cabeças, quatro braços e pernas e dois corpos distintos – masculino e feminino – mas com apenas uma alma... Viviam em pleno amor e harmonia, e justamente esse equilíbrio provocou a inveja e a ira de alguns deuses do Olimpo. Enfurecidos, enviaram àquela civilização uma tormenta repleta de trovões e relâmpagos, que dividiram os corpos, separando a parte feminina da masculina e repartindo a alma ao meio... Diz à lenda que até hoje os seres lutam na busca de sua outra metade, a sua alma gêmea”. Essa crença, por incrível que possa parecer, é cultivada até hoje numa procura ansiosa e idealizada de encontrar essa “alma afim”. Em O mal-estar na cultura, Freud salientou que, embora consideremos o amor como a nossa mais poderosa fonte de prazer, “nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desamparadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor”.
O que pode acontecer então após um casamento, onde ambos crêem que encontraram sua cara-metade? Há um enquadramento da imagem inconsciente do amado, isto é, a maneira pela qual imaginamos o amado, não mais segundo nossos afetos, mas segundo nossos valores. Penso nos diversos ideais que, às vezes sem saber, atribuímos à pessoa do eleito. Ancoramos e desenvolvemos o nosso apego conservando no horizonte esses ideais implícitos. Ideais muitas vezes exagerados, até infantis, constantemente reajustados pelas limitações inerentes às necessidades (corpo), à demanda (neurose) e ao desejo do outro. Ora, quais são esses ideais situados na encruzilhada do simbólico e do imaginário? Eis os principais:
• Meu eleito deve ser único e insubstituível;
• Deve permanecer invariável, isto é, não mudar nunca, a menos que nós próprios o mudemos;
• Deve sobreviver inalterável, à paixão do nosso amor devorador ou do nosso ódio destruidor;
• Deve depender do nosso amor, deixar-se possuir e mostrar-se sempre disponível para satisfazer nossos caprichos;
• Mas, mesmo sendo submisso, deve saber conservar a sua autonomia, para não nos estorvar...
Expectativas tão exageradas só podem acentuar o afastamento entre a satisfação sonhada do desejo e a sua insatisfação efetiva. Isso gera se-pa-ra-ção!
Assim, Gu e Branquinha, a Tia deseja que vocês já saibam que amar não significa esperar que alguém satisfaça todos os anseios e necessidades que cabe, só, a cada um de vocês satisfazer. Alma gêmea é mito que até pode se tornar realidade... Dependerá só de vocês, muitos anos depois desse dia mágico que, no próximo sábado, se eternizará. Desejo ainda que se lembrem: Se (jam) par ação! Juntos, individualmente, lado a lado, agindo para serem FELIZES!!!! Com amor, infinito, da Tia Regina.
O casamento simplifica a vida e complica o dia ...
ResponderExcluirrsrsrsrsrsrs.
Beijo.
Regis tem mais uma dica boa proce passar pros pombinhos. Anotei essa semana: "Você deve se casar com quem gosta de conversar, porque é isso o que fica."
ResponderExcluirVc sabe o que penso sobre casamento....rs
bjins
eidia
http://www.oquevivipelomundo.blogspot.com
Para mim o casamento é um acordo entre duas pessoas. Até aqui era de sexos diferentes mas agora já há quem aceite sexos iguais.
ResponderExcluirQuando há um acordo o mesmo deve ser respeitado e cumprido. Quando as partes não se entendem devem procurar ver em conjunto qual a melhor solução para o seu caso.
Um casamento funciona quando ambos se amam e todos os dias partilham os seus corpos e as suas preocupações, principalmente - os filhos.
Beijos e uma boa festa
Manuel, amado!
ResponderExcluirSe complica ou simplifica é necessário que o PAR assim queira.
Beijuuss n.c.
Ieda, amada!
Essa já é "velha"...foi assim que Sherazade (Mil e uma noites) não foi morta, depois de uma noite de sexo...ela contava e nunca terminava histórias ao Rei, deixando-o curioso pelo próximo capítulo rsrs. É a palavra, amiga, que sempre nos prende...
Beijuuss n.c.
Luis, amado!
Ainda bem que os tempos mudaram, não é mesmo? Realmente o que importa, pelo menos para mim, é o respeito, o companheirismo e claro o amor! O resto, bem... o resto é detalhe a ser administrado.
Beijuuss n.c.
Ei Regina querida!!! Obrigada pelo recadinho carinhoso no meu Blog e por me dar a honra de ser minha seguidora!!! Acredite, vc foi uma inspiradora pra eu me aventurar por esse mundo "bloguiástico",rsrs Afinal, sei que, assim como eu, você também não é, ou melhor, não era, adepta a essas novas tecnologias! E, no entanto, seu Blog está aí dando um show!!! Cada dia melhor!!! Quem sabe um dia não chego lá, né? Pode deixar que quando eu chegar vamos marcar outro chope pra eu contar todos os delahes da viagem!!!
ResponderExcluirBeijo na alma... Com muitas saudades
Para um casamento dar sempre certo...seria cada um viver na sua própria casa, essa coisa de juntar os trapimhos como se diz por cá, só serve para armar confusão :D
ResponderExcluirO casamento é a união de dois bons perdoadores.
ResponderExcluirQuerida não me esqueci de vc não e como poderia?
Quanto ao selinho amaria receber, Coloco todos no Gotinhas meu outro blog.
http://gotinhasdeternura.blogspot.com/
Pode ter certeza que assim que me presentear ele irá pra lá com todo meu carinho. Bjos achocolatados
Nayara,minha linda, amadíssima, chiquetérrima!!!
ResponderExcluirSer sua perseguidora é facim, facim rsrs Se foi euzinha que te inspirei...nauuummm sei nauuumm rsrs Mas depois de um ano "batalhando" a gente tem que evoluir na catiguria de BIOS rsrsrs. Vamos ficar bebunzinhas de tantos chopes...então vai tratando de contar tudim no blog, viu?
Beijuuss, verdes-amarelos, já na torcida n.c.
Isa, amada!
Tava com saudades... Querida, todos tem o direito, ainda mais quando são jovens, de viver essa experiência de juntar os trapinhos. Se não dá certo prá alguns, não significa que é assim prá todos! Para meus sobrinhos, sei que vai ser um ESPETÁCULO, pois vão construir dia-a-dia, sem idealizações,a arte de viver com os trapinhos bem juntos! No mais, ainda vou querer ganhar muitos sobrinho(a)s neto(a)s rsrs
Beijuuss n.c.
Sandra,amada!
Que bom revê-la aqui!!! Provavelmente vc já deve ter ele, mas não importa, né? Lembrei-me de vc e do seu carinho.
Beijuuss n.c.
Rê, o casamento é uma viagem ao desconhecido. A Eidia tem completa razão. Eles devem conversar muito, aparar as arestas, não acumular pequenas mágoas que um dia poderão explodir aparentemente sem motivos.
ResponderExcluirE por último, não devem se esquecer de agradecer a Deus pelo caminho já trilhado, pedindo bênçãos para o que há de vir.
Que sejam felizes, que se amem, que conversem, que vivam e que sejam imensamente felizes.
JC, amado!
ResponderExcluirPois não é!!! A conversa, o prazer do "bate-papo", aquela delícia que é quando a gente percebe que... "puxa vc viu que horas são"? realmente mantém a continuidade do casamento. Quanto às bençãos, D'US já as derramou e continua fazendo, desde o dia que os uniu. E agora, além DELE e ao lado DELE, tem a vovó Lucy que "fazia um gosto só" protegendo-os e abençoando-os diariamente. Obriagada pelo seu carinho e votos.
Beijuuss n.c.
Olá Rê, querida:
ResponderExcluirA ISA tirou-me as palavras e pouco há a acrescentar, só uns parêntesis.
" juntar os trapimhos como se diz por cá, só serve para a(r)mar confusão "
Ao Gu e Branquinha, desejo sinceramente que todas as suas expectativas, dentro do possível se concretizem em muita felicidade.
Beijo e kandandos a atravessar tanto mar, para ti.