Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. Nem por um instante nos separamos do que realmente somos e, por mais difícil que seja, não controlamos cem por cento nossas atitudes. Se Freud, após 40 anos de estudo da mente humana, continuou com várias dúvidas sobre o ser humano, quem sou eu ou você para julgar as “crises histéricas” da melhor amiga? Só Freud explica!?!
Coisas simples que todos vivemos,pensamos,sentimos e nem sempre conseguimos partilhar. Assuntos, temas, extraídos da minha experiência clínica e do meu cotidiano. Em alguns você pensará: tô fora... Em outros: tô dentro...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DOENÇA DE ALZHEIMER



Nos últimos anos fomos bombardeados com informações sobre a doença de Alzheimer e isso gerou e ainda gera muita confusão... Vamos a algumas explicações da maneira mais simples que encontrei. Não é muito fácil ler - doloroso - até porque sempre temos alguém bem pertinho da gente que tem risco de desenvolver...Mas lembre-se que só a informação adequada pode nos ajudar a entender o que está ocorrendo e nos permitir fazer o planejamento para o futuro! 

Bem no início, a doença de Alzheimer pode passar desapercebida e só olhando para trás é que se percebe que a doença já vinha de algum tempo. No início o indivíduo tem alterações que muitas vezes são atribuídas à estafa, tensão emocional ou alguma outra doença concomitante. Observa-se esquecimentos, particularmente para fatos recentes: as coisas são colocadas em outros lugares; verifica-se várias vezes se uma tarefa já executada foi realmente feita; perguntas já respondidas são novamente repetidas; é preciso muito mais tempo para realizar uma tarefa de rotina. Ainda nesta fase são freqüentes alterações de humor: o indivíduo torna-se mais irritadiço ou fica quieto, evitando contato com outras pessoas, o que pode sugerir depressão. Pode ainda ocorrer agitação. Como a capacidade de aprender está afetada, pode ser muito difícil lembrar o nome de pessoas apresentadas recentemente. Em casa os netos mais novos podem ser confundidos, embora os filhos sejam perfeitamente identificados. Acontecimentos recentes são lembrados com dificuldade e colocados em seqüência temporal errada, isto é, o que veio antes é colocado como se estivesse ocorrido depois.
Entre os que ainda trabalham começa a ocorrer perda de rendimento. Precocemente surge dificuldade em tarefas que exigem concentração, como realizar cálculos. Ocorre perda de interesse pela leitura porque, pela dificuldade de memória, o texto tem que ser relido várias vezes. Na escrita, e algumas vezes a primeira indicação de D.A. é um recado, bilhete “estranho”, verifica-se frases sem sentido porque faltam palavras, palavras com letras faltando ou repetidas e a ausência de uma linha de pensamento.
A percepção da doença pode ser dificultada nesta fase em duas situações: no idoso sobre o qual existem poucas demandas, ou seja, que tem pouca ou nenhuma atividade, as dificuldades podem ser percebidas apenas quando mesmo atividades mais simples, como se vestir está afetado; os indivíduos com grandes recursos intelectuais podem contornar temporariamente os déficits, evitando situações onde eles se tornariam evidentes.
Geralmente quem primeiro percebe as dificuldades é o cônjuge ou alguém de convívio próximo, mas algumas vezes é quem tem contato esporádico que pode perceber como houve uma deterioração entre o último contato e o atual. Esse primeiro estágio dura em torno de 2 a 3 anos e não existe um limite claro para separá-lo da fase seguinte. A memória continua a piorar e os lapsos que eram intermitentes agora tornam-se permanentes.Continua...

6 comentários:

  1. Menina!
    Seu blog e' esclarecedor demais!
    Todas as informacoes sao tudo de bom pra nossa santa ignorancia.
    Parabens pela forma simples e clara de escrever!
    Beijos,
    Paty Amada

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  2. Paty Amada, obrigada pela força! Esses temas são áridos, difíceis prá escrever mantendo o rigor teórico e técnico... Mas penso que é minha função escrever do pouco que sei (que nada sei) nesses 25 anos de profissão.Tô tentando todos os dias e de todas as maneiras...Um dia chego no ponto certo!
    Beijuuss no coração

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  3. Vou tentar me lembrar do que escrevi s/ Alzheimer. Escrever de novo um texto é quiném pedir perdão. Pode até dar algum resultado mas a coisa já foi feita. Nunca sai igual. Mas como o outro sumiu no mundo paralelo que é essa máquina...seguinte:
    havia dito que quando precisamos conviver com uma pessoa que tem Alzheimer, alcoolismo, AIDS, ou qualquer mal parecido, acho que devíamos antes de tudo participar de grupos como GAPA, AAA, etc., para aprender como nos comportar com nossos entes queridos. Digo isso, porque achamos que o amor e dedicação que damos será suficiente, mas vejo muita gente (inclusive eu mesma e parentes) agirmos de uma forma desgastante prás duas partes e que o resultado nem sempre é positivo.
    Concorda, ou tô falando besteira?
    bjins
    eidia

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  4. Nunca vi tanto erro de portugues num só texto. Desculpe. Tô muito cansada mas achei que seria capaz de escrever. Corrige aí prá mim. Sory
    bjins
    eidia

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  5. Ieda
    Esquece os erros...Vc não falou besteria não...É num próximo post que vou falar da importância de fazer parte de grupos de apoio. Num tá dando tempo...são muitos temas e essa coisa chamada tempo! Se pudesse ficava só no PC postando...rsrsrs Um dia chego lá!
    Beijuuss n.c.

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