Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

FÉ NEM UM POUCO ESTRANHA



Já contei pra vocês da Casa do Richard e como sou agradecida por ter encontrado esse lugar e, principalmente, me encontrado lá. Há cerca de 15 anos – quando passei a trabalhar num hospital geral – eu precisei trazer a espiritualidade, não a religião, pra dentro da minha vida, pra me ajudar a compreender e sustentar tudo que via e ouvia. Comecei a ler, estudar... De tudo, as opiniões de Krishnamurti – filósofo indiano – mexeram  de um jeito diferente, com minhas convicções de até então. Em sua opinião devemos questionar todos os nossos pressupostos a respeito da vida e do viver – a respeito da natureza dos nossos relacionamentos, da nossa sociedade, de nós mesmos, do que esperamos e aceitamos. O mundo não é estático. O que pensamos e fazemos não é a mesma coisa que as pessoas pensavam e faziam há um século.
Nunca consegui entender o porquê que quando adoecemos, é a hora escolhida de examinarmos questões essenciais: o mistério do nascimento e da morte, o significado da nossa existência neste planeta, o destino da espécie humana, as condições que criaram um universo harmonioso, a natureza do espírito e da alma. Nesses anos todos de trabalho num hospital, presenciei pessoas de todas as fés religiosas recorrerem à oração, em busca de serenidade e consolo, e que pode ser um grande alívio, especialmente em tempos de doença e de morte. Mesmo que você já tenha um forte alicerce espiritual, você sempre pode se beneficiar de uma ajuda a mais para lidar com o estresse de uma doença grave. Técnicas de relaxamento ajudam muitas pessoas a se manterem equilibradas quando estão angustiadas. A psicoterapia também pode ser uma ajuda valiosa, já que se destina a ajudar as pessoas a sentirem ligadas à vida ou em sintonia com ela. E pode haver ocasiões em que medicamentos sejam necessários para ajudar a pessoa a recuperar seu equilíbrio emocional e mantê-lo.

Não existe uma fórmula única que funcione para todos.  Mas, não pare de procurar até encontrar o caminho que é adequado para você. Procure as respostas para as questões eternas e essenciais sobre a vida e a morte, mas prepare-se, também, para não encontra-las. Enquanto isso... usufrua da busca!



2 comentários:

  1. Regis, tem uma frase que ouvi há uns tempos atrás e tô sempre citando pq acho o máximo, e tem tudo a ver com o que vc disse aí acima:
    "Ainda bem que a gente adoece, porque senão morria direto". Boa né?
    bjins
    eidia

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  2. Ieda Amada
    A frase é bacana mesmo! Só queria entender, nesse mundaréu de perguntas que habitam minha caixola, por conta de quê, que neguinho precisa passar por um sufoco danado prá se aproximar de D'US. Mas vou fazendo o meu trabalho...que nem formiguinha. Beijuuss n.c.

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