Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

FREUD NO COTIDIANO: SONHO E HISTÉRICO


A personalidade histérica é caracterizada por um comportamento dramático e extrovertido que se apresenta sempre exuberante. É um dos únicos distúrbios de personalidade mais freqüentes no sexo feminino, onde apresentam uma tendência de comportamento em busca de atenção. Os histéricos tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não serem o centro das atenções ou quando não recebem elogios e aprovações. Frequentemente animados e dramáticos tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, encantar por seu entusiasmo, aparente fraqueza ou capacidade de sedução. Tais qualidades, contudo, perdem sua força à medida que exigem o papel de “dono da festa”. Geralmente são muito vaidosos, egocêntricos, exibicionistas e dramáticos. Como precisam mostrar aquilo que não são realmente, fazem teatro para si e para os outros. Em meio a tantos devaneios, chegam a perder a noção do real, chegando a acreditarem em suas próprias encenações.
Às vezes, devido a sua excepcional teatralidade, esta tendência em polarizar as atenções é perfeitamente dissimulada sob o papel de coitadinho, ou de um retraimento social tão lamentável que é capaz de chamar mais a atenção que uma participação mais normal.


Os sonhos são os binóculos através dos quais a pessoa que sonha pode tornar mais próximos os espectros longínquos que rondam seu inconsciente. Os sonhos servem a um duplo propósito: são uma válvula de segurança da emoção recalcada e guardiões do sono. Os sonhos não são nunca o que parecem ser. O creme de um sonho não está naquilo que se passa dentro dele, mas no que surge à mente em cada detalhe do sonho; isso representa um símbolo da camada mais profunda dos sonhos. Cada sonho, além de realizar um desejo recalcado da infância, também revela a trama de uma recente impressão dentro da memória, seja um desejo ou impulso. Isso ocorre porque é uma recente impressão, desejo ou impulso que dá ao inconsciente o ponto de apoio imprescindível a que possa emergir a consciência, segundo Freud. Por que os sonhos são considerados desejos? Porque é o desejo que põe em movimento nossa máquina psíquica, como assinala Freud. Agimos de acordo com nossos desejos. Uma parte delicada e complicada de nossa mente, relacionada com os nossos desejos mais profundos, opera independentemente da consciência e nos conta os seus desejos através dos sonhos.

2 comentários:

  1. Olá querida Regina.
    Desejos tenho muitos e como eu gostava de ter a percepção de com eles sonhar. Sonho de certeza absoluta, mas como tenho dificuldade em arranjar sono, quando "mergulho" é uma pedra e só muito raramente me lembro de sonhar, (a não ser acordado ehehe), esta última parte era a brincar mas o resto é pura verdade.
    Um excelente F.D.S. e claro um kandandu apertadinho a atravessar tanto mar.

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  2. Kimbanda já amado amigo
    Os "melhores" sonhos são aqueles que sonhamos acordados messssmo e nos colocamos a concretizá-los! Os outros são fontes inegostáveis para nos conhecermos e nos compreendermos melhor. Assim podemos estar de uma maneira mais genuína nessa arte do bem viver.
    Beijuuss n.c do lado de cá do Atlântico

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