Os pensamentos obsessivos, como sintomas, são estudados nas alterações do conteúdo do pensamento. São determinadas idéias de caráter obrigatório e impostas ao indivíduo, independente de sua vontade, mesmo sendo contrárias aos argumentos de sua lógica e de seu juízo. No transtorno obsessivo compulsivo esses impulsos obsessivos, e conseqüentes compulsões delas decorrentes, são suficientemente intensas para causar sofrimento acentuado, consumir tempo, interferir significativamente na rotina normal da pessoa, no funcionamento ocupacional ou nas atividades e relacionamentos sociais. As compulsões são comportamentos repetitivos e intencionais (apesar de quase involuntários) desempenhados em resposta à idéia obsessiva e com a finalidade de prevenir o desconforto de um suposto acontecimento terrível. Os atos compulsivos são ritualísticos, estereotipados e absurdos e, caso não sejam realizados a contento, a ansiedade acoplada à idéia obsessiva acerca de algum provável acontecimento desagradável passa a incomodar muito o paciente. Normalmente tais atos compulsivos envolvem atitudes de higiene, como, por exemplo, lavar as mãos, limpar coisas metodicamente, ou atitudes de contar, conferir, arrumar. Outras vezes, implicam em tocar ou olhar objetos de maneira ritualística. Tipos de rituais mais freqüentes:
1. Rituais de limpeza e de lavagem. Os pacientes podem chegar a lavar as mãos 20 ou 30 vezes ao dia, ou tomar banho durante diversas horas;
2. Rituais de recontagem. Os pacientes repetem ações um certo número de vezes, a fim de prevenir sucessos indesejados. O número de vezes pode ser estabelecido por números incalculáveis;
3. Rituais de comprovação. Os pacientes comprovam repetidamente se a porta está fechada, se o forno está apagado, se a tomada está desligada,etc. Em outros casos, realizam-se comprovações para segurança de não sofrerem nenhuma doença;
4. Comportamentos meticulosos. Os pacientes se asseguram de que os objetos estão na ordem adequada, ou colocados de forma simétrica.
Muito passar tudo isso, a quem não tem acesso.
ResponderExcluirParabéns!
beejo
Gleidi colega, que bom que gostou! Vou tentando, devagarinho, como já disse, esclarecer e simplificar a psicanálise. Quanta pretensão a minha né? Que meu amado Freud não revire no túmulo rsrsrs.
ResponderExcluirBeijuuss n.c.
Pois... Obsessão, às vezes, deságua em poesia, em arte e quejandos. Pena que o "divã" não estivesse lá. Pelo que sei, andava às voltas por Londres, quem sabe, recolhendo algumas "lembranças encobridoras" para mais um "romance familiar". Tem nada não. O chão que ele pisou é o mesmo. Alguns móveis, os livros, papéis autógrafos, objetos: um chapéu, um guarda-chuva e uma bengala. Ah... e vi a famosa Gradiva, a do pé que s elevanta em passo leve... Doces lembranças, momentos energeticamente reveladores e gratificantes. Estatuetas e baús, tapetes e luminárias: original!
ResponderExcluirNossa, eu já tinha lido sobre esse assunto. A filha da minha senhoria tem mania de limpeza e vive varrendo, a coisa é tão maluca que ela paga uma faxineira e ela é quem limpa toda a casa, a mulher quese não faz nada. Pensei até em dar-lhe de presente de Natal uma vassoura (rs). Tô brincando, mas é sério.
ResponderExcluirBeijo grande.
Foreaux amigo
ResponderExcluirViena!!!! Tô roxa de inveja rsrsrs. Ainda chego até aí...Londres é a segunda parte da história do "Homem", né?
Beijuuss n.c.
Sil Amada
ResponderExcluirÉ sério messssmo e vc não faz idéia como sofrem os portadores de TOC. Nosso "rei" Roberto Carlos é um deles e só recentemente enfrentou essa fera de nome TOC.
Beijuuss n.c.
Regina, "íntima" amiga,
ResponderExcluir(Tenho uma filha com o nome de Regina Maria - raínha 2 vezes)
Também pode ser obsessão por uma determinada pessoa, uma namorada por exemplo, que a partir de certa altura se desinteressa pelo namoro. Daí tudo se pode precipitar e extremar. Pode reagir-se negativamente a esse sofrimento e passá-lo a ver muito de perto, preenchendo-nos e dominando-nos completamente. Depois tudo de menos bom pode acontecer...
Li o seu "post" com a atenção e a compreensão possíveis. Foi bom. Permitiu-me um desabafo, não relacionado directamente comigo mas que me tocou muito perto, perto demais. Obrigado.
Bjis
Eiii Jorge
ResponderExcluirQue "coincidência" uma filha com o mesmo nome!Relacionamentos amorosos podem, sim, conter comportamentos obsessivos. Fico feliz em saber, que o post possibilitou algum tipo de desabafo. Pois não é assim que me sinto, tb, ao ler coisas maravilhosas nessa blogosfera fantástica!?!
Beijuuss n.c.
Neste blog tudo ´*****.
ResponderExcluirBeijos.
Ei Manuel
ResponderExcluirObrigada por sua presença aqui neste meu cantinho.
Beijuuss n.c.
Penso que as imposições são más, pois obrigam o indivíduo a ser mecânico.
ResponderExcluirQuando queremos que façam alguma coisa devemos ensinar-lhe porquê e qual o seu valor.
Um principio da educação moderna é ensinar a construir sem impor.
Se amarmos o que fazemos certamente os resultados serão os melhores.
Estive por aqui silenciosamente um pouco mais cedo, me encantei imediatamente e tratei logo de me tornar uma seguidora. Estou retornando para agradecer sinceramente suas palavras, as que aqui se encontram e as que me foram dirigidas. Gosto de gente inteligente e de bom gosto, encontrei aqui uma combinação genial destes ingredientes. Volto porque tenho em mim um apetite insaciável por aquilo que me (co)move. Beijos
ResponderExcluirAlguns meses atrás fui ao teatro assistir a uma peça chamada "concerto á la carte" com uma fabulosa actriz portuguea chamada Ana Bustorff. http://www.theatrocirco.com/agenda/evento.php?id=409
ResponderExcluirUma peça atípica feita em jeito de monólogo silencioso se assim se pode dizer já que a actriz está sozinha em palco e não fala, apenas se movimenta no palco.Assistimos aos rituais quase maníacos de uma mulher vivendo sozinha...todos os rituais de uma mulher que vive só faz quando chega a casa, no final de um dia de trabalho.foi assustador e muito revelador identificar certos comportamentos que eu própria tenho quando chego a casa...ou seja toc's todos nós temos, mas em intensidades diferentes...graças a Deus...também me lembra o papel do jack Nicholson no filme as good as it gets...
um abraço!
Olá Regina,
ResponderExcluirLi algumas vezes o texto, pois que nestas coisas queremos logo comparar se nossos comportamentos estão a ser obsessivos ou se estão dentro dum padrão normal. Quem sou eu para fazer tal análise, mas...
Por vezes dou comigo repetindo a olhadela que já dei anteriormente sobre uma qualquer questão e certificar-me de que está tudo correcto, mas vejo que isso se prende mais com a cabeça de ("alho chocho"), falhas de memória, que vão sendo cada vez mais frequentes. Faz-me confusão estar num ambiente de desorganização, desarumado ou menos limpo, mas não chego aos exageros que tenho visto em algumas pessoas. Tem de haver limites.
São um bónus, estes assuntos tratados de forma simplificada para que possamos entender melhor, sem aqueles aspectos mais técnicos que o comum mortal não entenderia.
Informação de qualidade e muito bem vinda.
Claro que também passei por cá para te cumprimentar enviando um beijo carinhoso e um kandando apertadinho a atravessar tanto mar para ti querida amiga
Ana
ResponderExcluirFico muito felizzz que tenha encontrado um cantinho a mais para podermos trocar...Percebi em seu blog "seu apetite insaciável pelas coisas que te (co)movem". Muito lindo!!!
Beijuuss n.c.
Isabel
ResponderExcluirEssa peça que assistiu deve ter sido no mínimo instigante. Todos nós temos algumas manias, rituais para "facilitar" nosso dia-a-dia. Isso não é problema! Só se torna quando o sujeito tem um gasto energético muito maior do que suas reservas. Super bem lembrado o filme com Jack Nicholson que aliás, interpreta de maneira ímpar seu personagem, portador de TOC. Quem não assistiu deveria ver, pois é bacanérrimo.
Beijuuss n.c.
Precisa de cuidados para que não torna-se algo + agravante.
ResponderExcluirAdorei seu blog
já estou seguindo
bjs
Joicinha
Kimbanda Amado
ResponderExcluirQuanto às falhas de memória, fazem parte do que chamo de "Síndrome de P.I.A" (tem um post com o mesmo nome em 12/10/09 que irá "arrancar" algumas risadas suas). Quanto à organização e limpeza, também não vivo sem elas, até porque funciono melhor com tudo organizado rsrsrs. Quanto a esses elogios...não sei se sou merecedora deles... Estou tentando simplificar aquilo que acredito ser possível, dentro de tema tão árido. Com a sua ajuda e de todos os meus novos amigos, quem sabe, um dia chego lá.
Beijuuss no seu coração recheados com meu carinho e amizade
Eiii Joicinha
ResponderExcluirSeja muito bem vinda!!! Fico felizzzz que tenha gostado desse cantinho e iremos, com certeza, fazer muitas trocas!
Beijuuss n.c.