Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DEMÊNCIA



Antigamente ouvíamos falar de um vovô, vovó ou tio que estava “gagá”. Hoje quando você ouve falar que alguém está “esclerosado”, em geral está ouvindo falar de alguém, provavelmente com mais de 65 anos, com alteração de memória e comportamento. A “esclerose” é uma confusão mental que começa devagar e, geralmente, progride de maneira lenta. O termo é inadequado, porque dá a impressão que os sintomas estão acontecendo por má circulação cerebral, o que não é verdade na maioria dos casos.

Um outro nome utilizado em relação a essas pessoas é senilidade, também inadequado porque indica que o envelhecimento obrigatoriamente é acompanhado por alterações mentais, uma noção falsa – com certeza você conhece ou tem papais, mamães, vovôs e vovós em idade avançada que são perfeitamente lúcidas. Em medicina, este tipo de alteração é conhecido como demência. É importante observar que quando falamos em demência, estamos falando dos sintomas, isto é, das alterações de memória, linguagem e comportamento que progridem lentamente, e não são causas destas alterações. Da mesma maneira que o sintoma febre tanto pode significar uma gripe como uma pneumonia, a demência tem várias causas possíveis.
Algumas das causas de demência podem ser reversíveis, como a demência associada a doenças da tireóide ou por deficiência de vitamina B, onde o tratamento pode fazer com que a pessoa volte ao seu estado normal. Infelizmente para a maioria das demências as perspectivas não são tão boas assim e ainda não existe tratamento que possa trazer a cura.
A mais freqüente, e amplamente divulgada, é a Doença de Alzheimer que à medida que a idade avança, pode atingir entre 20 e 25% das pessoas com mais de 80 anos. Por outro lado, significa que, mesmo em idade muito avançada, a maioria das pessoas NÃO vai apresentar demência. Abaixo a relação das causas de demência.

     CAUSAS DE DEMÊNCIA:


  • Doença de Alzheimer;
    •  Demência vascular;

    • Demência mista (Alzheimer e vascular);

    •  Doenças de tireóide;

    •  Doenças de paratireóide;

    •  Hidrocefalia de pressão normal;

    •  Deficiência de vitamina B;

    •  Sífilis do sistema nervoso central;

    •  AIDS;

    • Tumores de cérebro;

    • Demência associada a doenças neurológicas, como a doença de Parkinson e Coréia de Huntington;

    • Outras doenças degenerativas do cérebro, como a doença de Pick. Continua...


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